Ana Karina Bortoni
Líderes enfrentam níveis elevados de estresse. Em um ambiente caracterizado por volatilidade, pressões econômicas, novas tecnologias e dilemas no mundo do trabalho, não podemos encarar a carreira de executivos como uma jornada heroica típica das narrativas de ficção, onde tudo termina bem.
As lideranças têm a responsabilidade de guiar as organizações em direção a bons resultados financeiros, fundamentados em valores éticos e práticas sustentáveis. No entanto, essa tarefa se torna cada vez mais desafiadora.
De acordo com a consultoria Gartner, um gerente médio possui 51% mais responsabilidades do que consegue administrar efetivamente. Os gestores intermediários são os mais afetados; na pesquisa Future Forum, da Slack Technologies, 43% relataram estar esgotados, enquanto na liderança sênior esse índice foi de 37%.
Diante dessa realidade, o burnout se torna uma preocupação crescente, impactando o ritmo dos negócios devido a uma administração ineficaz, afastamentos do trabalho ou pedidos de demissão.
Nas organizações que valorizam o bem-estar, existem incentivos para que as pessoas mantenham uma vida produtiva fora do trabalho, com espaço para família, amigos e atividades físicas. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais saudável.
Adicionalmente, é importante cultivar o autoconhecimento e a espiritualidade, que ajudam a promover uma melhor saúde mental. Ao perceber sinais de desgaste, podemos adotar atitudes simples, como:
- Reservar um tempo para relaxar e recarregar as energias;
- Estar atento às reações do corpo e da mente sob pressão, pois conhecer suas limitações ajuda a agir com antecedência;
- Estabelecer limites em relação ao trabalho, garantindo que a jornada tenha um início e um fim;
- Buscar suporte: procurar ajuda é um sinal de força, não de fraqueza.
Afinal, a saúde mental dos colaboradores é fundamental para o equilíbrio de qualquer organização.
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