As eleições têm desgastado a relação do governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB). O principal motivo é a indefinição sobre o vice de Garcia.
Nunes entende que existia um acordo em que ele escolheria o nome, e ele já apontou Edson Aparecido (MDB) para a vaga.
Já Garcia tem dito que o acerto era com Bruno Covas (PSDB), que morreu em 2021, e não vale para seu sucessor. O ex-prefeito apontaria um nome que não colocaria barreiras à sua intenção de disputar o Governo de SP em 2026.
O desacerto tem gerado farpas. Aliados relatam um telefonema em que Nunes ouviu de Rodrigo Maia (PSDB), que participa das articulações políticas de Garcia, que a decisão final do vice ficaria para mais adiante. Respondeu então que a decisão final de seu apoio também virá depois.
O prefeito tem dito que Garcia foi insistente em ouvir uma indicação sua para a vice e agora tergiversa na conclusão. Nunes levou quatro nomes para o governador, entre eles os de dois prefeitos, o da secretária de Cultura Aline Torres e Aparecido, que finalmente foi o escolhido.
O governador analisa alternativas ao nome do ex-secretário de Saúde, possivelmente alguém da União Brasil.
A campanha do governador está dividida sobre como encaminhar a relação com Nunes. Alguns aliados defendem o distanciamento, pois dizem que as críticas à zeladoria da cidade e a rejeição ao prefeito podem colar em Garcia.
Em encontro de membros da campanha, o emedebista foi identificado como um dos possíveis pontos frágeis do tucano na disputa eleitoral.
Outros dizem que ele comanda a estrutura da prefeitura, e por isso terá peso importante. Nas últimas semanas, Nunes protagonizou dezenas de agendas que tiveram envolvimento com pautas do governo do estado.
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