terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Acervo Delfim Netto guarda preciosidades em forma de livros, Jornal da USP



Iniciada nos anos 40, coleção se encontra hoje na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP
Editorias: Cultura - URL Curta: jornal.usp.br/?p=196772
OAcervo Delfim Netto, instalado na biblioteca da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP: 88 mil volumes, a que o professor acrescenta mais obras a cada semana – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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É uma rotina que o leitor, pesquisador Antonio Delfim Netto, de 90 anos, faz questão de manter. Professor Emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, ele envia, toda semana, os livros que acabou de ler para a biblioteca da FEA. Por enquanto, já doou 88 mil volumes, que integram o Acervo Delfim Netto daquela biblioteca. São livros de diversas áreas do conhecimento, que o leitor começou a comprar no início dos anos 1940 nas livrarias e sebos da cidade.
“A doação de sua biblioteca foi oficializada em 2011 e, segundo o professor, o gesto foi uma retribuição e gratidão por tudo que a Universidade de São Paulo lhe proporcionou ao longo de sua carreira”, conta a bibliotecária Sandra Maria La Farina, responsável pelo acervo. “A sua meta é que pesquisadores e estudantes tenham acesso aos seus livros, que são, na verdade, um vasto material de pesquisa. Sua expectativa é que o acervo entusiasme e incentive os novos alunos.”
Acervo conserva as obras completas dos gregos Platão e Aristóteles e do francês René Descartes, além de prateleiras repletas de livros de Karl Marx e seguidores – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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O professor dispôs 260 mil itens devidamente cadastrados no banco de dados de sua biblioteca, pois em seu sistema se cadastram capítulos de livros, artigos de compêndios, artigos de periódicos e outros materiais. No decorrer de três anos, o acervo foi devidamente separado, catalogado e indexado. “Os livros, folhetos, compêndios e separatas foram cadastrados no Banco de Dados Bibliográficos da USP, o Dedalus”, explica Sandra.
Depois de organizado com todos os requisitos técnicos e ambiente especialmente projetado, o Acervo Delfim Netto foi inaugurado em julho de 2014. Para surpresa de todos, a “biblioteca de trabalho e não de raridades”, como define o professor, reúne preciosidades. “Podemos citar a primeira edição da obra de John Maynard Keynes, The General Theory of Employment, Interest and Money, de 1936, e a primeira edição de An Inquiry into the Nature and Causes of Wealth of Nations, de Adam Smith, em três volumes, de 1776”, afirma a bibliotecária.
A sala de Delfim Netto, transferida para a biblioteca da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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Sandra abre as estantes deslizantes do acervo para apresentar as prateleiras com os 36 volumes originais da Encyclopédie ou Dictionnaire Raisonné des Sciences, des Arts et des Métiers, a célebre Enciclopédia editada no século 18 por Denis Diderot e Jean D’Alembert, com artigos escritos por 130 colaboradores, como Voltaire, Rousseau e Montesquieu.
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O enfoque principal é a ciência econômica e disciplinas correlatas ao pensamento econômico, como matemática, filosofia, sociologia, história, geografia, ciências atuariais, psicologia, direito, religião, entre outras.
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Interessante também é a 11ª edição da Encyclopaedia Britannica, lançada em 1910 e 1911, com seus 32 volumes. “O enfoque principal é a ciência econômica e disciplinas correlatas ao pensamento econômico, como matemática, filosofia, sociologia, história, geografia, ciências atuariais, psicologia, direito, religião, entre outras”, conta Sandra. “Há também uma grande parte do acervo dedicada às ciências naturais, com obras de física, química e biologia. Além disso, o acervo é rico em enciclopédias, obras de literatura e artes e dicionários de diferentes línguas e assuntos.”
