O presidente interino, Gerado Alckmin, disse nesta quarta-feira (12) que não há discussão sobre reforma ministerial e que cargo de ministro é da confiança do chefe do Executivo.
Alckmin não mencionou o nome de Daniela Carneiro (Turismo), que pediu para deixar a União Brasil, mas deu a resposta após ser questionado sobre a manutenção dela no cargo ou sobre a possibilidade de uma reforma ministerial.
"Não tem nenhuma história de reforma ministerial. Cargo de ministro é responsabilidade e, de outro lado, é confiança do presidente da República. Não tem nenhuma discussão de reforma ministerial", disse.
A declaração foi dada a jornalistas após fórum da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). Alckmin ocupa interinamente a Presidência durante viagem de Lula à China.
Daniela pediu desfiliação da União Brasil ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após disputas internas. O Palácio do Planalto adotou cautela e quer esperar os desdobramentos da crise no partido para avaliar os próximos movimentos.
Daniela já era alvo de fogo amigo de integrantes da União Brasil que tentam ocupar a pasta.
Agora, a crise interna do partido elevou a pressão sobre ela. Dentro do governo, a avaliação é que a ministra fica fragilizada, mas ainda há disposição em mantê-la no posto, principalmente pela proximidade com Lula.
A fala de Alckmin está alinhada com a do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que afirmou à Folha que o governo não age por impulso.
"Vamos analisar com a calma necessária, não ter da nossa parte qualquer medida precipitada", disse. O ministro também destacou o apreço que Lula tem por Daniela.
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