Pela sua própria função, o tenente-coronel Mauro Cid era a figura mais ostensiva da copa de Jair Bolsonaro.
Mais discreto, mais influente e mais expansivo, ainda que desligado do trato com assuntos pessoais do chefe, era o almirante Flávio Rocha, que irá para a reserva no ano que vem. Ele chefiava a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Na fatídica reunião de Bolsonaro com os embaixadores estrangeiros para desacreditar as urnas eletrônicas, Cid apareceu bastante, mas Rocha teve muito mais peso, da concepção à execução.
DESIGUALDADE MINISTERIAL
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, precisa conferir o seu prazo de validade.
Colocada numa pasta destinada a impulsionar agendas positivas, conseguiu torná-la fonte de inércia e encrencas.
MADAME NATASHA
Madame Natasha está triste com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Respeitou-a pelo que disse e também pela forma civilizada com que administrou seu silêncio.
Natasha encantou-se com a classificação que a ministra deu ao 8 de janeiro: "Dia da Infâmia".
A boa senhora reconhece que não cabia à ministra registrar a mais famosa referência a um dia infame, mas não custa relembrar a fala do presidente Franklin Roosevelt ao Congresso americano depois do ataque à base naval de Pearl Harbor:
"Ontem, 7 de dezembro de 1941, um dia que viverá na infâmia, os Estados Unidos foram súbita e deliberadamente atacados por forças navais e aéreas do Império do Japão...."
O CNJ E A REPÚBLICA DE CURITIBA
Em surdina e com relatórios técnicos, a correição do Conselho Nacional de Justiça está produzindo uma descrição minuciosa da onipotência da Operação Lava Jato e da Vara Federal dirigida pelo então magistrado Sergio Moro.
A Corregedoria não fala, investiga e escreve. Quem lê suas peças, aprende. Quem não as lê, que as lesse.
OUTUBRO DE 1963
Há 60 anos, Jacqueline Kennedy viajou para um cruzeiro de duas semanas a bordo do iate do milionário grego Aristóteles Onassis, que acabaria se tornando seu segundo marido. Três dias depois, o primeiro, presidente dos Estados Unidos, combinou que no dia 22 de novembro iria a Dallas, no Texas.
Lee Oswald, um sujeito que, aos 24 anos, nunca acertara o passo na vida, estava no México. Ao voltar para os Estados Unidos, decidiria ir para Dallas, onde sua mulher russa vivia com a filha.
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