secretário de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, declarou nesta terça-feira, 14, que o processo de rescisão contratual (conhecido como caducidade) com o consórcio Move São Paulo, que seria responsável pela construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, deve ocorrer entre 60 e 90 dias. A linha - que quando finalizada terá 15 estações ligando Brasilândia a São Joaquim - é conhecida como a “linha das universidades”.
Após esta fase, o governo pretende publicar, ainda neste ano, a data de uma nova audiência pública para a realização de uma PPP (Parceria Público-Privada) e relicitação da obra. Pelissoni não acredita que o cenário eleitoral vá interferir neste processo. “Não acreditamos que nenhum candidato irá abandonar a linha. Nós temos todas as desapropriações realizadas, o projeto pronto, as áreas públicas liberadas e R$ 1,750 bilhão em financiamento do BNDES pronto para retomar a obra”.
Em 2015, a Move São Paulo (formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia) ficou com a missão de construir e operar a Linha 6-Laranja ao custo de R$ 8 bilhões, mas em três anos entregou apenas 15% da obra pronta. As empresas que formam a concessionária não conseguiram mais empréstimos para o financiamento de obras depois que passaram a ser investigadas pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2016, a construção da linha precisou ser suspensa.
O consórcio Move São Paulo chegou a apresentar uma proposta de repasse do controle da concessão da Linha 6-Laranja para um grupo formado pela Mitsui, já sócia do negócio, um grupo de investidores japoneses, e duas empresas chinesas do setor ferroviário, a China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd. Mas as negociações fracassaram.
"Temos plena convicção de que toda a culpa pela não realização da obra é do consórcio privado", concluiu o secretário.
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