Coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) afirma que a quantidade de candidatos das polícias e forças de segurança em São Paulo este ano é "absurda e exagerada".
De acordo com as projeções da frente, serão só da Polícia Militar serão 80 da ativa e mais ou menos a mesma quantidade de aposentados em busca de um cargo eletivo. O número é cinco vezes maior do que a média em anos anteriores, quando de 30 a 40 concorriam. Se forem consideradas as demais forças, chega-se a 250.
"É um absurdo porque pulveriza, divide os votos. Vai ser muito difícil manter a nossa representatividade na próxima legislatura", avalia. Em 2018, foram eleitos oito deputados estaduais, seis federais e um senador.
Pelas contas do Capitão Augusto, a PM tem potencial de 1 milhão de votos, considerando um efetivo de 150 mil ativos e aposentados, e a capacidade de cada um influenciar outros sete eleitores próximos. Se concentrados, os apoios seriam suficientes para eleger cerca de 10 deputados federais.
Ele diz não saber o que motivou a explosão de candidaturas, mas especula que pode estar associado ao número maior de eleitos em 2018 impulsionados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao fato de que, a partir das eleições em 2026, esses profissionais terão de cumprir uma quarentena para concorrer.
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