segunda-feira, 13 de abril de 2020

'Tudo indica que vou viver para ver a renda básica implementada', diz Eduardo Suplicy, FSP

SÃO PAULO
Ao longo dos quase 30 anos em que o economista Eduardo Suplicy, 78, vem defendendo a proposta de uma renda básica para os brasileiros, nunca houve tantos indícios favoráveis como agora.
"Mesmo antes da pandemia, o interesse pelo tema já estava por toda parte", comemora o ex-professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) que ingressou na carreira política em 1978 e tomou parte na fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980, pelo qual hoje é vereador em São Paulo.
A simpatia pela ideia de que todos tenham direito a recursos que garantam sua sobrevivência com dignidade tomou força na esteira do aumento da desigualdade social em boa parte do planeta. Agora, o debate ganha ares de urgência diante das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia da Covid-19 e consequente crise econômica.
Diversos governos têm implementado medidas emergenciais de distribuição direta de recursos a seus cidadãos. No Brasil, o governo aprovou benefício emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais durante três meses prorrogáveis por mais três.
Incansável pregador das vantagens da renda básica universal, Suplicy já foi chamado de teimoso e sonhador, mas agora encontra coro em economistas das mais variadas tendências.
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Ele é autor de quatro projetos de lei relacionados ao tema. Em 2004, o então senador viu aprovado seu projeto de renda básica de cidadania, com a ajuda do voto do então deputado federal Jair Bolsonaro. A lei, no entanto, não foi implementada —"ainda", diz Suplicy, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
Entre lives "com interessados na renda básica universal de várias partes do país e do mundo", sessões virtuais da Câmara e do partido, ele conversou com a Folha de seu isolamento social em sua casa, mandou livro com dedicatória por Uber e entoou, ao telefone, a canção que é marca desta sua missão política: "Blowing in the Wind", de Bob Dylan.
Como avalia o projeto de renda emergencial sancionado pelo governo para a crise do coronavírus?
Considero um passo muito importante que o Congresso Nacional tenha, nas duas casas e por unanimidade, aprovado o benefício de uma renda básica emergencial para enfrentar a epidemia do coronavírus. Mas já havia um movimento muito forte nos mais diversos países de interesse, debate e experiências sobre a renda básica incondicional, universal.
Quais são essas experiências?
A mais bem sucedida é a do Alasca, nos EUA. Nos anos 1960, o prefeito da vila de pescadores Bristol Bay percebeu que saía de lá riqueza por meio da pesca, mas que as pessoas eram pobres. Ele resolveu criar um imposto sobre a pesca, que demorou cinco anos para ser aprovado diantes da resistência da comunidade a um novo tributo. Deu tão certo que ele depois virou governador do estado do Alasca e criou um fundo composto por parte dos royalties da exploração de petróleo. O fundo evoluiu de US$ 1 bilhão para US$ 65 bilhões. E o Alasca, que em 1980 era um dos estados mais desiguais dos EUA, hoje tem o segundo melhor coeficiente de Gini [índice que mede a desigualdade, sendo 0 a igualdade plena e 1 o extremo da concentração de renda] do país: 0,40. Propor o fim desse sistema se tornou um suicídio político no Alasca, que hoje distribui cerca de US$ 2.000 por ano para todos, independentemente de idade, sexo, cor, religião ou origem.
Há outras experiências do tipo?
Macau, ex-colônia de Portugal na China, também resolveu, em 2006, separar receitas para criar um esquema de participação de todos na sua riqueza. Há também experiências na Finlândia e em cidades da Holanda, França, Espanha e Califórnia. Além disso, há uma experiência importante na Namíbia e no Quênia, esta última financiada por empresas do vale do Silício a partir de proposta de pesquisadores da Universidade Harvard (EUA).
E no Brasil?
Maricá, na costa do Rio de Janeiro, criou um programa a partir de um banco social e uma moeda solidária, a mumbuca, aceita pelo comércio local. Começaram pagando o equivalente a R$ 20 por mês em 2016 para a população mais carente e, em 2019, todas as pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, que somam 42 mil dos 162 mil habitantes, passaram a receber 130 mumbucas por mês, portanto, mais que os R$ 83 reais do Bolsa Família. Até 2024 Maricá vai pagar a todos os seus habitantes uma renda básica universal.
São experiências em comunidades menos populosas e complexas que a de um país como o Brasil...
O princípio é sempre o mesmo. E é cada vez maior o número de sugestões de que se institua a renda básica universal em países grandes. Nos EUA, o pré-candidato democrata Andrew Yang teve essa como principal proposta. No começo do ano passado, 27 economistas laureados com o Nobel e quatro ex-presidentes do Federal Reserve propuseram ao governo dos EUA taxar o carbono para a criação de programa similar. Na Europa, o filósofo e economista belga Phillipe Van Parijs sugere a criação de uma renda básica para toda a União Européia. O candidato de oposição nas eleições da Índia, assessorado pelo economista francês Thomas Piketty, propôs a renda básica universal, ainda que tenha perdido. Na África do Sul há um debate bastante grande sobre a proposta de se instituir a renda básica.
Por que a renda básica universal ganhou relevo agora?
Há um movimento crescente de reconhecimento da renda básica universal como instrumento eficaz para assegurar o direito à sobrevivência para o maior número de pessoas possíveis, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária. Algumas das pessoas que têm falado disso são o ex-presidente dos EUA Barack Obama, o bispo sul-africano e Nobel da Paz, Desmond Tutu, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e dezenas de economistas laureados como o Nobel.
Esse interesse se deve a princípios de solidariedade ou à constatação de que o sistema econômico atual promove desigualdades tamanhas que necessita deste tipo de programa para funcionar?
