O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como principal operador do esquema de propinas e créditos irregulares de ICMS na Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda de São Paulo), contratou Paulo da Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro (PL), para defendê-lo na Operação Ícaro, do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
De acordo com as investigações do MP-SP, Artur orientava executivos de grandes varejistas do país, preparava documentos e acelerava análises para a obtenção de créditos de ICMS, além de ter autorizado a transferência de créditos para outras empresas.
Ele também contratou uma empresa de cibersegurança, possivelmente para ocultar ou recuperar ativos ilícitos, segundo os investigadores. Artur está preso desde terça-feira (13), no 8º DP de São Paulo, localizado no Belenzinho (zona leste da capital).
A defesa de Artur ainda não se manifestou sobre as acusações.
Entre os presos na unidade pela operação estão ainda o empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, o diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes.
Além das prisões temporárias, até o momento foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em residências e sedes das empresas investigadas. Também foram presos o auditor Marcelo de Almeida Gouveia, em São José dos Campos, e Celso Éder Gonzaga de Araújo e sua esposa, em Mato Grosso, acusados de colaborar na lavagem de dinheiro. Na casa do casal, foram apreendidos mais de R$ 1,2 milhão e pedras preciosas, incluindo esmeraldas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário