21.dez.2024 às 23h00
A charanga da jogatina orgulha-se de um eventual financiamento dos clubes de futebol. Se tudo correr como as casas de apostas dizem, e o governo acredita, em 2025 o futebol receberá R$ 2 bilhões.
Esse mundo de fantasia ainda não existe, mas já se sabe que o presidente do Ceará Sporting Club emitiu R$ 45 milhões em notas frias para simular solidez financeira, iludindo investidores de fundos interessados em botar dinheiro numa casa de apostas.
Isso tudo está acontecendo quando o Sol da nova era mal amanheceu.
ANGELA MERKEL
Saíram as memórias de Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha de 2005 a 2021. Quem se lembra de sua figura seca não se surpreende com a falta de senso de humor, mas talvez se assuste com sua egolatria germânica, sem firulas.
Como seria de esperar, ela começa contando o dia 10 de novembro de 1989, quando o Muro de Berlim foi derrubado. Vivendo no lado comunista, ela foi ao lado ocidental, tomou uma cerveja e, à noite, voltou para casa, porque tinha o que fazer.
Para políticos de todo o mundo, um capítulo serve como lição. Ela só se meteu em política depois de 1989, teve protetores e o imenso Helmut Kohl deu-lhe um ministério. Chamava-a de "minha menina".
Como a Alemanha é a Alemanha, no dia 5 de novembro de 1999 o tesoureiro do partido do governo foi para a cadeia (o tesoureiro do PT seria preso em 2015). Dias depois começou a colaborar com o Ministério Público (o similar nacional ralou a cana em silêncio e emplacou um companheiro para a diretoria do fundo de pensão Petros).
No dia 16 de dezembro, Kohl reconheceu que havia recebido doações ilegais.
A "menina" viveu dias de agonia até que, seis dias depois, surpreendeu a Alemanha com um artigo dizendo que Kohl estava prejudicando o partido e o país.
No dia 18 de janeiro, Kohl renunciou à presidência do partido Democrata-Cristão e, aos poucos, afastou-se da vida pública, até sua morte, em 2017.
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