Em seis meses, o porto de Itajaí, cujo único terminal em atividade segue sob comando da JBS, atingiu a marca de 1,7 milhão de toneladas movimentadas, um crescimento de 1.494% em relação ao mesmo período do ano passado.
A marca representa uma virada na disputa política travada com o governo local, que reclamou da iniciativa do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), de delegar a administração portuária local à autoridade hoje responsável pelo porto de Santos.
No primeiro semestre do ano passado, Itajaí movimentou pouco mais de 100 mil toneladas, segundo dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
"Encontramos em 2023 um porto praticamente abandonado, impactando fortemente na economia de Santa Catarina e do Sul do país", disse o ministro. "Reativamos as operações [antes controladas pela prefeitura] e retomamos a gestão do complexo, reestabelecendo a atividade econômica."
Em maio, durante cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro anunciou investimentos de R$ 844 milhões para modernização do porto de Itajaí até 2030.
Com o crescimento da atividade no porto, Itajaí passará a ter uma Autoridade Portuária (AP) própria. Um grupo de trabalho foi criado pelo ministério em junho para elaborar os aspectos da futura empresa pública federal.
O pacote de retomada contempla ainda a dragagem do rio Itajaí-Açu e a construção de um píer para navios de cruzeiro.
Recorde
Responsável por 95% do comércio internacional brasileiro, os portos registraram 653,7 milhões de toneladas transportadas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. Santos liderou, com 67,9 milhões de toneladas.
Também foi recorde o volume transportado no semestre em contêiner pelo país (78,1 milhões de toneladas) e em granel sólido (387,1 milhões de toneladas).
Entre os produtos mais transportados neste primeiro semestre estão o minério de ferro (190,5 milhões de toneladas e crescimento de 2,5% sobre o mesmo período do ano passado), óleo bruto de petróleo (104,1 milhões de toneladas e crescimento de 0,62%) e soja (93 milhões de toneladas e aumento de 5,2%).
Com Stéfanie Rigamonti

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