O diagnóstico de que as desigualdades cada vez maiores precisam ser resolvidas por meio de um desenho de um sistema tributário que promova maior igualdade abrange economistas no mais largo espectro. Desde Karl Marx —que sintetiza a ideia na frase "de cada um, de acordo com a sua capacidade, a cada um, de acordo com suas necessidades"— até o maior defensor do capitalismo, Milton Friedman, para quem o capitalismo é o sistema mais compatível com a liberdade do ser humano, mas não é capaz de resolver o problema da pobreza.
Não falta mobilização em torno da proposta?
Estou muito otimista porque foram entidades e movimentos sociais que propuseram ao Congresso Nacional criar a renda básica. Vinte e seis governadores, em carta neste momento de grave crise, solicitaram ao governo federal avaliasse a aplicação da lei 10.835, que institui a renda mínima de cidadania. Outras 157 organizações, desde o MST até entidades ligadas aos moradores de rua e ao direito de defesa, assinaram um manifesto expressando a vontade de que o Brasil venha a constituir uma renda básica universal. Ou seja, está muito longe de ser apenas eu. O movimento agora é popular e está ganhando respaldo em toda parte.
O que o despertou para essa questão?
Como economista, sempre me preocupei em descobrir meios para nos tornarmos uma sociedade mais justa. Apresentei a proposta de lei de um imposto de renda negativo para os brasileiros que ganhavam até 2 salários mínimos em 1991 no Senado. Foi aprovada por consenso.
De que maneira essa ideia deu origem ao Bolsa Família?
Os economistas simpáticos ao PT nos reunimos e propusemos uma renda mínima para as família carentes desde que as suas crianças estivessem frequentando a escola. Isso porque um dos maiores problemas do ciclo vicioso da pobreza é que crianças de famílias que não têm o que comer em casa começavam a trabalhar cedo e, na idade adulta, não teriam conhecimento suficiente para obter bons empregos.
Como isso foi implementado?
Em 1994, quando esteve no Brasil o filósofo e economista belga Philippe Van Parijs, fundador da rede mundial de renda básica [Basic Income Earth Network (BIEN)], eu o convidei a participar de uma audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da educação, Paulo Renato de Souza. Eles conversaram muito e, em 2001, FHC passou uma medida provisória pela qual a União financiaria em 100% programas municipais de renda básica associada à educação. A medida se tornou lei e foi batizada de Bolsa-Escola. Depois foi criado o Bolsa-Alimentação para as famílias que vacinassem suas crianças. Com a eleição do presidente Lula, em março de 2006, foi lançado o Cartão-Alimentação. E, em outubro, unificaram esses benefícios no que viria a ser o Bolsa Família que, em 2006 tinha 3,6 milhões de famílias beneficiárias e hoje tem 14,2 milhões.
Em 2001, o sr. apresentou um projeto de renda mínima incondicional, aprovado nas duas casas. Por que ele ainda não foi implementado?
O projeto foi aprovado no Senado e na Câmara, onde contou com o voto favorável do então deputado federal Jair Bolsonaro. Sua implementação é por etapas. Portanto o programa Bolsa Família pode ser visto como um passo em direção à renda básica para a cidadania. E a preocupação com a segurança estará muito melhor atendida com a possibilidade de as pessoas sobreviverem com dignidade do que com a flexibilização da posse de armas, como fez o atual presidente.
O que impede a implementação da renda básica universal?
Historicamente, setores econômicos mais fortes têm influência maior nas autoridades econômicas do ponto de vista de recursos e incentivos fiscais. Uma renda básica modesta, de R$ 100 por pessoa por mês, daria R$ 248 bilhões por ano. E, desde 2013, os incentivos fiscais dados pelo governo federal a empresas ultrapassam os R$ 300 bilhões ao ano. Enquanto isso, o orçamento do Bolsa Família é de cerca de R$ 30 bilhões anuais. Ou seja, ao invés de transferirmos recursos para os que ganham mais, porque não pagarmos para todos?
O sr. vê chances de isso ocorrer neste governo?
É preciso que as pessoas responsáveis pela economia, Paulo Guedes e outros, conheçam que é possível caminhar com racionalidade em direção à renda basica de cidadania. Pessoas como o Onyx Lorenzoni, que é o ministro a Cidadania, saibam que é possível chegarmos a uma forma de financiamento de bom senso pela qual todos os brasilerios venham a paticipar da riqueza comum de nossa nação, que foi acumulada ao longo dos séculos, desde os tempos do trabalho escravo. Na reunião do PT, os governadores falavam das dificuldades imensas que estão acontecendo e da diminuição drástica na arrecadação de ISS e ICMS, o que vai gerar dificuldades em se prover o básico. Nesses momentos de extrema dificuldade é que temos a oportunidade de refletir e melhorar o sistema atual para vivermos numa sociedade mais livre e numa economia mais sã.
De onde viria o dinheiro para uma renda básica universal no Brasil?
Em 1999 eu propus um Fundo Brasil de Cidadania composto por parcelas dos aluguéis de imóveis da União, royalties da exploração de recursos naturais, de programas de desestatização, entre outros. Seria um superfundo, aprovado por consenso no Senado e nas primeiras comissões da Câmara, mas que acabou rejeitado a partir de um parecer negativo do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Como o sr. avalia essa rejeição por governo de seu partido?
Não foi fácil, ainda mais porque o PT sempre teve em seus programas de governo a proposta de transição do Bolsa Família para a renda básica de cidadania. Foi uma desatenção muito séria. Eu considero que isso negou o que todos os programas do Partido dos Trabalhadores explicitaram ao longo da nossa história. Mas eu não desisto! [risos]
Quais são as vantagens da renda básica universal?
Elimina-se toda a burocracia de saber quanto cada um ganha e qual é seu patrimônio acumulado. Elimina-se o estigma do indivíduo que precisa de auxílio financeiro. Estimula-se o progresso porque, ao contrário do que se imagina, esses recursos não promovem a ociosidade ou a vagabundagem. Todos nós gostamos de nos sentirmos úteis. A principal vantagem é a de elevar a liberdade e a dignidade da vida humana.
Sua persistência neste projeto já lhe deu ares quixotescos. Isso o incomoda?
Eu tenho muita admiração por Dom Quixote —tenho até uma estatueta dele em casa. Eu não me importo porque é uma batalha que vale muito a pena. Cada vez mais as pessoas me procuram para dizer: puxa, você estava no caminho certo. E me parece que começa agora uma conspiração a favor dessa ideia. Tudo indica que vou viver para ver a renda básica implementada.

