A indicação do ex-ministro da CGU (Controladoria-Geral da União) Wagner Rosário, atual controlador-geral de São Paulo, a uma vaga de conselheiro no TCE (Tribunal de Contas do Estado) paulista virou alvo de comentários negativos nesta quarta-feira (20) durante seminário do governo Lula sobre governança e riscos em Brasília.
O evento contou com a participação dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da CGU, Vinicius de Carvalho, e da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
Em sua participação, Haddad mencionou que faltaram "exemplo e liderança" no governo de São Paulo para evitar a suposta fraude contábil com créditos de ICMS na Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo).
"Um escândalo dessa magnitude, alguma coisa falhou em cruzamento de dados, investigação isenta", disse, em referência à investigação que aponta que o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor na Sefaz-SP, manipulava processos administrativos da secretaria para liberar créditos tributários mediante pagamento de propina.
Assim que o ministro citou a falha no cruzamento de dado, um convidado virou para o colega a seu lado e disse, alto o suficiente para que fosse ouvido: "o Wagner Rosário deixou passar duas fraudes e foi premiado por isso."
Rosário foi o nome escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas ao tribunal. O ex-ministro de Jair Bolsonaro é criticado por integrantes do governo Lula por não ter investigado nenhum dos escândalos que estão surgindo agora, tanto a fraude nos descontos associativos do INSS quanto o esquema bilionário de manipulação de créditos de ICMS em São Paulo.
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