Neste domingo (10), Corinthians e Flamengo se enfrentarão no estádio corintiano em situação curiosa: em primeiro lugar, porque o visitante é favorito; em segundo, porque o clássico das camisas mais populares do país é muito importante para os cariocas e nem tanto para os paulistas.
É que o rubro-negros têm motivos e time para ainda acreditar que o título do Campeonato Brasileiro seja possível, coisa que o torcedor alvinegro sabe não ser para seu bico.
Dada a diferença de quem Vítor Pereira pode escalar para quem Dorival Júnior escalará, importante mesmo serão os jogos pelas quartas de final da Libertadores, na primeira e segunda semanas de agosto, em Itaquera e no Maracanã, nessa ordem.
Aí, sim, o Corinthians talvez possa enfrentar o rival mais de igual para igual, conforme tenha de volta seus principais jogadores.
Há quem critique o treinador português do Corinthians por sacrificar o torneio nacional, embora ele simplesmente não tenha outra alternativa.
Apostar nos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores é tudo o que lhe resta.
Para o Flamengo, não. Pensar nas três competições é arriscado, mas ponderável.
Em matéria de partidas interessantes, o domingo não se resume à da tarde paulistana.
Porque no começo da noite mineira o embate entre Atlético e São Paulo também promete.
O Galo é outro clube com pretensões gigantes, vencer os três títulos que disputa, como quase fez na temporada passada.
O problema está em que não tem atuado a ponto de convencer ser capaz de tanto, apesar de continuar vivíssimo em todas as competições.
O São Paulo jogará no Mineirão como franco-atirador e animado com a boa campanha na Copa Sul-Americana. Se vencer, o que é improvável, ganhará corpo.
5 A 3
Dos seis brasileiros que disputaram as oitavas de final da Libertadores, cinco chegaram às quartas.
Dos seis argentinos, três se classificaram.
A vantagem brasileira não se limita à quantidade, está também na qualidade, porque o trio poderoso Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras permanece na disputa.
Já a dupla portenha, Boca Juniors e River Plate, dançou.
Não que Estudiantes, tetracampeão continental, Vélez Sarsfield, uma taça, e Talleres sejam galinhas mortas, porque nunca são.
Caberá ao Athletico Paranaense a tarefa de ao duelar com o Estudiantes, impedir que dois argentinos cheguem às semifinais, pois uma vaga, de Vélez ou Talleres, está garantida.
Os brasileiros que sobrevivem somam sete títulos, e um deles terá todas as condições para diminuir a vantagem de 25 títulos argentinos contra 21 nacionais na história do torneio.
Um dos favoritos, Periquito ou Galo, ficará de fora, e a vida do outro, o Flamengo, não será fácil.
TV MENOS ABERTA
As saídas do narrador Galvão Bueno, depois da Copa do Mundo no Qatar, e a imediata do comentarista Walter Casagrande da TV Globo, revelam que nunca mais a vida na TV aberta será a mesma, acossada pelas novas plataformas que já são o presente e mais serão no futuro, para incômodo também da TV fechada.
Prova disso é que Bueno já está acertado com a empresa do youtuber Felipe Neto e Casagrande nem sabe o que fazer diante de tantas propostas recebidas nos últimos dias, porque conquistou espaço relevante entre os milhões de brasileiros capazes de entender que o futebol extrapola, e muito, as quatro linhas do campo.
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