Livros de todas as áreas do conhecimento compõem o Acervo Delfim Netto – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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Entre visitantes assíduos da biblioteca estão os estudantes de Filosofia. O acervo tem obras completas dos gregos Platão e Aristóteles e também do francês René Descartes. Também os pesquisadores e estudantes de Letras e Literatura se deleitam com uma das primeiras edições de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e da Divina Comédia, de Dante Alighieri. “Há livros da história da formação do Brasil, com mapas, ilustrações e registros”, continua a bibliotecária, deslizando as estantes e apresentando as prateleiras repletas de livros. “Tem um acervo muito extenso sobre o marxismo e suas vertentes. Há coleções de obras completas de Karl Marx, São Tomás de Aquino, Darwin e Voltaire. E o mais curioso: o leitor pode observar edições diferentes do mesmo livro, refletindo o espírito do professor de bom colecionador.”
Sandra destaca também a coleção de compêndios. “Um compêndio é uma coletânea de artigos organizada pelo próprio professor. Quando Delfim lê um artigo e este lhe interessa, ele solicita à sua equipe que providencie as referências daquele estudo, que serão anexadas e encadernadas junto ao artigo que deu origem à coletânea. Por fim, os muitos escritos do professor Delfim, ao longo de sua carreira, também completam o acervo.”
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Ninguém pode ter ilusões, o desenvolvimento não é um processo tranquilo, calmo, no qual cada um de nós vai manter a sua posição. O desenvolvimento é um processo doloroso, difícil, trabalhoso.
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Junto com a sua biblioteca, Delfim Netto doou também todo o mobiliário. Há um espaço que reproduz a sua sala, com a grande escrivaninha de imbuia, com um tampo revestido em couro, porém já gasto de tantos livros que foram lidos sobre ele. Há ainda cadeiras estofadas, um mobiliário todo torneado e uma pequena máquina de escrever portátil, branca, da marca Odessa.
Detalhe da mesa de trabalho de Delfim Netto – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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Pelas paredes estão todos os seus diplomas, obtidos ao longo da vida, bem emoldurados. Um ambiente povoado de lembranças do estudante que iniciou sua biblioteca aos 14 anos de idade. “O professor Delfim conta que trabalhava como office-boy na Gessy Lever e, por influência do médico Ayrton Alves Aguiar, que conhecera na empresa, começou a se interessar pelos livros. Os dois discutiam a coleção Espírito Moderno, organizada por Monteiro Lobato e Godofredo Rangel. A partir daí, o professor se tornou um frequentador assíduo de sebos e livrarias no Brasil e no mundo”, narra a bibliotecária Sandra. “Inicialmente, a biblioteca ocupou um quarto da casa onde morava com sua mãe, no bairro da Aclimação, em São Paulo. Depois ocupou o apartamento que habitou nos Jardins, também em São Paulo. No fim dos anos 80, a biblioteca, já contando com uma imensa quantidade de volumes, teve de ser transferida para um sítio em Cotia, pois o peso dos livros ameaçava comprometer as estruturas do edifício. Nesse terceiro endereço, a biblioteca ficou até o processo de mudança para a USP.”
Nessa sala com os diplomas, há estantes com mais livros. Sandra tira da prateleira uma edição de arte que salta aos olhos: Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carrol. As ilustrações são do mestre do Surrealismo, o catalão Salvador Dalí. A história é reproduzida em aquarelas. Um trabalho de extrema delicadeza. A edição foi publicada em 1969 pela New York’s Maecenas Press-Random House.
Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
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A consulta ao Acervo Delfim Netto é restrita à sala de leitura, não sendo permitido o livre acesso às estantes. Os livros também não são emprestados. A reprodução só pode ser feita por meio fotográfico, sem utilização de flash, ou por meio de digitalização na própria sala, mediante autorização do bibliotecário responsável. Não é permitida a reprodução integral das obras, de acordo com a legislação de direitos autorais vigente.
