domingo, 22 de dezembro de 2024

Mucio desembarca em silêncio, após dar a Lula e ao Brasil a retirada dos militares da ribalta, FSP

Estava escrito nas estrelas: como revelou a repórter Mônica Bergamo, o ministro da Defesa, José Mucio, quer ir embora.

Mucio desembarcará em silêncio, como em silêncio deu a Lula e ao Brasil a retirada dos militares da ribalta. Depois de quatro anos de Bolsonaro, isso não foi pouca coisa.

Várias pessoas enfileiradas diante de cadeiras. Na frente, dois homens brancos, Múcio, um homen de cabelos brancos, vestido de terno preto e gravata amarela, e Lula, um homem de cabelos e barba branca, vestido de terno escuro e uma gravata vermelha. No canto, um homem branco com a farda do Exército faz uma saudação militar, posicionando a mão na direção da testa
O presidente Lula, acompanhado do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e do comandante do Exército, Tomás Paiva - Pedro Ladeira - 22.ago.24/Folhapress

Se a infantaria petista não se acalmar e se a Casa Civil de Rui Costa não calçar as sandálias da humildade, Ricardo Lewandowski será o próximo a pedir para sair.

Lula tem dois tipos de ministros: os que querem ficar e os que não precisam ficar. Quando um ministro que não precisa ficar quer desembarcar, é bom que se preste atenção.

JUSTIÇA MILITAR

Por 8 a 6, o Superior Tribunal Militar, última instância dessa modalidade de Justiça, reduziu de pelo menos 28 anos para quase 4 anos a pena dos oito integrantes da patrulha que em 2019 deu 257 tiros no carro em que viajava o músico Evaldo Rosa, com a família. 62 tiros acertaram. Evaldo morreu e seu sogro foi ferido. O catador Luciano Macedo, que tentou socorrê-los, também foi morto.

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As penas foram reduzidas no tamanho e, sobretudo, na qualidade. Todas serão cumpridas em regime aberto.

Evaldo e sua família nada tinham a ver com nada. Foram confundidos por um oficial inepto.

O STM tem 15 juízes, 10 dos quais são militares que chegaram ao topo de suas carreiras.

Tamanha audácia surpreendeu, porém apenas confirmou a lição do presidente francês Georges Clemenceau (1841-1929): "A Justiça Militar está para a Justiça, assim como a música militar está para a música".

Clemenceau foi injusto com a música militar. Ela produziu umas poucas boas peças.

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