segunda-feira, 8 de abril de 2024

‘Pessoas que só têm pensamentos bons são perigosíssimas’, diz Raphael Montes, OESP

 Quando tinha 14 anos, Raphael Montes já queria ser escritor e revelou o desejo para a mãe. Proveniente de uma família de classe média baixa do subúrbio carioca, ouviu na hora um conselho realista, mas desencorajador: “Filho, escritor no Brasil só tem o Paulo Coelho”.

Nem por isso ele desistiu. Ávido leitor de romances policiais, de autores consagrados como Sir Arthur Conan Doyle e Agatha Christie, logo percebeu que não havia uma referência literária desse estilo no País, com exceção de nomes esparsos como Luiz Alfredo Garcia Roza ou artistas de outras áreas que se arriscaram no gênero, como Jô Soares e o titã Tony Bellotto.

Hoje, com apenas 33 anos, Montes é um dos escritores mais populares do Brasil. Recheados de violência e reflexões sobre temas relevantes à sociedade, seus livros – e suas respectivas adaptações para o audiovisual – atraem uma legião de fãs, ou melhor: “missionários”, como ele mesmo define os devotos que “espalham a palavra” do mestre do suspense.

Depois do sucesso de Dias Perfeitos (2014), Jantar Secreto (2016), Bom Dia, Verônica (2016), entre outros, o autor acaba de lançar Uma Família Feliz, trama complexa sobre a maternidade, que faz parte de um projeto multimídia – a versão cinematográfica, estrelada por Reynaldo Gianecchini Grazi Massafera, já disponível nos cinemas. LEIA AQUI SOBRE O FILME

Em entrevista ao Estadão, por videoconferência, Montes falou sobre temas recorrentes em sua obra e destacou a importância da literatura provocativa, além de outros assuntos.

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O escritor Raphael Montes
O escritor Raphael Montes Foto: Thais Alvarenga

Como é ser um autor tão popular no Brasil?

É um privilégio. Quando o meu primeiro livro saiu, o meu editor falou: ‘Você sabe que ninguém gosta de ler literatura policial brasileira. O Brasil é um país solar, do carnaval, da alegria, da festa, não combina com histórias de suspense. O suspense é mais pro londrino, pro clima de Nova York’. Mas eu comecei a fazer muito porque eu gosto, no universo que eu conheço. Eu tenho a impressão de que a minha carreira, que começou há cerca de 10 anos, cresceu ao mesmo tempo em que o público brasileiro, por causa das redes sociais, passou a gostar de ler histórias brasileiras, que se passam no seu país, com seus trejeitos, suas questões culturais, seus debates sociais.

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Você é formado em direito, como esse curso te ajudou na criação dessas histórias?

Quando eu tinha que escolher a minha faculdade, eu queria ser escritor. E para mim não existe faculdade de escritor. Acho que o curso de Letras não ajuda você a ser escritor, ajuda a entender de literatura, mas não a ser escritor, porque é preciso ter certa liberdade e às vezes até certa ignorância. Se você sabe tudo, estuda os movimentos e o estilo do William Faulkner, do Machado, profundamente, você trava, entende? Tenho a sensação de que Letras me engessaria muito. Então fiz Direito na UERJ, mas nunca trabalhei como advogado, porque justamente quando eu estava na faculdade, publiquei meu primeiro livro, o Suicidas. E quando eu terminei a faculdade, lancei o segundo livro, Dias Perfeitos, e ele em poucos meses entrou na lista dos mais vendidos. E foi vendido para mais de 10 países em uma semana. Aí naquela época eu ganhei um dinheiro que eu falei ‘Isso aqui é o meu salário de advogado por um ano. Então eu vou sair do escritório, vou experimentar por um ano ser só escritor e ver se funciona’. E foi o que eu fiz, por enquanto eu não precisei voltar para o escritório.

Tainá Müller é a escrivã envolvida em uma tragédia bem brasileira: violência doméstica
Tainá Müller é a escrivã envolvida em uma tragédia bem brasileira: violência doméstica Foto: SUZANNA TIERIE/NETFLIX

A violência gráfica é uma característica proeminente no seu trabalho. O Quentin Tarantino disse que via filmes violentos desde criança e ouvia da mãe: ‘Quentin, eu me preocupo mais com você vendo o noticiário. Um filme não vai te fazer mal algum’. É por aí, um livro violento não faz mal a ninguém?