Logo na entrada da biblioteca da FEA, há um painel reproduzindo a biblioteca original do paulistano Antonio Delfim Netto. O visitante é acolhido por uma frase que ele escreveu em 1972, especialmente válida para os estudantes de hoje:
Ninguém pode ter ilusões. O desenvolvimento não é um processo tranquilo, calmo, no qual cada um de nós vai manter a sua posição. O desenvolvimento é um processo doloroso, difícil, trabalhoso. Cada um vai ter as suas posições sociais mudadas, porque o mundo à nossa volta está mudando. Quem correr vai ficar onde está, quem parar vai ser atropelado. Esta é a noção clara de desenvolvimento. Não existe outra.
Mais informações sobre o Acervo Delfim Netto podem ser obtidas no endereço https://www.fea.usp.br/biblioteca/acervo-delfim-netto.

Tesouro à flor da terra, OESP

Humberto Werneck, O Estado de S. Paulo
10 de dezembro de 2019 | 03h00

Quem passa pela rua das Lajes, em Ouro Preto, corre o risco de não reparar na casa, aparentemente igual a tantas na antiga capital de Minas. Será uma pena: a fachada, sem nada de muito especial, esconde uma preciosidade. Para começar, é uma das moradias mais antigas da cidade, erguida há 300 anos, pouco antes que a largada do Ciclo do Ouro fizesse de Vila Rica uma Serra Pelada avant la lettre, fervedouro de aventureiros em busca de fortuna e de poetas a tramar revoluções contra a Coroa Portuguesa. Além disso, a casa se debruça sobre um vale salpicado de um deslumbrante casario, dando a quem contempla a paisagem a impressão de ter ante seus olhos uma gigantesca tela de Guignard. Para completar, ali viveu Elizabeth Bishop, uma das maiores escritoras americanas do século 20, que a restaurou e lhe deu nome, Casa Mariana, homenagem a outra grande poeta, sua amiga e mestra Marianne Moore.
Elizabeth, que um fulminante amor brasileiro prendera ao Rio e à serra de Petrópolis no início dos anos 50, foi passar uns dias em Ouro Preto em 1965 e se encantou pela casa. Vim conhecer um lugar, contou em carta, e comprei uma casa. O telhado lhe pareceu o mais belo da cidade - “uma lagosta deitada de bruços”, descreveu para um amigo. Falou também do “enorme jardim murado”, das paredes que raramente fazem ângulos retos, dos “porões misteriosos” onde outrora se lavava ouro, da lenda em torno de um tesouro oculto. Adorou o sistema - pau a pique - utilizado na construção da casa, posto a nu ao despencar da parede da sala um retalho de reboco. Elizabeth não quis remendo, preferiu que se cobrisse a falha com um vidro emoldurado, deixando ver as entranhas e o sistema construtivo da casa. A madeira e a taquara são atadas não com cipó, mas com tiras de couro - sinal inequívoco de que a construção remonta ao tempo em que a atividade dominante na região era a pecuária, anterior, portanto, ao Ciclo do Ouro. Uma casa do “ciclo do couro”, se você me permite, erguida entre 1698 e 1711. 
Os trabalhos da reforma e restauração arrastaram-se por anos, consumindo boa parte das economias e sobretudo da paciência de Elizabeth Bishop, exasperada com o hábito que têm nossos pedreiros e marceneiros de se volatilizar em meio à empreitada. Muito valiosa lhe foi nessa maratona a ajuda de Lili Correia de Araújo, amiga dinamarquesa que se estabelecera em Ouro Preto após a morte do marido, o pintor brasileiro Pedro Correia de Araújo.
