O gás natural é o único combustível fóssil com previsão de aumento na produção na América Latina em 2050, de quase 25%, enquanto o carvão e o petróleo diminuem em pelo menos 75% durante o período, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).
A IEA publicou nesta terça a atualização do seu World Energy Outlook (WEO 2023) projetando que a demanda global por combustíveis fósseis deve atingir pico até 2030. Com a demanda caindo, a produção também verá um declínio nas próximas décadas.
Na América Latina e Caribe, onde o fornecimento total de energia deve aumentar 10% de 2022 a 2030 e 35% até 2050, a participação de combustíveis fósseis deve diminuir ligeiramente à medida que a implantação de energias renováveis aumentar.
O relatório observa, no entanto, que, com as políticas atuais, o recuo previsto não será suficiente para evitar que as emissões de CO2 relacionadas à energia subam 10% acima dos níveis atuais até 2050.
Biocombustíveis e eletrificação do transporte serão dois grandes aliados na substituição dos derivados de petróleo na região.
Apesar de ter a matriz elétrica mais renovável do mundo, o consumo final de petróleo na América Latina é alto por causa do setor de transportes.
Mas a parcela de combustível fóssil está prevista para diminuir conforme os países buscam alternativas para o transporte descarbonizado, aponta o WEO.
O Brasil, por exemplo, lidera na adoção de biocombustíveis, enquanto o Chile, Colômbia, Costa Rica e México estão priorizando a rápida adoção de veículos elétricos.
Dos 33 países na região, 16 têm políticas para descarbonização dos transportes em vigor: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Trinidad e Tobago e Uruguai.
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