Com perspectiva de vendas de Natal de R$ 6 bilhões, crescimento de 6,9% em relação a 2023, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) celebra também o maior número de inaugurações desde a pandemia. Foram nove empreendimentos abertos este ano, ante cinco em 2023 – e 11 em 2019. A projeção inicial era de 18 inaugurações em 2024, mas essa estimativa foi sendo revista ao longo do ano.
Segundo a Abrasce, a não abertura deve-se, basicamente, a atrasos no cronograma de obras. A entidade ainda não divulgou o total esperado para 2025, mas pelo menos 25% das empresas planejam expansão. O faturamento do setor deve ficar próximo de R$ 202 bilhões neste ano, ante R$ 195 bilhões no ano passado, crescimento de 3,6%.
Sem contar as nove inaugurações deste ano, o país tem 639 shopping centers, segundo a Abrasce – 53% ficam no Sudeste, seguido das regiões Nordeste (18%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). O total de lojas supera 121 mil, com 3,1 mil salas de cinema, 462 milhões de visitantes por mês e 1,1 milhão de empregos, com 17,8 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). Os nove empreendimentos de 2024 – que acrescem 182 mil metros quadrados – foram abertos em São Paulo (quatro), Paraná (três), Rio de Janeiro (um) e Tocantins (um), na cidade de Araguaína, o primeiro shopping do município, inaugurado em outubro.
Ainda de acordo com a associação, o setor de shoppings teve crescimento de 2,3% nas vendas no terceiro trimestre, em comparação com igual período do ano passado. A taxa de ocupação atingiu 94,7%, ante 94,2% em 2023. Já a inadimplência caiu de 4% para 3%. “O crescimento nas vendas e no fluxo de visitantes somado à redução da inadimplência e ao aumento da taxa de ocupação mostram que o setor avança com consistência”, disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai. “Fatores como o aumento da renda e a geração de empregos têm impulsionado a confiança do consumidor e contribuído para esse desempenho positivo.”
A Abrasce espera crescimento de 6% no fluxo de visitantes nos shoppings durante o Natal, época também marcada por campanhas e promoções dos lojistas. O tíquete médio é calculado em R$ 217,34 – ante R$ 207,04 no ano passado, crescimento nominal de 5%, um pouco acima da inflação acumulada em 12 meses (4,87%, segundo o IPCA-IBGE). Os itens mais procurados são vestuário (88%), perfumaria & cosméticos (80%) e calçados (70%).
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