segunda-feira, 4 de julho de 2022

CCR, Ecorodovias e Arteris prometem reação após Rodrigo Garcia anunciar congelamento de pedágio, FSP

 O congelamento no preço dos pedágios anunciado pelo governador e candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB) na semana passada deve abrir um confronto com as concessionárias de rodovias nos próximos meses. Depois de anunciar que estudam entrar na Justiça contra a medida por meio da ABCR (associação setorial que as representa), as empresas subiram o tom e começaram a comunicar seus acionistas que pretendem reagir ao governo.

Segundo os contratos em vigor, novas tarifas começariam a ser cobradas no dia 1º de julho e os reajustes seriam de 10,72%, para aqueles vinculados ao IGP-M, e de 11,73%, para os corrigidos pelo IPCA.

Quando avisou as empresas de que o aumento seria congelado, a agência reguladora do setor, a Artesp, informou que "estudará formas de promover soluções contratuais a serem implementadas já nos próximos dias, a fim de mitigar qualquer desequilíbrio".

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Praça de pedágio na rodovia dos Imigrantes; valores não serão reajustados nas estradas paulistas em 2022 - Ronny Santos-03.set.21/Folhapress

A Ecorodovias, responsável pelos sistemas Imigrantes e Ecopistas (que inclui as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto), disse, em comunicado a seus acionistas, que acompanhará as providências tomadas pelo governo e que "analisará as medidas necessárias para resguardar seus direitos e assegurar o cumprimento dos contratos de concessão."

Administradora do sistema Anhanguera-Bandeirantes, a CCR disse a seus acionistas que espera do governo de São Paulo o respeito à lei e ao contrato de concessão em vigor. Se a tal medida compensatória não sair, "a companhia adotará as medidas cabíveis para garantir a aplicação dos direitos contratualmente estabelecidos."

A Rodovias do Tietê, que está em processo de recuperação judicial, e a Rodovias das Colinas também informaram que analisarão medidas cabíveis.

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A Arteris, que administra a ViaPaulista e a Intervias, sistema que opera em 20 praças no interior de São Paulo, afirmou em comunicado que aguarda providências com urgência. Aos acionistas, disse que medidas compensatórias serão necessárias para "evitar riscos à execução de obras e serviços."

Joana Cunha com Fernanda Brigatti, Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos

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