sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Produção de veículos no País sobe 25,2% em 2017, aponta Anfavea, OESP




Crescimento ante 2016 vem depois de três anos seguidos de retração; no total, foram vendidas 2,7 milhões de unidades






André Ítalo Rocha, O Estado de S.Paulo
05 Janeiro 2018 | 11h48
A produção de veículos no Brasil voltou a crescer em 2017, depois de três anos seguidos de retração. Foram 2,7 milhões de unidades fabricadas no ano passado, expansão de 25,2% em relação ao volume alcançado em 2016, mostra balanço divulgado nesta sexta-feira, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O avanço, além de ter contado com o crescimento das vendas ao consumidor brasileiro, foi impulsionado pelo expressivo aumento das exportações, que, em unidades, atingiram nível recorde. Foram 762 mil veículos ao exterior em 2017, alta de 46,5% em relação ao ano anterior.

Carros importados
As exportações de veículos voltaram a ser relevantes para as montadoras no País em 2017 Foto: Wilton Junior/Estadão
Com isso, as exportações passaram a representar 28% da produção das montadoras em 2017, relevância que não se via desde 2005, quando a participação ficou em 30%. Nesse intervalo, as vendas ao exterior perderam importância porque o mercado interno não parava de crescer. Até que veio a crise econômica em 2015 e as montadoras instaladas no Brasil voltaram a dar mais atenção a seus clientes de outros países. O principal destino continua sendo a Argentina, que concentra 70% das exportações.
Apesar da produção ter voltado a subir em 2017, os níveis ainda estão longe do auge do setor, alcançado em 2013, quando 3,7 milhões de unidades saíram das fábricas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Em dezembro a produção também cresceu. As montadoras produziram um total de 213,7 mil unidades no último mês do ano, avanço de 6,9% em relação a igual mês de 2016, mas queda de 14,2% na comparação com novembro. Na soma dos últimos três meses de 2017, a produção foi de 712,7 mil unidades, alta de 20,5% em relação a igual trimestre de 2016, mas contração de 1,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.



A fabricação dos chamados veículos leves, que somam os segmentos de automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do setor, atingiu 2,6 milhões de unidades em 2017. O volume representa crescimento de 25% em relação a 2016. Só em dezembro, a produção alcançou 204,9 unidades, avanço de 5,2% ante igual mês do ano anterior, mas baixa de 14,3% na comparação com novembro.
Entre os pesados, a produção de caminhões somou 82,8 mil unidades no ano passado, aumento de 37% sobre o desempenho de 2016. No último mês, foram 7,4 mil unidades produzidas, avanço de 81,3% ante igual mês do ano anterior, mas recuo de 8,9% em relação a novembro. No caso dos ônibus, as fabricantes produziram 20,6 mil unidades em 2017, crescimento de 10,5% ante 2016. Em dezembro, foram 1,3 mil unidades produzidas, expansão de 35,9% sobre o desempenho de igual mês do ano anterior, mas retração de 20,6% na comparação com novembro.
Com o aumento da produção em todos os segmentos, as montadoras voltaram a contratar mão-de-obra, depois de três anos seguidos em que o saldo foi de demissões. Em 2017, as fabricantes criaram 5.518 vagas de emprego. Só em dezembro, foram 141 novos funcionários contratados. Entre 2014 e 2016, haviam sido fechados mais de 35 mil postos de trabalho. Hoje, o setor conta com 126,6 mil trabalhadores no Brasil, 4,6% a mais que no fim de 2016.

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Kassab diz que presidente dos Correios pedirá demissão para preparar campanha, OESP



No lugar de Guilherme Campos entra outro aliado do ministro, Carlos Roberto Fortner






Igor Gadelha, O Estado de S. paulo
05 Janeiro 2018 | 16h40
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), confirmou nesta sexta-feira ao Broadcast que o presidente dos Correios, Guilherme Campos, pedirá demissão nas próximas semanas. No lugar dele, assumirá o comando da estatal o atual vice-presidente de Finanças, Carlos Roberto Fortner, também ligado a Kassab. A data exata da saída será acertada em reunião entre Campos e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, na próxima semana. 
Segundo Kassab, Campos sairá para se dedicar à campanha eleitoral. O executivo pretende concorrer a uma vaga na Câmara em 2018 por São Paulo. Ele já foi deputado por três mandatos, mas não se reelegeu em 2014. "Já estava acertado que ele deixaria o cargo no fim de março, mas resolvemos antecipar para se dedicar à campanha e para participar de um grupo para ajudar na aprovação de matérias de interesse do governo, como a reforma da Previdência", disse o ministro.


