O governo federal adiou para hoje o anúncio de medidas contra as queimadas que assolam o país. O presidente Lula terá uma reunião à tarde com chefes dos demais Poderes para articular medidas de combate à crise climática, incluindo medidas provisórias. Ontem pela manhã, Lula se reuniu com os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Inicialmente, o Palácio do Planalto planejava fechar um pacote de medidas e anunciá-lo ontem mesmo. A crise climática e o aumento dos incêndios vêm dando munição à oposição, especialmente à ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), duramente criticado em 2020 pelas queimadas no Pantanal. (Folha)
E com uma política de tolerância zero, a Advocacia-Geral da União acionou ontem a Justiça Federal do Pará para cobrar R$ 635 milhões de cinco fazendeiros como compensação financeira por danos climáticos causados pela destruição do Parque Nacional de Jamanxim em 2023. Essa é a primeira ação apresentada em nome do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o maior valor já pedido pela AGU em uma ação climática. Normalmente, as ações ambientais requerem recuperação da área desmatada e pagamento de danos morais coletivos. Agora, a AGU está identificando individualmente cada infração que resultou em emissões dos gases poluentes que, consequentemente, contribuíram para agravar a emergência climática. Entre junho e agosto deste ano, as queimadas na Amazônia já geraram 31 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera, o equivale a um mês de emissões do Reino Unido. (g1)
O incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília no domingo se alastrou ontem, cruzando o rio Bananal e se dividindo em quatro frentes diferentes, segundo o ICMBio. O fogo que destruiu 700 hectares pela manhã chegou a 3.000 hectares do parque à tarde. Devido à fumaça, a Universidade de Brasília anunciou a suspensão das atividades. (Folha)
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