terça-feira, 22 de setembro de 2020

21.09.20 | Eternit desenvolve telhas de concreto já adaptadas com células fotovoltaicas, UOL

 

Fonte: UOL - 19.09.2020
São Paulo – Nós já explicamos aqui em Tilt como os carregadores sem fio para celulares funcionam. Apesar da sua praticidade e inovação, esse tipo de aparelho já teve sua eficiência colocada em xeque. Agora, um estudo afirma que seu uso massivo seria capaz de gerar uma crise de energia global.

Essa constatação é de um levantamento da publicação OneZero e da IFixit, empresa especializada em informações sobre reparos de eletrônicos. O motivo para esse risco está na ineficiência desse tipo de carregador: segundo o teste das duas empresas, um carregador sem fio gasta 47% mais energia do que um com fio, para carregar a bateria de um smartphone do zero até 100%.

Prático, mas ineficiente

De fato, carregadores sem fio são muito menos eficientes do que os modelos tradicionais, e o motivo está no uso da indução magnética, que tem como característica uma menor transferência de energia por minuto.

"Como o carregamento é mais lento, a carga completa do celular irá levar mais tempo que o carregamento padrão por cabo. Como consequência, observa-se um aumento no gasto de energia elétrica", explica Michele Rodrigues, professora do Departamento de Engenharia Elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

Carregadores convencionais são mais fortes e capazes de transferir uma corrente maior para a bateria, especialmente os modelos de carregamento rápido. A eficiência dos modelos sem fio pode variar de acordo com a posição do aparelho e do carregador, o que pode provocar um desalinhamento na sua bobina de carregamento.

Mas por que os pesquisadores disseram que isso é suficiente para causar uma crise energética?

Um problema coletivo

Quem trocar um carregador convencional por um sem fio dificilmente verá alguma mudança no final do mês. "A energia extra consumida para carregar um celular pela tecnologia sem fio, em comparação à carga com fio, é o equivalente a deixar uma lâmpada LED extra acesa por algumas horas do dia. Ou seja, pode nem mesmo ser registrado na conta de luz", explica Valdir Melero Junior, professor de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia.

O problema ocorre quando pensamos na adoção massificada. O estudo realizado pela parceria entre OneZero e Ifixit chegou a uma estimativa preocupante: caso todos os 3,5 bilhões de usuários de smartphones do mundo passassem a usar esse tipo de aparelho, a energia consumida seria equivalente à produção diária de 73 termelétricas movidas a carvão.

É um número consideravelmente superior às 22 (segundo dados de março de 2019) usinas do tipo em funcionamento no Brasil. E leva em conta que o carregamento ocorrerá em situações ideais — com carregador e celular perfeitamente alinhados, por exemplo. Do contrário, a demanda poderia ser ainda maior.

Ainda que a adoção em massa desse método de carregamento pareça distante — tanto por custos quanto por iniciativas frustradas como a do AirPower da Apple —, o impacto de algo do tipo somado à ineficiência deve garantir a sobrevida do carregamento por fios por muito mais tempo.

Conheça a médica jornalista que combate desinformação sobre covid-19 nos EUA, OESP

 Pedro Prata

22 de setembro de 2020 | 05h00

É possível “imunizar” as pessoas contra desinformação? A diretora do Stanford Health Communication Initiative, Seema Yasmin, acredita que sim. Segundo ela, é preciso fortalecer o entendimento sobre a ciência, construir relações de confiança entre a população e as instituições de saúde e ter veículos de comunicação fortalecidos para prevenir a disseminação de informações falsas.

Seema se formou em Medicina no Reino Unido e se especializou em saúde pública nos Estados Unidos. Ela trabalhava no centro de inteligência de epidemias do Center for Disease Control and Protection (CDC), o centro de controle de doenças norte-americano, quando percebeu que o surto de uma enfermidade está sempre associado a um surto de desinformação. Por isso, voltou para os estudos e se formou também em comunicação. “O jornalismo é o sistema imunológico da sociedade.”

