Demanda pelo diesel coprocessado. O diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Cláudio Schlosser, disse que a companhia já negocia 10 milhões de litros por mês de diesel coprocessado. Segundo Schlosser, o combustível com 5% de parcela renovável tem sido vendido junto aos produtos de diesel. Mesmo sem um mandato específica para o produto, a companhia tem planos para ampliar a oferta 48 bilhões de litros de etanol. A produção de etanol no Brasil, considerando a cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e o milho, pode atingir 48 bilhões de litros até 2034, com um crescimento anual de 3,8% em relação a 2022, segundo estimativas do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A demanda projetada de etanol combustível para a próxima década é de 45 bilhões de litros. Biocombustíveis versus elétricos. Para o vice-presidente de Operações da Vibra Energia, Marcelo Bragança, os incentivos aprovados no projeto de lei Combustível do Futuro ajudam a consolidar a vantagem dos biocombustíveis no país em relação à eletrificação. Ele avalia que o projeto – à espera da sanção do presidente Lula – se deu de forma acertada. E-metanol no Açu. O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, e a multinacional de e-combustíveis HIF Global anunciaram nesta terça (24/9) a assinatura de um contrato para reserva de área dentro do hub pré-licenciado de hidrogênio e derivados do complexo, para desenvolver uma instalação de e-metanol. A produção do combustível marítimo utilizará hidrogênio obtido a partir da eletrólise com energia renovável e CO2 reciclado. E em Suape. Na segunda (23), o Governo do Estado de Pernambuco assinou um acordo com a European Energy para instalação de uma indústria de e-metanol no Complexo Industrial Portuário de Suape. O empreendimento deve ocupar uma área de 10 hectares, com estimativa de R$ 2 bilhões em investimentos e geração de 250 empregos diretos e mais 15 mil indiretos. Lula defende bioeconomia na ONU. Em discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta terça (24/9), o presidente Lula disse que a visão do Brasil para o desenvolvimento sustentável está baseada na bioeconomia e que o país é um celeiro de oportunidades para a transição energética global. Plataforma para transição justa. O governo brasileiro e a ONU lançaram, em Nova York, uma Plataforma Global voltada para o financiamento de projetos relacionados à transição energética justa e sustentável. A iniciativa é liderada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Fazenda, foca na equidade de gênero, por meio da colaboração entre mulheres do setor financeiro público e privado. Senso de urgência na regulação. O CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, defendeu maior agilidade na regulação para acompanhar o ritmo da transição energética. Para ele, as agências reguladoras precisarão responder às demandas da sociedade na transição energética com senso de urgência, sob o risco de a competitividade brasileira no setor de energia ficar comprometida. Horário de verão. O retorno do horário de verão poderia gerar uma economia de R$ 1,8 bilhão por ano, com a redução da necessidade de contratação de potência para atender aos momentos de maior consumo de energia do sistema brasileiro, concluiu o estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentado na semana passada ao Ministério de Minas e Energia (MME). O retorno do horário de verão está em avaliação pelo governo federal, em meio à crise hídrica que afeta as usinas hidrelétricas. Termopernambuco liberada para operar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a antecipação da entrada em operação da usina Termopernambuco (PE), operada pela Eneva. A usina foi uma das vencedoras do leilão de reserva de capacidade de 2021 e tinha previsão inicial de iniciar o fornecimento de energia em julho de 2025. A antecipação foi uma das medidas anunciadas pelo governo para reduzir os impactos da atual crise hídrica no sistema elétrico. Hidrelétricas no leilão de potência. O setor de hidrelétricas afirma que é possível entregar um aumento de capacidade nas usinas em três anos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), é possível adicionar 18,4 gigawatts a empreendimentos existentes, com projetos de motorização de poços vazios, ampliação e instalação de novas turbinas. A expectativa é destravar projetos de modernização e ampliação de potência a partir dos contratos firmados no leilão de reserva de capacidade, prometido pelo governo federal para este ano. Eletrobras no leilão de baterias e de capacidade. O vice-presidente de estratégia da Eletrobras, Elio Wolff, afirmou que a Eletrobras pretende estudar o leilão de baterias, previsto para 2025. Ele confirmou que a companhia está se posicionando também para participar do próximo leilão de reserva de capacidade. Separação de papéis no setor elétrico. O vice-presidente de regulação da Eletrobras, Rodrigo Limp, defendeu a separação de papéis entre os agentes do setor elétrico. Ele ressaltou que a governança bem definida, associada à maturidade das instituições brasileiras, é o que permite ao setor manter a estabilidade regulatória. Antecipação de recebíveis. A diretoria da Aneel aprovou a regulamentação da antecipação de recebíveis da privatização da Eletrobras. Prevista na Medida Provisória 1212/2024, a medida deve amortecer as tarifas de energia, pois os recursos serão usados para ajudar a custear a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Transferência da Amazonas Energia. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia criticou a decisão da Justiça do Amazonas, que nesta segunda-feira (23/9) deu 48 horas para a Aneel aprovar o plano de transferência da Amazonas Energia para a Âmbar. A organização cita nota técnica da própria Aneel para defender que o plano apresentado pela empresa do Grupo J&F não contempla as melhorias que poderiam resolver problemas que afetam os consumidores da região. |
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