SÃO PAULO
Um dos maiores representantes do jazz em todo o mundo, Tony Bennett, morto nesta sexta-feira (21) aos 96 anos, tinha no Brasil uma inspiração. O americano era amigo de João Gilberto e, em uma entrevista ao Programa do Jô (Globo), em 2009, contou que o criador da bossa nova era seu cantor preferido.
"Quando me perguntam quem você gosta dos novatos, eu não me preocupo com idade, só se é bom ou não", comentou o artista. "O João Gilberto é meu cantor favorito."
Na mesma entrevista, ele ainda relembrou uma apresentação do brasileiro. "Eu o vi em um show ao ar livre na Itália. Ele canta tão suave e correto que podíamos até ouvir os grilos ali. No fim, foi aplaudido por dois minutos de pé. É um grande artista. Precisa ser muito afinado. É um cantor muito honesto", complementou.
Em outra entrevista, dessa vez ao extinto Vídeo Show (também da Globo), o cantor se revelou um grande fã da música latina, que considerava superior à americana e europeia. "É um tipo de música que tem alma, tem sentimento, é mais autêntica."
Em 2016, Bennett descobriu ter Alzheimer, mas ele continuou fazendo algumas aparições públicas. Sua última apresentação ao vivo foi em agosto de 2021, ao lado de Lady Gaga, com quem lançou dois álbuns. Na época, o filho dele informou que a decisão de parar era difícil, mas necessária, por ordens médicas.
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