Ela foi finalista do Prêmio Pulitzer, maior honraria do jornalismo nos EUA, em 2017, por sua cobertura de doenças negligenciadas no jornal The Dallas Morning News. Um ano depois, publicou o livro The Impatient Dr. Lange, biografia de um médico especialista no tratamento da AIDS morto na queda do avião da Malaysia Airlines que levava 239 pessoas.

Seema Yasmin: ‘O jornalismo é o sistema imunológico da sociedade’. Foto: Stanford Health Care/Divulgação

Atualmente ela dirige o programa da universidade de Stanford que treina jornalistas e profissionais da saúde para melhor abordar temas médicos complexos com o público, com seus pacientes e até com os pares. A iniciativa também produz pesquisas sobre desinformação na área da saúde. Confira a entrevista concedida ao Estadão Verifica:

Você diz que um surto de doença caminha de mãos dadas com um surto de desinformação. Por que isso acontece?

Surtos de doenças são assustadores e provocam ansiedade. No meio desse medo e incerteza, as pessoas fazem perguntas para as quais a ciência nem sempre tem respostas – ao menos não rapidamente. Isso deixa vácuos de informação que podem ser preenchidos de forma imprecisa, seja com ou sem a intenção de causar danos. Infelizmente, enquanto algumas pessoas espalham notícias falsas sem saber, há quem explore nossa vulnerabilidade em tempos de crise para lucrar.

A desinformação pode intensificar os efeitos do surto de uma doença?

A desinformação viaja mais rápido do que as informações confiáveis e pode intensificar o surto de uma doença. Durante a crise do Ebola entre 2014 e 2016, por exemplo, havia rumores de que a doença não era real. Isso levou as pessoas a ignorarem seus sintomas e exporem os outros. Nós vemos isso se repetir sempre, com os mais variados tipos de doenças. A disseminação de informações falsas acontece junto com o patógeno contagiante e ajuda a epidemia a avançar.

Algumas pessoas podem acreditar que a desinformação é danosa apenas para quem acredita nela. Isso é verdade?

A nossa saúde é conectada, então a desinformação afeta a todos. Se um grupo de pessoas acredita que máscaras faciais são perigosas e que não previnem o contágio da covid-19, e decidem não usá-las, isso não afeta somente a elas – afeta a toda a sua comunidade.

Quando você percebeu que o jornalismo faz parte da força-tarefa de combate a uma epidemia?

Eu reconheci que o jornalismo é o sistema imunológico de uma sociedade quando eu trabalhava no escritório de inteligência para epidemias do Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Eu ia a campo para investigar uma pandemia e toda vez eu via que não era apenas a doença que estava se espalhando; havia também a desinformação. Eu compreendi que o jornalismo cumpre um papel importante de educar o público sobre saúde e ciência. Por isso, pode ser uma ferramenta poderosa para combater a desinformação.

Como isso se aplica à pandemia de covid-19?

Nós estamos vendo veículos de mídia locais e nacionais assumindo o papel de agências públicas de saúde ao compilar os dados sobre a doença. Isso é um trabalho que o CDC deveria estar fazendo. Ele geralmente faz, mas foi enfraquecido pelo atual governo. Então estamos dependendo dos jornalistas para coletar e analisar os dados.

Como você avalia a transparência do governo norte-americano sobre a resposta à pandemia de covid-19?

Não precisamos de transparência governamental para enxergar que a resposta à doença tem sido inadequada e mal-organizada. Isso está claro na taxa de mortos e no número de infectados.

Enquanto pesquisadores tentam produzir uma vacina, os jornalistas buscam uma forma de imunizar as pessoas contra a desinformação. Isso é possível?

Para impedir que as pessoas acreditem em informações falsas é preciso fortalecer o entendimento sobre a ciência, construir relações de confiança entre a população e as instituições de saúde e ter veículos de comunicação fortalecidos com repórteres treinados para cobrir saúde e ciência.

A ciência foi parar no centro do debate público de repente. Com isso, muitos médicos ganharam destaque. Isso é de todo bom?

Como em toda crise, há pessoas que veem uma oportunidade de ganhar plataforma apesar de não possuírem expertise. Infelizmente, também vemos isso com a pandemia de covid-19. Ao mesmo tempo, há médicos e cientistas confiáveis e experientes que estão fazendo um ótimo trabalho ao explicar a ciência para o público.