Guilherme Campos
Guilherme Campos não é mais presidente dos Correios Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Campos deixará o comando dos Correios em meio à crise financeira da empresa, que é vinculada ao ministério de Kassab. Pelo quinto ano consecutivo, a estatal fechou 2017 no vermelho – o balanço do ano passado ainda não foi publicado. A companhia, palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, também amargou rombos em 2015 e em 2016. Para tentar reverter a crise, a estatal fez plano de demissão dos funcionários (PDV), propôs alterações no plano de saúde dos empregados e fechou agências.
Baixas. A saída de Campos é pelo menos a segunda baixa no terceiro escalão do governo em razão das eleições. No fim de novembro, o paraibano Leonardo Gadelha pediu demissão da presidência do INSS para se dedicar à campanha para deputado federal no pleito de outubro deste ano. No lugar dele, foi nomeado Francisco Paulo Soares Lopes, que era assessor da Presidência da Dataprev e, assim como Gadelha, foi indicado pelo PSC.  
As eleições também motivaram saídas no primeiro escalão nas últimas semanas. No final de dezembro, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) pediu demissão do Ministério do Trabalho. No lugar dele, foi nomeada a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Na última quarta-feira (3), Marcos Pereira (PRB) pediu exoneração do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Seu substituto ainda não foi definido. Pereira e Nogueira querem concorrer a uma vaga na Câmara em 2018. 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Após 3 anos no mandato, veja como estão as promessas de Alckmin, VIA Trolebus


02/01/2018 - Via Trolebus
Concluir a implantação do Trecho Norte do Rodoanel. – Não cumpriu. O eixo principal do Trecho Norte do Rodoanel, que liga a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães (Trecho Oeste) ao Trevo da Rodovia Fernão Dias, será entregue ao tráfego em abril de 2018, segundo o governo. A obra atingiu, em dezembro de 2017, 80% de execução. A ligação do Trevo da Rodovia Fernão Dias até a Dutra (interligação com o Aeroporto de Guarulhos) está prevista para dezembro de 2018.

Concluir a implantação das conexões dos Aeroportos de Guarulhos e o de Congonhas com o sistema metro-ferroviário da Região Metropolitana de São Paulo. – Não cumpriu (e nem irá no caso da 17). Os aeroportos seguem sem ligação com o sistema de trilhos. Segundo o governo, a Linha 13-Jade, da CPTM, está com 82,5% das obras concluídas e fará a ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e a rede de trens e metrô da capital paulista. Ela deve ser entregue no primeiro semestre de 2018. Já a Linha 17-Ouro do Metrô ligará o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, em sistema de monotrilho, mas deve operar apenas em 2019.

Continuar a implantação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM) da Baixada Santista, dando início ao BRT a partir de Praia Grande. – Não cumpriu. A promessa ainda não foi cumprida. Segundo o governo, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) da Baixada Santista será composto por: Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), corredor de ônibus (BRT) e ônibus intermunicipais. O 1º trecho do VLT da Baixada Santista, entregue em janeiro de 2017, liga São Vicente ao Porto de Santos. Em março, deverá ser lançado edital para contratação das obras do 2º trecho. Com a suspensão, pelo Ministério das Cidades, dos recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a implantação do BRT, que ligará São Vicente (VLT) à Praia Grande, está com o projeto concluído, mas aguarda novas fontes de financiamento.

Expandir a implantação do programa de corredores de média capacidade nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do estado. – Cumpriu. Desde 2015, foram implantados mais 18 km de novos corredores, sendo 12,3 km no corredor que liga Guarulhos a São Paulo e 5,7 km no corredor que liga Santa Bárbara d´Oeste a Campinas. Além disso, foi entregue o Terminal Metropolitano Luiz Bortolosso, no corredor que liga Itapevi a Capital. Até o final de 2018, estão previstos mais 38 km de corredores (22 km no Corredor Noroeste e 16 km no Corredor Itapevi-São Paulo).

Levar metrô até Taboão da Serra, Guarulhos e o ABC. – Não cumpriu (e nem irá). A promessa não foi cumprida ainda. O sistema metropolitano de transportes será expandido até Guarulhos, por meio da Linha 13-Jade, que fará a ligação da capital com o aeroporto e, desde agosto, faz integração com a Linha 12-Safira. As obras serão entregues no 1º semestre de 2018, segundo o governo. A expansão para o ABC ocorrerá com a Linha 18-Bronze. O contrato foi assinado em 2014, mas as obras não foram iniciadas. A extensão do sistema até Taboão da Serra tem projeto básico concluído (extensão da Linha 4-Amarela).

Entregar, no início de 2016, a Linha 17 – Ouro, com oito estações e o monotrilho. E a Linha 5 – Lilás, ao longo do ano. – Não cumpriu (e já sabemos que não irá na 17). A promessa ainda não foi cumprida. A Linha 17-Ouro, com 82,5% das obras concluídas, segue em andamento, com previsão de conclusão até o final de 2019. O governo ressalta, no entanto, que 4 das 11 novas estações da Linha 5-Lilás já foram entregues: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin. As outras 7 estações, além do Pátio Guido Calói, serão concluídas em 2018.

Inaugurar primeiro trecho do trem intercidades entre Americana, Campinas e São Paulo. O projeto total prevê usar a área férrea já existente no eixo norte-sul, interligando Americana (SP) até Santos (SP), e no eixo leste-oeste, entre Sorocaba (SP) e Taubaté (SP). – Não cumpriu (e nem irá). A promessa ainda não foi cumprida. O projeto do Trem Intercidades foi concebido em faixa de domínio da União e sua implantação aguarda, desde 2014, autorização do governo federal, segundo o governo de São Paulo. O governo planeja agora lançar, em 2018, um edital de PPP que contemple obra, fornecimento de material rodante e sistema de trens.