Eu acho. Gosto de histórias de violência, porque a violência é uma maneira de você investigar o ser humano, a sociedade, e também, de algum modo, colocar para fora sentimentos que todos temos: mágoa, angústia, raiva. Acontece com alguma frequência de eu ter leitores de 11 anos de idade, que leem meus livros adultos e os pais brincam: ‘Poxa, meu filho lendo um livro chamado Jantar Secreto, sobre jantares de uma high society carioca comendo carne humana’. E aí a minha resposta a isso é que, primeiro, a literatura oferece a nós um arcabouço emocional. Eu não preciso ser uma mãe que perdeu um filho pra ter a sensação de uma mãe que perdeu um filho, porque eu já li histórias de mães que perderam seus filhos. Acredito que se um pai vê que o filho gosta de histórias violentas, de crime, ele tem que estar próximo, orientar, conversar sobre isso. E que bom, você vai estar formando uma pessoa que pensa assuntos. Não vejo um grande perigo. Estou longe de ser uma pessoa soturna e macabra. Violência real eu detesto, nem gosto de ver documentários de serial killers, true crime, que estão super na moda. A ficção é o lugar que me atrai, porque ali a própria violência tem uma certa ordem, tem uma certa lógica. A violência na ficção, a meu ver, é mais uma ferramenta para você refletir sobre quem pratica violência.

É recorrente na sua obra uma investigação e subversão da família tradicional brasileira. Por quê?

Uma coisa que me interessa muito é o mundo de aparências, o que as pessoas mostram e quem elas realmente são. Por exemplo, as redes sociais estão muito presentes em Uma Família Feliz. Você está deprimido em casa, posta uma foto sorrindo, com filtro e escreve ‘Carpe Diem’. E as pessoas vão lá e curtem, comentam, parece estar tudo bem e não está. Eu sempre tenho muito medo e ojeriza dos extremos. Tenho medo das pessoas muito más, mas também morro de medo das pessoas muito boas, que só têm pensamentos bons, que só querem o bem, que não têm qualquer egoísmo, inveja. Mentira! Essas pessoas são mentirosas, são perigosíssimas. Também não acredito na pessoa que só tem uma vida péssima o tempo inteiro, porque na miséria você tem momentos de felicidade e na riqueza você tem muitas relações falsas.

Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera estrelam 'Uma Família Feliz' / Divulgação
Reynaldo Gianecchini e Grazi Massafera estrelam 'Uma Família Feliz' / Divulgação Foto: Globo Filmes

Você é muito convincente quando adota o eu lírico feminino. Como moldou esse olhar na sua obra?

Esse é o trabalho do escritor: vestir corpos, cabeças e experiências que não são as suas. É engraçada essa pergunta agora quando eu lanço Uma Família Feliz porque, quando escrevi Dias Perfeitos, que é o livro da perspectiva de um psicopata, falaram ‘Nossa, como é que você faz tão bem? Você é um psicopata?’ Não, mas eu vesti a cabeça de um psicopata. E agora, eu vesti a cabeça de uma mulher e no outro livro eu vesti a cabeça de um jovem do interior, que eu também não sou. Nós escritores temos uma responsabilidade pelo que escrevemos. Mas a responsabilidade não é um impedimento, não é uma censura, é só uma responsabilidade. Então, quando eu vou escrever a história da perspectiva de uma mulher, sei que eu não sou uma mulher, mas eu posso ler muito sobre o assunto, conversar com muitas pessoas. E foi o que eu fiz.

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E tem a questão da maternidade, tema tão presente em ‘Uma Família Feliz’. Por que é importante desvirtuar essa ideia de que ser mãe é algo sagrado e inquestionável?

Porque a maternidade é algo misterioso e curioso. Ao escrever o livro eu mostrei para algumas pessoas. Uma amiga leu e falou: ‘Meu Deus, você está descrevendo a minha gravidez!’. Eu mostrei para outra e ela falou: ‘Isso aqui é um bando de clichês de gravidez, porque minha gravidez foi ótima!’. Mas não existe verdade, não existe regra. Essa idealização da maternidade é fruto de uma lógica machista da nossa sociedade, de que a mulher tem que estar pronta e não interessa a carreira. E esse machismo não vem só dos homens, vem também de algumas mulheres, das próprias amigas, que pressionam essa espécie de vocação para ser mãe.

Uma família feliz, de Raphael Montes
Uma família feliz, de Raphael Montes Foto: Companhia das Letras/Divulgação

Qual a importância de fazer uma literatura provocativa? É um norte do seu trabalho tocar em pontos que deixem as pessoas desconfortáveis?

