Preso nesta terça-feira (12) como uma das figuras que teria liderado um esquema que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas pagas a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo, o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, é um dos nomes que mais aparecem na TV aberta brasileira.
Desde os anos 2000, Sidney faz investimentos especialmente em redes como SBT, RedeTV!, Record, Band e TV Gazeta. Somente no ano passado, segundo diversas fontes no mercado, o valor investido por ele teria chegado a R$ 250 milhões em comerciais em intervalos de programas e patrocínio de atrações.
O valor já foi maior. Na RedeTV!, Sidney Oliveira deixou de ser o principal patrocinador da empresa. Somente nos últimos meses, ele suspendeu investimentos em programas que eram comandados por Geraldo Luís, já que ele deixou a emissora. No entanto, Sidney mantém contratos de ações de merchandising com Sônia Abrão, por exemplo.
O caso, que explodiu nesta manhã, foi informado com destaque por Globo, Record e Band. O SBT, que veicula comerciais da Ultrafarma, não informou o caso no Primeiro Impacto e no Alô Você, seus jornalísticos diurnos.
A coluna apurou que uma reportagem será veiculada no SBT Brasil, principal telejornal da casa, com detalhes. A informação foi publicada pelo site da emissora.
Na RedeTV!, os boletins de jornalismo na programação da manhã, que foram comandados por Augusto Xavier, não informaram sobre a prisão. Na emissora, inclusive, comerciais da Ultrafarma e até mesmo um programa com horário comprado da empresa, mostrado das 9h30 às 10h, foi exibido normalmente.
A coluna apurou que houve uma conversa entre setores da RedeTV! para discutir a situação. Ainda não se sabe se o caso será abordado no RedeTV! News ou em outros telejornais noturnos.
Além de publicidade em TV, a Ultrafarma tem uma emissora em antenas parabólicas, a Ultrafarma TV, que exibe propagandas da farmácia, missas, entre outros conteúdos. A Ultrafarma e a defesa de Sidney Oliveira foram procurados, mas não responderam até a última atualização desta reportagem.
Saiba mais da prisão
Sidney e o diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes, foram presos na manhã desta terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
A ação mira desarticular um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas pagas a auditores fiscais da Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo).
A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec) e conta com apoio da Polícia Militar. Segundo Roberto Bodini, promotor de Justiça na Ministério Público do Estado de São Paulo, há ainda outras empresas varejistas envolvidas, mas os nomes ainda não podem ser divulgados para não atrapalhar as investigações.
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