Desde os oito anos de idade, o paulistano Francisco Walter Piraino mostrava uma personalidade com bonitos traços. Era destemido, proativo e gostava de ajudar as pessoas.
“Ele nunca teve medo de esforço e dedicava-se totalmente ao que se propunha a fazer”, diz a filha Suely Piraino Argianas.
Filho de italiano com uma brasileira e o mais velho dos cinco filhos, Frank, como também era conhecido, veio de origem humilde. Aos oito anos já trabalhava com venda de jornais e fazendo bicos.
Com a morte do pai, quando tinha 12 anos, ajudou a mãe a sustentar a família.
Formou-se economista e contador, e aprendeu inglês. No Brasil, Frank gerenciou o primeiro escritório da Pan Am e administrou a loja de departamentos Sears. Ao longo da vida também trabalhou com jornalismo.
Frank se casou em 1950 com a viúva Amneris Gobbato Sassi, mãe de um menino. Mario ganhou um pai e três irmãos, frutos da nova união, formando a família Piraino.
Em 1962, mudou-se com a família para Nova York e em 1990 para Miami, na Flórida. Entre uma cidade e outra, chegou a permanecer um tempo no Brasil.
Por 45 anos, foi CEO da Walpex Trading Company, empresa de comércio internacional. Pelo trabalho viajou o mundo ao lado de Amneris, com quem viveu mais de 70 anos de amor e casamento, segundo conta Suely.
No auge da juventude, os amigos o chamavam de Waltinho do pandeiro. Seu gosto musical ia do samba à ópera —apaixonou-se pelo gênero graças à esposa.
Na arte de ser pai, caminhou ao lado dos filhos como o amigo, mentor e mestre, que cultivou em suas vidas o gosto pelo Carnaval, pela música brasileira e pelo xadrez, pois foi um exímio jogador.
Frank e a esposa adoravam futebol. Fanático pelo Corinthians, registrou todos os filhos como membros do time.
Frank perdeu a esposa Amneris para a Covid-19 no dia 19 de janeiro deste ano; em 21 de fevereiro, aos 95 anos, juntou-se à sua amada.
Frank morreu de causas naturais. Deixa quatro filhos, sete netos e cinco bisnetos.
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