Schneider Electric, Estadão Blue Studio
23 de fevereiro de 2022 | 08h42
O desafio da sociedade atual tem cada vez menos tempo para ser concluído. Nas próximas duas décadas, a redução das emissões de gases de efeito estufa de todas as nações precisa ser feita de forma robusta, sob pena de o mundo aquecer, em média, mais de 1,5°C até o fim do século, o que terá sérias consequências em termos de sobrevivência para as futuras gerações. O nível do mar poderá subir, e algumas áreas do globo, inclusive no Brasil, poderão ter dificuldades de continuar produzindo alimentos. Chuvas e secas severas também estão ficando mais frequentes.
É nesse contexto que o conceito da Eletricidade 4.0 ganha uma importância muito grande, como explicou Philippe Delorme, vice-presidente-executivo de Gerenciamento de Energia da Schneider Electric, direto de Hong Kong, na live sobre eletricidade como solução sustentável, realizada pelo Estadão. Para o executivo, a maior parte das soluções para que o setor elétrico possa contribuir com o enfrentamento das mudanças climáticas já está disponível. “Não estamos falando de ficção científica. Existem muitas tecnologias prontas que podem ser usadas, e isso já está ocorrendo”, segundo Delorme. “A digitalização dos processos também pode ajudar muito no sentido de redução das emissões de carbono nos países”, afirma o especialista da Schneider Electric.
No caso específico do Brasil e da América Latina, existe pelo menos um ponto positivo, segundo Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para América do Sul. Baseado em São Paulo, ele também participou da live do Estadão sobre Eletricidade 4.0. “O Brasil tem mais de 80% de sua matriz energética baseada em fontes renováveis de energia. E, além disso, nos últimos anos, o incremento da energia solar e eólica, além do uso da biomassa, vem aumentando bastante”, diz Segrera. Isso não significa que não exista um outro problema a ser resolvido – muito pelo contrário. O desperdício de energia em países como Brasil, explica o executivo venezuelano, ainda é muito grande. “O nosso principal foco tem que ser nessa questão. A digitalização, por exemplo, tem todas as condições, inclusive, de ajudar o Brasil a ser carbono neutro, como o país se comprometeu a fazer até 2050.”
Se as fontes renováveis são uma realidade e soluções no campo da digitalização já existem para serem usadas em todo o mundo – inclusive na questão urbana, onde também há muitos desafios a serem enfrentados –, o debate agora, segundo os especialistas, passa necessariamente pela questão do tempo. “Temos que olhar o hoje, pois 2030 já está bem próximo”, afirma Segrera.
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