Ruy Castro Reaprendendo a vida, FSP

Há algumas semanas, quando já se ouviam tambores distantes, recebemos dois casais amigos para jantar. Um deles trouxe um vinho, o outro, sorvete. Passei vídeos de musicais dos anos 30. Falamos de filmes, livros, gatos e outros triviais. Foi divertido. Na véspera, Gérson, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol tinham esmagado mais um. Na tarde seguinte, fomos a uma roda de choro numa praça, e, à noite, à inauguração de uma pequena livraria de rua, em que as pessoas riam e se abraçavam ao se rever. E, então, voltamos para casa. Onde estamos desde então —há exatamente um mês.
Por algum motivo, houve um alerta naquele fim de semana. Ninguém de nossas relações caiu doente, mas foi como se, de repente, os tambores tivessem ficado próximos, o Brasil perdesse a inocência e despertássemos para o inimigo do qual os outros países já estavam tentando se proteger. Nunca mais saímos.
Os saraus de música em casa, o futebol pela TV do botequim, na calçada, entre pessoas que nunca vimos, e as tardes e noites na rua, tudo isso parece agora pertencer a outra era, uma era mágica. E, no entanto, era tão natural quanto respirar e, por ser assim, nunca tínhamos pensado a respeito. Nem poderíamos —não existia uma possibilidade contrária. Como imaginar que, subitamente, olhando para trás, aquilo nos pareceria tão remoto? E foi outro dia mesmo.
Surgem pensamentos sombrios. E se naqueles últimos dias já houvesse risco de contágio? E se estivéssemos nos passando mutuamente o inimigo? Claro que nada aconteceu. Mas a cabeça é espírito de porco e vive de pensar.


