sábado, 9 de julho de 2022

Itaquera é palco do primeiro jogo da melhor de três entre Corinthians e Flamengo, Juca Kfouri FSP

 Neste domingo (10), Corinthians e Flamengo se enfrentarão no estádio corintiano em situação curiosa: em primeiro lugar, porque o visitante é favorito; em segundo, porque o clássico das camisas mais populares do país é muito importante para os cariocas e nem tanto para os paulistas.

É que o rubro-negros têm motivos e time para ainda acreditar que o título do Campeonato Brasileiro seja possível, coisa que o torcedor alvinegro sabe não ser para seu bico.

Dada a diferença de quem Vítor Pereira pode escalar para quem Dorival Júnior escalará, importante mesmo serão os jogos pelas quartas de final da Libertadores, na primeira e segunda semanas de agosto, em Itaquera e no Maracanã, nessa ordem.

David Luiz, do Flamengo, disputa cabeçada com João Victor, do Corinthians, em partida pelo Campeonato Brasileiro de 2021, em novembro, no Maracanã
David Luiz, do Flamengo, disputa cabeçada com João Victor, do Corinthians, em partida pelo Campeonato Brasileiro de 2021, em novembro, no Maracanã - Alexandre Loureiro - 17.nov.21/Reuters

Aí, sim, o Corinthians talvez possa enfrentar o rival mais de igual para igual, conforme tenha de volta seus principais jogadores.

Há quem critique o treinador português do Corinthians por sacrificar o torneio nacional, embora ele simplesmente não tenha outra alternativa.

Apostar nos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores é tudo o que lhe resta.

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Para o Flamengo, não. Pensar nas três competições é arriscado, mas ponderável.

Em matéria de partidas interessantes, o domingo não se resume à da tarde paulistana.

Porque no começo da noite mineira o embate entre Atlético e São Paulo também promete.

O Galo é outro clube com pretensões gigantes, vencer os três títulos que disputa, como quase fez na temporada passada.

O problema está em que não tem atuado a ponto de convencer ser capaz de tanto, apesar de continuar vivíssimo em todas as competições.

O São Paulo jogará no Mineirão como franco-atirador e animado com a boa campanha na Copa Sul-Americana. Se vencer, o que é improvável, ganhará corpo.

5 A 3

Dos seis brasileiros que disputaram as oitavas de final da Libertadores, cinco chegaram às quartas.

Dos seis argentinos, três se classificaram.

A vantagem brasileira não se limita à quantidade, está também na qualidade, porque o trio poderoso Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras permanece na disputa.

Já a dupla portenha, Boca Juniors e River Plate, dançou.

Não que Estudiantes, tetracampeão continental, Vélez Sarsfield, uma taça, e Talleres sejam galinhas mortas, porque nunca são.

Caberá ao Athletico Paranaense a tarefa de ao duelar com o Estudiantes, impedir que dois argentinos cheguem às semifinais, pois uma vaga, de Vélez ou Talleres, está garantida.

Os brasileiros que sobrevivem somam sete títulos, e um deles terá todas as condições para diminuir a vantagem de 25 títulos argentinos contra 21 nacionais na história do torneio.

Um dos favoritos, Periquito ou Galo, ficará de fora, e a vida do outro, o Flamengo, não será fácil.

TV MENOS ABERTA

As saídas do narrador Galvão Bueno, depois da Copa do Mundo no Qatar, e a imediata do comentarista Walter Casagrande da TV Globo, revelam que nunca mais a vida na TV aberta será a mesma, acossada pelas novas plataformas que já são o presente e mais serão no futuro, para incômodo também da TV fechada.

Prova disso é que Bueno já está acertado com a empresa do youtuber Felipe Neto e Casagrande nem sabe o que fazer diante de tantas propostas recebidas nos últimos dias, porque conquistou espaço relevante entre os milhões de brasileiros capazes de entender que o futebol extrapola, e muito, as quatro linhas do campo.


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