Entre 1969 e 1974, Elizabeth viveu intermitentemente na Casa Mariana, em companhia dos gatos Tobias e Suzuki e de uma companheira americana. Depois disso, a casa teve uma sucessão de inquilinos, alguns dos quais, menos cuidadosos, dizimaram a louça dinamarquesa que a escritora trouxera da América. Dois deles, o pintor inglês Hugh Dunford Wood e sua mulher, Emma, artista do ramo da prataria, não só cuidaram bem da casa como ali tiveram um filho, nascido no quarto da escritora em 1977. O casal deixou gravado a diamante, numa das vidraças, um registro jubiloso do acontecimento. (Dezoito anos mais tarde, em companhia do pai, o garoto Jesse Wood - hoje, prestigiado chef de cozinha em Londres - se abalou da Inglaterra para conhecer a cidade natal, e dormiu no quarto em que veio ao mundo.) Após a morte da escritora, a casa foi comprada por sua amiga Linda Nemer, que concluiu a restauração e introduziu novos confortos - além de dedicar-se ao plantio dos jardins, que se espalham hoje por vários patamares floridos. 
De Elizabeth, resta um pouco na Casa Mariana, onde tive o privilégio de pousar algumas inesquecíveis vezes. Um fogão esmaltado e uma banheira trazidos da América. Um malão escuro, desses que se usavam em viagens de navio. Uma balança de cozinha na qual a escritora pesava como palavras de um poema os ingredientes de seus quitutes. Ficaram também sua cama de cedro com cabeceira cabeça-de-cisne, do século 19, e uma graciosa mesa com pés de lira, brasileiríssimas, ambas - como os armários envidraçados que Elizabeth comprou na liquidação de uma farmácia. Um deles impera ainda na sala de jantar, em frente a uma bela mesa, também de cedro, do século 18. 
E o tesouro oculto de que acima se falou? A crer no que deixou escrito um de seus donos, certo Manoel Braga, em algum lugar da casa estariam enterradas 18 mil moedas e 18 arrobas de ouro. Muitos dos que lá viveram bem que pelejaram para desentranhá-las e, se algum teve êxito, teve também a mineira sabedoria de moitar. A própria Elizabeth, parece, se animou com a perspectiva da legendária dinheirama. 
Quanto a Linda Nemer, falecida em janeiro de 2016, aos 84 anos, é sabido que só pegava em ferramentas para cuidar de seus jardins, nos quais cultivava três dezenas de espécies de flores. Terá sido ela, quem sabe, o único dos muitos habitantes da casa que não cavoucou atrás de tesouro escondido. Um dia, ela me levou ao porão da casa, e, enquanto caminhávamos naquele acidentado chão de terra, sua sandália topou numa saliência, fazendo saltar, recoberta de azinhavre e imemorial sujeira, uma moeda de cobre sem maior valor, cunhada em 1824. Linda achou graça no meu deslumbramento de garimpeiro involuntário, e providenciou uma xícara com limão e sal, mistura na qual mergulhamos a moeda, fazendo-a recuperar o antigo brilho e cor, além de reavivar cada cicatriz de um dinheiro que, de mão em mão, muito deve ter errado nos anos que se seguiram à nossa Independência. Presente seu, hoje me pertence. Linda Nemer não se impressionou com o achado, e talvez não se impressionasse se a moeda fosse de metal mais nobre do que o cobre. Pois para ela o maior tesouro, a Casa Mariana, já estava na mão. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Heineken lança cerveja sem álcool e pretende criar novo mercado no Brasil, OESP

Flavia Alemi e Cristiane Barbieri
06 de dezembro de 2019 | 10h37
Maurício Giamellaro, presidente do Grupo Heineken no Brasil – Foto: Edna Marcelino/Divulgação

Há menos de cinco anos, a Heineken capitaneou um movimento de crescimento das cervejas premium em uma escala até então inédita no Brasil. A garrafa verdinha passou a ser comum em baladas e bares mais chiques e a marca holandesa consolidou um mercado até então irrisório. Agora, a empresa tem uma ambição ainda maior: dar porte a um outro segmento, ensinando ao brasileiro que cerveja sem álcool é bom.
