Amo esses velhos,
homens e mulheres
de cabelos
brancos,
rosto familiar
e passos
claudicantes,
com quem cruzo nas
ruas.
Embora não me
conheçam,
eles me
cumprimentam 
com um sorriso
largo
de simpática
cumplicidade.
Não os estimo, entretanto,
por me saudarem
com alegria e
cordialidade.
Amo esses velhos
porque são
sobreviventes,
porque não se
deixaram abater.
Amo-os porque
percebo
nos seus olhos 
a imensa alegria
de estarem vivos,
mesmo sabendo,
esses velhos, 
que a qualquer
momento 
partirão.
E eles não querem
partir. 
José Benjamim de
Lima
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