Como você ensina médicos, jornalistas e comunicadores a lidar com a incerteza e com as informações que mudam tão rápido nesta pandemia?

Nós oferecemos um curso sobre isso na Stanford Health Communication Initiative. Primeiro é preciso compreender as necessidades do público que você pretende alcançar. Depois, deve-se combinar ciência e dados com técnicas de comunicação que tornem a informação próxima e fácil de compreender.


Reinaldo Azevedo: “Mãos Limpas entregou Itália a Berlusconi, Lava Jato entregou Brasil a Bolsonaro”, OESP

 “A Lava Jato conseguiu consagrar valores que se sobrepõem ao Estado de direito. Sempre que isso acontece, a democracia está em risco. Juízes não são deuses, juízes são procuradores da ordem legal, do Estado legal, eles não têm que virar heróis. Nós temos uma degradação do espaço democrático que se dá via Ministério Público e via Poder Judiciário”

“Você entrega o país para os bandidos supostamente arrependidos, que serão beneficiados com liberdade ou redução drástica da pena e quem vai regular isso é um ente chamado Ministério Público que se transforma em um ente de razão livre de qualquer controle. E a partir daí você tem o controle do processo político pelo Ministério Público, Polícia Federal e suas facções”

“Aonde terá chegado Augusto Aras para o Delton Dallagnol ter batido em retirada? Para a Lava Jato de São Paulo ter batido em retirada? Para a Lava Jato do Rio estar fazendo genuflexão à PGR e ao governo Bolsonaro? Que ele comungue da metafísica bolsonarista, não tenho a menor dúvida. Agora, ele percebeu que a Lava Jato navega em ilegalidades flagrantes. Enquanto ele bater na Lava Jato, eu aplaudo. Enquanto apoiar as genuflexões, não”

“A Lava Jato nunca teve jornalismo investigativo. Teve jornalismo ‘vazativo’. A imprensa passou a publicar vazamentos ordenados pela Lava Jato. O MP soube e sabe ainda trabalhar a imprensa muito bem. Eu não sou contra que a imprensa publique, mas o vazamento serve a alguém, criando uma narrativa, e transforma o MP em um ente abstrato que paira acima da República e de todos os poderes e que determina o que é legitimo ou não, e vai espalhando sua esfera de influências”

“Parte da imprensa comete o erro de achar que se pode ser antibolsonarista e lavajatista ao mesmo tempo. Bolsonarismo e lavajatismo são expressões da xtrema-direita que não reconhecem direitos fundamentais”

“A Lava Jato do Rio passou a prestar serviços do ponto de vista dos resultados ao governo Bolsonaro. Eliminou um adversário à direita, o Wilson Witzel, e na segunda ação ilegal agiu contra os escritórios de advocacia que têm como eixo principal a defesa do Lula na área penal”

“Quem é o juiz bombadão? Eu chamo o Marcelo Bretas de juiz bombadão, porque faz questão de aparecer mostrando os músculos. Eu no lugar dele faria questão de aparecer mostrando a Constituição, que modéstia às favas eu conheço melhor que ele”

“Ninguém vai arrancar de mim que somos um povo bom governado por pessoas malignas. Havia um Brasil profundo que gosta de coisas muito feias. E apareceu um cara para dizer essas coisas”

“O Bolsonaro é por si uma frente de agressão à ordem democrática? Claro que é. A cada ato, a cada pensamento, a cada escolha. Bolsonaro descobriu o pobre na pandemia… Um governo reacionário, que quer fazer a sociedade andar pra trás, que discrimina. O que temos hoje é um governo boçal que faz escolhas contraproducentes, que defende madeireiros e garimpeiros. Mas há uma outra frente supostamente saneadora que é a Lava Jato. Dela não sairá nada de bom. São as frentes de ataque à democracia que precisam ser combatidas”.

Quando o Reinaldo Azevedo apareceu no Zoom para essa entrevista, de terno e gravata, chapéu de palha, óculos de armação vermelha, com um copo de single malt em uma mão e um cigarro aceso na outra, em princípio simpatizei.