Inclusive sobre o futuro, que não lhe compete. Passada a pandemia, quando nos sentiremos de novo confiantes para receber amigos? Quando voltaremos às ruas onde se assiste ao futebol, ouvem-se choros e se inauguram livrarias? Vamos ter de reaprender a vida —e seus mais inocentes prazeres.

domingo, 12 de abril de 2020

Polícia prende 14 por furto de 2 milhões de máscaras e 15 mil testes de coronavírus em Cumbica , FSP

SÃO PAULO
A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (11), em flagrante, 14 suspeitos de integrar quadrilha que furtou cerca de 15 mil testes para o novo coronavírus e 2 milhões de máscaras do Aeroporto Internacional de Guarulhos na última segunda-feira (6).
Um policial se passou por um interessado em comprar os testes e negociou os produtos por R$ 3 milhões. Assim, os agentes conseguiram chegar ao galpão no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista, onde os criminosos guardavam os materiais, segundo Osvaldo Nico, diretor do Dope (Departamento de Operações Especiais e Estratégicos).
Foram localizadas 15 caixas com testes, assim como um machado, uma faca, moedas chinesas, dólares e reais. Cinco armas de fogo, sendo uma carabina calibre 40, uma espingarda calibre 12 e três pistolas calibre 380 também foram encontradas. Além disso, havia também 435 caixas de máscaras descartáveis. Todos os itens foram apreendidos.
Outras três pessoas são investigadas por envolvimento com a quadrilha. O caso foi registrado como furto, receptação qualificada e resistência.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) não divulgou mais detalhes sobre os suspeitos presos, apenas que eles têm idades entre 22 e 59 anos.
DESVIO DE HOSPITAL E FÁBRICAS CLANDESTINAS
Outra dez pessoas já haviam sido presas pela polícia por envolvimento no desvio de insumos hospitalares para revenda, segundo a SSP, sob gestão do governador João Doria (PSDB).
As detenções aconteceram entre o dia 30 de março e esta quarta-feira (8), quando foi finalizada a megaoperação "Salvis Salutem".
As investigações tiveram início no mês passado, a partir de um registro de furto feito pelo Hospital Salvalus, na Mooca, zona leste da cidade.
Além dos presos, que responderão por furto, receptação e associação criminosa, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Foram encontrados produtos cirúrgicos e farmacêuticos, como máscaras, substâncias para higienização e álcool em gel, além de veículos, computadores e DVR's.
Desde o início da pandemia de coronavírus, a polícia já identificou e prendeu ao menos dois suspeitos de vender álcool em gel clandestino e fechou uma fábrica que produzia o produto de forma irregular.
A fábrica clandestina de álcool em gel ficava no bairro de São Mateus, na zona leste. A equipe do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) foi ao endereço no dia 25 de março, após uma denúncia anônima. Um homem foi surpreendido saindo do local.
No imóvel os agentes encontraram um galão com etanol, potes de gel para cabelo, embalagens, etiquetas, mangueiras, bombas de borrifação, além de um tonel e outros equipamentos utilizados para a produção do produto.
O suspeito foi preso em flagrante por crime contra a saúde pública.
Um professor de 35 anos também foi preso no dia 31 de março, acusado de comercializar álcool em gel, supostamente falsificado, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
Com ele, foram encontrados oito galões de álcool em gel. O comerciante informou aos policiais que teria comprado os produtos de uma pessoa que pertencia a uma empresa, na mesma cidade.
No endereço da empresa, os policiais encontraram uma residência, onde funcionava uma fábrica, sem autorização dos órgãos de vigilância sanitária e prefeitura, fabricando álcool em gel clandestinamente.
Por lá, foram apreendidos dois galões com de 5 litros cada e 465 frascos de 60 ml. Todos os recipientes estavam com álcool gel, sendo que os menores estavam, inclusive, etiquetados. Também foram recolhidos 34 rolos de etiquetas diversas.
O responsável pelo local informou que comprou os produtos de um conhecido e que estava revendendo, mas não apresentou as notas fiscais de todos os produtos. Ele foi preso em flagrante e as substâncias foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística para perícia.
O caso foi registrado como falsificação ou adulteração de produtos medicinais/terapêuticos e crime contra a ordem tributária.
O outro caso foi em Osasco, também na região metropolitana. Um empresário de 35 anos foi preso no dia 3 abril, por ser responsável por uma empresa que mantinha a produção de vários itens de forma ilegal, já que não detém licença para a produção.
O imóvel foi interditado pelas equipes municipais, além de duas lojas vendedoras dos produtos, todas de propriedade do empresário.
Durante a ação, foram apreendidos uma máquina de misturar tinta, dez galões com produto químico (aparentemente ácido), um rolo de rótulos de embalagens, diversas embalagens com produto de limpeza, três pacotes com diversas tampas e 39 frascos transparentes com álcool sem marca aparente, além de um galão e frascos vazios.
O responsável pelo local responderá por falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, crime contra as relações de consumo, omitir dizeres ou sinais sobre a nocividade ou periculosidade e produzir substância tóxica.