terça-feira, 25 de setembro de 2012

Obra no Tietê é 1º passo para o hidroanel


EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O governo de SP pediu a licença ambiental prévia para iniciar as obras da eclusa da barragem da Penha, no rio Tietê (zona leste da capital), primeiro passo para viabilizar antigo projeto do Estado: o hidroanel metropolitano.
Eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que possibilita navegar em locais onde há desnível no leito do rio --ela permite ao barco subir ou descer, conforme o caso.
A licença prévia foi pedida à Cetesb (agência ambiental paulista) e pode ser concedida dentro de um mês.
A eclusa tornaria navegável um trecho de 14 km do rio, até São Miguel Paulista, no extremo leste da cidade. Hoje, o Tietê tem 41 km navegáveis, entre a Penha e a cidade de Santana do Parnaíba.
O projeto do governo é construir um hidroanel de 170 km ao redor da capital, que incluiria os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings (zona sul e ABC) e Taiaçupeba (Suzano). Um canal artificial de 18 km precisará ser feito para ligar as duas represas.
Embora o projeto contemple o transporte de passageiros (principalmente nas represas), a prioridade é transportar lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da construção civil e lodo retirado das estações de tratamento, além de produtos hortifrutigranjeiros.
"É viável a construção do hidroanel. O projeto, se realmente for feito, já se justifica só pelo transporte de material de dragagem e lodo", diz Alexandre Delijaicov, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Ele é um dos pesquisadores que ajudou a elaborar os projetos iniciais --a faculdade venceu uma licitação.
O horizonte para concluir o hidroanel é 2045. Mas há obras de curto prazo, que podem terminar em cinco anos.
A licitação da eclusa será aberta em breve, segundo Casemiro Tércio Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário de SP. "Estamos terminando os orçamentos."
No total, a implantação do hidroanel deve custar algo em torno de R$ 4 bilhões.
Ao longo da hidrovia estão previstas a construção de 60 ecoportos (que recebem material já triado), 11 eclusas e 3 portos de destino. "São locais que vão promover a interligação do barco, do trem e do caminhão", diz Delijaicov.
A principal vantagem do hidroanel, dizem os técnicos, é retirar das ruas caminhões que transportam resíduos.
Em alguns casos, será possível usar os rios como uma espécie de piscinão. "É uma alternativa contra as enchentes, que poderá ficar mais barata", afirma Delijaicov.
O ponto negativo: como os barcos vão transportar também lixo doméstico, por exemplo, existe sempre risco de contaminação das águas.
Se o Tietê e o Pinheiros não vão sentir muita diferença, a parte limpa da Billings, onde existe inclusive a captação de água para consumo humano, pode sentir bastante qualquer tipo de incidente.

Primeira fábrica do etanol 2G deverá ser aberta em 2013 em Alagoas


A primeira usina brasileira de etanol 2G dever entrar em operação até dezembro de 2013, em Alagoas. O anúncio foi feito durante o Green Power Conferences, em São Paulo, nos últimos dias 18 e 19 deste mês, com investidores internacionais, pesquisadores, e presidentes de corporações.

Dentro de sete meses, em Campinas, um centro de pesquisa instalado no campus da Unicamp, terá a sua sede própria. Lá está sendo desenvolvido o chamado "cana energia", uma nova variedade com produtividade três vezes superior a da cana comum.

O que chama a atenção no projeto da família Gradin é o desenvolvimento da nova variedade. Até o fim do ano, a estação experimental que fica em Alagoas deverá cultivar 100 mil plântulas para produzir 100 toneladas de massa seca por hectare e tem a primeira colheita industrial prevista para 2015.

A planta é uma espécie de showroom e pode funcionar por meio de licenciamento. Até lá, serão usadas as sobras de palha e bagaço das usinas alagoanas. "Nossa meta é produzir a biomassa mais competitiva do mundo", disse Bernardo Gradin, sócio e presidente da empresa fundada em 2011.

Os investimentos para a unidade de Alagoas são de R$ 300 milhões com capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. Dos R$ 300 milhões, a expectativa da Graal é que o BNDES financie R$ 210 milhões, o que equivale a 70% desse valor.

Para que o projeto desse certo, a GraalBio precisou contar com um coquetel de pelo menos 50 enzimas, responsável pela transformação da celulose (e da hemicelulose) em açúcar. O produto batizado de Cellic CTec3 representou redução de 10% no custo final de produção do biocombustível.

A GraalBio comprou da Chemtex, empresa do grupo italiano Mossi & Ghissolfi (M&G), os equipamentos de pré-tratamento da matéria-prima. A tecnologia, desenvolvida pela BetaRenewables, joint venture entre a Chemtex e o fundo americano TPG, será implantada na planta brasileira e também em uma planta na Itália e outra nos Estados Unidos.


Parceiros

Os demais parceiros da empresa, além da Unicamp e do BNDES, são os grupos Novozymes (fornecedor de enzimas), a DSM (fornecedora de leveduras), o produtor de etanol 1G Carlos Lyra e a Ridesa, que pesquisa variedades de cana.

"A produção de 80 toneladas de cana sucralose pode dobrar para 160 com maior produção em área menor", informou Frank Nadimi, diretor na América Latina da DSM. Segundo Alan Hiltner, a média de produção das unidades industriais deve ser de 100 milhões de litros.

"Nada nos impede de alugar usinas que produzem etanol 1G e se comprarmos energia por R$ 140 ao invés dos atuais R$ 100 pagos pelo governo para as usinas. Tudo depende de como se comportará o mercado", explica.

Conforme a GraalBio, o investimento total pode chegar a R$ 1 bilhão e as novas plantas serão anunciadas conforme os contatos.
Fonte: Udop
Publicada em: 25/9/2012 07:54:19

Coreanos constroem protótipo de casa com mais de 95 soluções sustentáveis


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Unindo arquitetura a tecnologias modernas de construção, os designers coreanos da Unsangdong, em parceria com o Kolon Institute of Technology, criaram uma casa com mais de 95 soluções sustentáveis.
O projeto recebeu o nome de E+Green Home e reúne sistemas de captação de luz por painéis solares e de reuso de água, teto verde e entradas estratégicas para ventilação natural, diminuindo consideravelmente a necessidade da utilização do ar condicionado.
Além disso, os próprios materiais de infraestrutura (como tijolos, cabos, tintas, etc.) empregados na obra são ecologicamente corretos.
A empreitada conquistou o Passive House Certificate, um selo de qualidade verde concedido pelo instituto Passivhaus. O certificado é dado para construções que utilizam apenas 15kWh/m² de energia ao ano em aquecimento.
A intenção é que a residência sirva de modelo para construções ecológicas no futuro.
Divulgação
Casa projetada pelo escritório Unsangdong poupa energia e utiliza materiais ecológicos
Casa projetada pelo escritório Unsangdong poupa energia e utiliza materiais ecológicos