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Sem dúvida. Eu não diria desconfortáveis, mas reflexivas, incomodadas, instigadas, cutucadas. Eu não acredito numa literatura que tenha mensagem, que seja didática, panfletária. Para mim, tudo isso tem espaço na não ficção, no ensaio. Mas a arte da ficção, para mim, é contar uma boa história. A relação que eu estabeleço com o meu leitor é tão íntima e bonita, porque ele cria junto comigo, é meu coautor. O leitor pensa a cara dos personagens, cria a entonação daquelas falas, pinta o cenário na mente. Mas, além de contar uma boa história, o que eu tento fazer, em geral, é discutir assuntos que me interessam.

3 livros e 3 filmes favoritos?

Livros: E não sobrou nenhum (1989), de Agatha Christie; O Bebê de Rosemary (1967), de Ira Levin; e O Talentoso Ripley (1955), de Patricia Highsmith.

Filmes: Cães de Aluguel (1992); 12 Homens e uma Sentença (1957) e Violência Gratuita (1997).

Opinião |A manobra de Elon Musk para enganar a direita no Brasil, OESP

 O Brasil possui cerca de 19 milhões de usuários do X. É o quarto maior mercado da empresa no mundo. Diante de números tão expressivos, é preciso se perguntar por que Elon Musk estaria arriscando ter a plataforma suspensa no País, por conta de decisões do STF que pediram a suspensão de cerca de uma dúzia de perfis.

A resposta parece clara: ao se envolver na política interna brasileira, Musk consegue tumultuar o cenário a ponto de impedir que o Brasil prossiga com tentativas de regular as redes sociais, o que poderia ser seguido por outros países.

Elon Musk critica decisões que impõem restrições a perfis em rede social
Elon Musk critica decisões que impõem restrições a perfis em rede social Foto: Nathan Laine / Bloomberg

A estratégia é antiga. As big techs sempre atuaram para evitar uma regulação externa. Elas pregam a ideia de que a internet segue a lógica da chamada arquitetura “end-to-end”, ou “ponta a ponta”, que busca responsabilizar o usuário final pelo que ocorre no ambiente online. Ou seja, se as redes são utilizadas pera propagar crimes, essas empresas simplesmente lavam as mãos e culpabilizam o usuário que está por trás da ação.

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Desde a popularização da Web, a partir dos anos 1990, as próprias empresas atuaram para se autorregular. A primeira regra visava a proteção às crianças. Um tema pacificado, diante do qual todos concordam.

No entanto, o desenvolvimento da internet deu cada vez mais poder aos usuários, para que publiquem conteúdos. As empresas, globalizadas, criaram então uma espécie de multiverso, que não segue as regras domésticas dos países. É um limbo jurídico.

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A Europa foi uma das primeiras a se manifestar no ocidente, para tentar reduzir o poder das big techs, em favor das pessoas. Foi no velho continente que aprovaram, por exemplo, a chamada “lei do esquecimento”, que permite a alguém exigir dos sistemas de busca, como Google e Bing, que apaguem informações, caso a pessoa considere algum conteúdo prejudicial à sua imagem.

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Mas pouco se avançou nessa linha. A ONU, por meio do Fórum de Governança de Internet, há décadas promove debates sobre o assunto, sem conseguir uma solução. São debates democráticos e amplos, que englobam todos os envolvidos no tema. No entanto, as big techs sempre atuam para boicotar qualquer tipo de ação mais contundente.

Se uma deep fake, que consegue manipular a imagem e voz de alguém, for espalhada nas redes, o usuário afetado entra em um labirinto legal, onde não há uma saída clara. As empresas vão se apressar em dizer que a culpa é de quem divulgou a informação falsa, mas dificultam a identificação da pessoa. O fato das redes agregarem e difundirem conteúdos classificados como crime não entra na equação.

Quando alguém tenta legislar sobre essa zona escura em termos jurídicos, as empresas gritam que se trata de algo que fere a liberdade de expressão, misturando o conceito de crime com liberdade.

Não pode ser visto como liberdade difamar alguém, assediar, espalhar conteúdo que seja contrário às leis de cada país. Basta utilizar o sistema de busca do X para observar apologia a vários crimes, anúncio de venda de drogas, estímulo ao suicídio e à automutilação, etc.

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Ao se focar na política, Elon Musk engana a direita. Faz com que conservadores fechem os olhos para a premente necessidade de se regular algo onde muitos crimes ficam impunes.

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Se há abusos por parte do STF, é uma questão política interna do Brasil, que deve ser resolvida pelos meios disponibilizados pelo Estado de Direito brasileiro. Uma empresa fazer juízo de valor sobre decisões da Suprema Corte de um país é uma agressão à soberania nacional.

