Em 2018, a onda bolsonarista que elegeu o capitão, Wilson Witzel no Rio e João Doria em São Paulo foi beneficiada pela blindagem com que o PT protegia os escândalos de seus governos.
Quatro anos depois, Lula lidera as pesquisas e oferece ao eleitorado êxito dos grandes números de suas administrações. Sua rejeição está em 36%, enquanto a de Bolsonaro vai a 53%, mas as bolas de ferro dos escândalos continuam lá.
DATAFOLHA
A última pesquisa do Datafolha mostrou que Lula precisa suar a camisa para liquidar a eleição no primeiro turno.
TERMÔMETRO DE BOLSONARO
Percebe-se um padrão nos discursos de Bolsonaro.
Quando ele fala das realizações do seu governo, está no modo de confiança. Quando ataca as urnas, o Supremo ou o TSE, está no modo da desesperança.
Trata-se de tentar aferir a proporção dos dois modos em cada discurso, visto que ele os mistura.
Não se deve avaliar falas em cercadinhos ou em padarias.
A BATALHA DE MINAS
Os mastigadores de números de Lula e Bolsonaro estão convencidos de que a batalha do primeiro turno será travada em Minas Gerais. Nos últimos 50 anos quem venceu no estado ganhou a eleição nacional.
Lula está fechado com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, que disputa o governo. Romeu Zema, que disputa a reeleição, afastou-se de Bolsonaro, em cuja onda venceu em 2018.
A campanha dirá quanto resta da onda de 2018. Os resultados das eleições municipais de 2020 mostraram que ela encolheu.
OS VOTOS DE CIRO
Ciro Gomes pode anunciar mil vezes seu rompimento com o PT, mas a maior parte de seus 8% irão para Lula.
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