Os irmãos Batista fizeram uma proposta de sociedade à gigante suíça MSC para, assim, disputar o leilão do Tecon 10, maior terminal de contêineres da América Latina, no porto de Santos.
Pessoas que participam das conversas afirmam que Joesley e Wesley tentam uma parceria comercial com o grupo suíço desde 2009, ainda sem mirar o negócio em Santos.
A princípio, a ideia era um negócio compartilhado, com metade das ações para cada lado, cogitando já uma operação global da JBS, a multinacional de proteína animal dos Batista.
O fundador da MSC, o capitão Gianluigi Aponte, negou. Um dos 50 homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 33 bilhões, Aponte disse que não entra em negócio sem ter o controle.
Em janeiro deste ano, já com a perspectiva de que o Ministério de Portos e Aeroportos faria o leilão do Tecon 10, os irmãos Batista tentaram um novo encontro em Davos, na Suíça, com Aponte.
A conversa, no entanto, ocorreu por videoconferência e, nela, Joesley e Wesley propuseram novamente a parceria, aceitando ser minoritário, com 49%. Novamente, obtiveram um não como resposta.
Por meio da JBS Terminais, o grupo assumiu o único terminal em atividade no porto de Itajaí (SC) em outubro de 2024, que, até o ano passado, movimentava pouco mais de 100 mil toneladas por semestre.
Em junho deste ano, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) divulgou as regras do edital do leilão do Tecon 10.
De acordo com elas, nenhum grupo que opera no porto pode participar, caso da MSC e da Maersk.
A Maersk chegou a ir à Justiça contra a diretoria da Antaq e outras empresas cogitam questionar as regras do edital judicialmente.
No momento, essas condições estão sendo analisadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Consultados, os irmãos Batista e a MSC não quiseram comentar.
Com Stéfanie Rigamonti
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