Essas grandes empresas de tecnologia não têm qualquer aptidão à defesa da liberdade e operam esse discurso de uma forma paradoxal. Elas computam dados de bilhões de usuários e capitalizam essas informações. Sabem gostos, hábitos e até mesmo os locais que uma pessoa frequenta.

Ao se envolver com a política, exibem uma face perversa de um mundo que controlam, e buscam subjugar os países aos seus interesses econômicos.

Esse episódio envolvendo o X e o ministro Alexandre de Moraes deveria ser visto de uma forma menos passional e mais racional. Se hoje as redes buscam blindar o debate sobre a regulação da internet, se alinhando mais à direita, nada impede que no futuro mudem de lado e se alinhem à esquerda, de acordo com seus interesses comerciais. Se ilude quem acha que essas empresas têm um lado ideológico.

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É ilusão também achar que o que está em curso é a defesa da liberdade. A cada dia que passa sem que os países discutam como tornar claras as regras que envolvem o mundo online, mais poder as big techs ganham para controlar a vida de todos.

Fala-se muito no Marco Civil da Internet, que entrou em vigor em junho de 2014, mas que possui inúmeras lacunas e não versa sobre os reais problemas que hoje se colocam no ambiente virtual. A proposta original do Marco Civil previa, por exemplo, que os dados dos brasileiros fossem armazenados em servidores do País. Isso obrigaria as empresas de tecnologia a construir data centers no Brasil. Essa proposição, no entanto, foi derrubada, permitindo, então, que as informações sobre os brasileiros naveguem em computadores de outros países, cujas regras não seguem a legislação local.

Se hoje Alexandre de Moraes está sendo visto como ditatorial pelos conservadores, cabe lembrar que as ações do STF ocorrem justamente devido à omissão do Legislativo. Se houvesse regras claras, debatidas com a sociedade, por intermédio do parlamento, seria bom para todos.

Mas para Elon Musk e seus pares o que interessa é realmente o tumulto. Uma estratégia de ação antiga e caricata, mas extremamente funcional para manter interesses. Algo que foi inocentemente absorvido por um dos espectros políticos do Brasil, que brada pela liberdade, só que esquece de discutir questões referentes à segurança, privacidade, direitos individuais e soberania. A única liberdade que se coloca nesse caso á a das empresas fazerem o que querem e continuarem a captar dados de todos, sem serem devidamente importunadas.

Foto do autor
Opinião por Sergio Denicoli

Autor do livro TV digital: sistemas, conceitos e tecnologias, Sergio Denicoli é pós-doutor pela Universidade do Minho e pela Universidade Federal Fluminense. Foi repórter da Rádio CBN Vitória, da TV Gazeta (Globo-ES), e colunista do jornal A Gazeta. Atualmente, é CEO da AP Exata e cientista de dados.

Sleeping Giants Brasil lança campanha pela desmonetização do X, antigo Twitter, FSP

 O Sleeping Giants Brasil vai lançar nesta segunda-feira (8) a campanha #DesmonetizaTwitter para pressionar empresas e instituições a deixarem de anunciar na plataforma.

A iniciativa é uma resposta do movimento aos ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e a decisões da Justiça brasileira.

O bilionário Elon Musk em conferência em Cracóvia, na Polônia - Sergei Gapon/AFP

Segundo a organização, a pressão nesta fase inicial da mobilização recairá sobre estatais e institutos do governo, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde.

A campanha será realizada nos perfis do Sleeping Giants Brasil nas redes sociais, incluindo o próprio X. O movimento afirma usar Twitter no nome da iniciativa, porque a nova denominação, X, não teria tido aderência entre os usuários brasileiros.

A organização, que já fez ações contra o Google e contra a Jovem Pan, afirma que esta será a maior campanha do grupo.

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Afirma também que o objetivo é também ressaltar a importância do projeto de lei das Fake News, que está em tramitação no Congresso.

Para o movimento, "apenas a regulação das redes pode conter os desmandos das bigs techs".

"A regulação das plataformas, o monitoramento de discursos e a existência de mecanismos para que a sociedade civil possa colaborar com a manutenção de um ambiente transparente e seguro, dado que o ecossistema monetiza nossos dados e os reverte para anunciantes, são essenciais para a saúde democrática", diz a organização, em nota.

primeira manifestação de Musk a reverberar foi a publicação em post do ministro Alexandre de Moraes em que o empresário questionou o porquê de "tanta censura no Brasil".

Desde o sábado (6), ele está publicando mensagens afirmando que irá descumprir ordens judiciais brasileiras. Ele também disse que o ministro deveria renunciar ou sofrer impeachment.

No domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas. Ele aponta "dolosa instrumentalização criminosa" da rede e também uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).