A partir do primeiro trimestre, a empresa vai produzir e vender sua marca sem álcool no Brasil, a Heineken 0.0. A aposta vem no sentido de estimular o consumo responsável de cerveja e acompanhar uma tendência observada na Europa, onde as versões sem álcool são associadas à vida saudável. Estímulo para isso são as 69 calorias da long neck da Heineken 0.0, menos da metade de uma Heineken normal.
Com baixo volume de consumo das cervejas sem álcool no Brasil, a meta da holandesa é, no médio prazo, criar um novo mercado. “Hoje, ao beber qualquer cerveja sem álcool, a percepção é de que não é cerveja”, disse ao Broadcast o presidente do grupo no Brasil, Maurício Giamellaro. “Nossa 0.0 tem gosto de cerveja e o amigo da vez ou alguém que queira se refrescar, mas tenha de trabalhar, por exemplo, agora tem uma opção gostosa. Imagine o potencial que nós temos.”
Para tentar consolidar esse novo mercado, serão usados as mesmas estratégias que a Heineken usou no mercado de cervejas premium e puro malte. De campanhas publicitárias a degustações, passando por uma estratégia de fazer o produto aumentar a presença no País aos poucos. “Seguiremos essa aprendizado que foi muito bem sucedido”, afirmou Bram Westenbrink, vice-presidente de marketing da Heineken Brasil.
A estratégia deu tão certo que a operação brasileira tornou-se a maior da Heineken no mundo em termos de volume, no último trimestre. Como parte do movimento, ainda, a fabricante retirou estabilizantes e conservantes de todos os seus produtos, inclusive as marcas de combate, desde março.
Pífio. De acordo com dados da Euromonitor, o volume de cerveja sem álcool saltou 186,6% entre 2013 a 2018 no Brasil. Apesar do aumento, o consumo de cerveja sem álcool no Brasil representa apenas 1% do volume total vendido, que chega a cerca de 120 milhões de hectolitros por ano. Hoje, a Ambev é responsável por 70% do mercado sem álcool. Já o portfólio da Heineken até a última medição chegava a apenas 4,8%.
O desafio para criar esse novo mercado, porém, não são pequenos. Os entraves para a Heineken começam no preconceito generalizado do público brasileiro com as cervejas sem álcool, segundo o consultor Adalberto Viviani. “Além da questão de sabor, há uma percepção de que bebida light é fraca e, entre os homens, existe um certo machismo. Também nunca houve campanhas muito efetivas pelo consumo de bebidas sem álcool no Brasil”, afirmou.
Outro desafio é captar consumidores que vão além do nicho dos que não bebem álcool apenas por recomendações médicas. Na Alemanha, atletas de alto desempenho costumam optar pela cerveja sem álcool para se recuperar de treinos ou competições. Inclusive, um estudo publicado no Medicine & Science in Sports & Exercise em 2011 concluiu que atletas que participaram da Maratona de Munique de 2009 e consumiram cerveja sem álcool apresentaram menos inflamação nos músculos do que os atletas que beberam um placebo.
“Não é usual aqui você sair da academia e beber uma cerveja. Queremos mudar isso”, disse Giamellaro.
Lançada na Holanda em 2017, a Heineken 0.0 está presente em 51 países e continua com a embalagem verde característica da marca, mas traz um rótulo azul para se diferenciar da versão alcoólica. Para que o sabor ficasse o mais próximo possível da versão tradicional, a companhia optou pela evaporação a vácuo, na qual o processo de produção da cerveja vai até o fim e, depois, o álcool é removido. Segundo mestres cervejeiros, esse é o método mais limpo e que consegue preservar melhor as propriedades da bebida.
O apelo da marca, segundo Viviani, é o trunfo da Heineken para desenvolver o mercado. “Tem potencial para ser a marca de cerveja zero álcool mais vendida”, afirmou.
Notícia publicada no Broadcast dia 05/12/2019, às 19:10:03
Contato: flavia.alemi@estadao.com e cristiane.barbieri@estadao.com

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