Operadoras tentavam aumentar as suas mensalidades em até 20%
Deve-se ao deputado Rodrigo Maia a trava imposta aos planos de saúde que tentavam aumentar as suas mensalidades em até 20% num país onde uma pandemia já matou mais de 110 mil pessoas.
Algum dia será contada direito a voracidade das operadoras. Começaram recusando-se a refrescar a vida dos inadimplentes, vá lá.
Em seguida, tentaram negar cobertura para testes sorológicos e livraram-se dessa despesa por alguns meses. Tudo isso movendo-se no escurinho de Brasília.
Na semana passada elas começaram a cobrar reajustes de até 25%. Com a crise, essas empresas perderam 400 mil clientes, mas uma série de circunstâncias permitiu que aumentassem seus lucros.
Uma grande operadora lucrou 150% acima do mesmo período do ano anterior. A essa bonança somou-se uma queda da inadimplência. Mesmo assim, tiveram autorização da Agência Nacional de Saúde para empurrar os reajustes.
Maia travou a tunga com um basta: “Aumentar um plano em 25% é um desrespeito com a sociedade”.
Ameaçou votar na terça-feira um projeto que proíbe a tasca. Numa época em que o Legislativo está debaixo de chumbo, o presidente da Câmara mostrou que às vezes ele é a última trincheira
para a defesa dos interesses da sociedade.
Com suas complexas e astutas conexões, as operadoras de planos de saúde sempre mostram que podem muito. Felizmente, não podem sempre.
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