segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Consumidor residencial respondeu por 52% do mercado de GD solar em 2021, EPBR

 

A classe residencial foi destaque no avanço da geração distribuída solar em 2021, com 52% do volume adicionado, enquanto a classe comercial foi responsável por 27%, mostra um levantamento da Greener sobre o desempenho da GD no ano passado.

“A permanência do modelo de trabalho remoto, a energia elétrica mais cara e o maior acesso ao financiamento podem ser fatores decisivos na escolha da GD pelos consumidores residenciais nos próximos meses”, diz a consultoria.

Já a queda das atividades comerciais no período de pandemia pode ter puxado para baixo novas instalações nesse segmento. O preço também se mostrou fator decisivo.

A restrição da cadeia produtiva mundial, somada à disparada dos preços do frete e à valorização do dólar, impactaram diretamente os custos dos módulos fotovoltaicos em 2021. 

Preços de sistemas fotovoltaicos tiveram elevação média de 8%. 

A má notícia é que o impacto das restrições da cadeia produtiva mundial de módulos FV sobre os custos pode se estender ao longo da primeira metade de 2022.

“O equilíbrio entre demanda e oferta de materiais e equipamentos a nível mundial, somado à variação do dólar, serão fatores chave para o comportamento de preços”.

Mudanças de ordem fiscal também trazem incertezas quanto aos custos tributários de módulos e inversores a partir do segundo trimestre, sendo importante ponto de atenção para a cadeia, alerta a consultoria. 

A boa é que a expressiva entrada de novos players e a alta competitividade do mercado, segundo a Greener, podem ajudar a atenuar o aumento dos preços ao consumidor final. 

“Apesar da elevação dos preços, os sistemas FV continuam atrativos ao consumidor, sendo a alta tarifa de eletricidade drive impulsionador dos projetos FV em todo o país”, diz o relatório. 

    O setor está otimista. A pesquisa aponta ainda um otimismo do setor em relação aos próximos meses, por conta da aprovação do marco da mini e micro geração distribuída e a perspectiva de elevação média de 21,21% das tarifas de energia para 2022.

    “O Marco Legal da MMGD traz importantes aprimoramentos para o setor, levando maior estabilidade e previsibilidade ao mercado”. 

    A expectativa é que a mudança dos critérios de compensação para os empreendimentos que solicitarem conexão à rede a partir de 2023 acelere o volume de novos contratos em 2022, em especial os modelos de geração remota.

    Sancionada em janeiro, a Lei 14.300/2022 preserva regras atuais até 2045 para os sistemas instalados e para novos clientes que fizerem o pedido de conexão com a rede nos próximos 12 meses. 
    No geral, o país atingiu 807,2 mil instalações fotovoltaicas, segundo a Aneel – um crescimento de 100% em relação a dezembro de 2020. Quase 77% do consumo é residencial.

    Para atender esse aumento, o mercado brasileiro demandou mais de 9,7 GW em módulos fotovoltaicos em 2021, tanto para GD quanto para geração centralizada. O crescimento foi de 104% em relação a 2020, aponta a Greener.

    O financiamento para a fonte solar tem sido uma importante alavanca para a demanda, apoiando 57% das vendas no ano passado, completa. 

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