Quem nos conectou foi sua esposa, que por mais de uma vez ele chamou de “marido”. Pelo que entendi, por ser ela quem de alguma maneira empresaria sua carreira, e lhe dá suporte nas coisas do dia a dia, cabendo ao próprio Reinaldo fazer o que melhor sabe.

E o que Reinaldo melhor sabe fazer é provocar. Não se poderia compará-lo a Paulo Francis, herói máximo desta dignificada linhagem jornalística, mas digamos que Reinaldo se filia a ela, embora seu repertório esteja circunscrito à política. Eu iria mais longe, evocando o velho H. L. Mencken e a devastadora iconoclastia do judeu vienense Karl Kraus.

Gente como o Reinaldo parece não se levar a sério. Ele, que vive rodeado de pets – “tenho mais bichos em um apartamento do que uma pessoa prudente deveria ter” -, brinca até com o próprio fim, dizendo fazer pouco caso, enquanto serve mais um gole do seu Glenmorangie.

Só me coube acompanhá-lo com minha singela pinga mineira, a Moreninha do Funil, produzida artesanalmente no Bairro de Funil, em Gonçalves.

E então queimamos a lenha em mais de 2 horas de entrevista. Havia muito o que conversar.

Hoje acho o Reinaldo um dos melhores cronistas políticos na ativa, se não o melhor. Mas nem sempre foi assim. Poucos anos atrás eu torcia o nariz para ele. Achava o mesmo que a Miriam Leitão, que um dia em 2014 assim se referiu a ele: “Pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz”.

Nunca fui petista, mas também achava, e continuo achando, que o epíteto “petralha”, criado pelo próprio Reinaldo, não é só reducionista como também estigmatizante, e terminaria por se
transformar em porta-estandarte de um movimento… que deu no que deu.

Foi uma época em que o Reinaldo achava também que o aquecimento global se tratava de uma falácia: “Eu fico furioso com os crentes da Igreja do Aquecimento Global dos Santos dos Últimos Dias. Desde que eles começaram mais insistentemente a anunciar o fim do mundo. Sempre faz mais frio do que antes onde quer que eu esteja. Vai ver não dou sorte: o aquecimento global vai para um lado, e eu vou para o outro, onde está o esfriamento regional”, escreveu.

Era preciso tirar essa prova – afinal, “Tio Rei”, como ele se refere a si próprio em seu excelente programa diário na BandNews – arrependia-se de algo?

E assim voltamos para o tema central desta entrevista. Conversar sobre o passado sem dúvida era o pano de fundo, mas havia uma pergunta a ser respondida: estamos (sobre)vivendo (a) uma ditadura?

A censura prévia ao Jornal Nacional, as múltiplas perseguições à classe jornalística e mesmo o processo movido pelo procurador Deltan Dallagnol contra o Reinaldo, me conduziram a esta pergunta. Encontrei nele uma boa interlocução para esta conversa.

“O Lula foi condenado sem provas. Me diga em que página da sentença do Sérgio Moro aparece a prova contra o Lula. Não há, e ninguém bateu mais no PT do que bati”

“O impeachment foi legítimo de várias maneiras combinadas, desiguais e distintas. Primeiro que houve a pedalada. Agora, o impeachment tem uma face política e outra jurídica. A face jurídica estava dada. Já na política, se um presidente tem 1/3 da Câmara e 1/3 do Senado, ele não cai. Dilma não
conseguia governar e havia a questão de ordem legal e a contribuição milionária de todos os erros que o governo petista cometeu, negando fazer correções necessárias na economia e fazendo o país mergulhar numa recessão histórica”

“A esquerda começou sendo disruptiva e depois foi a vez da direita. Quem ajudou esse governo a se eleger foram os esquerdistas que foram às ruas em 2013. Quem foi que criou a Lava Jato? Eu te digo quem foi. Foram as leis 12.846, de leniência, e a lei 12.850 de organizações criminosas, no caso a
regulação da delação premiada. São leis de agosto de 2013, apoiadas pelo PT, sancionadas pela Dilma para tentar sair do corner. (…)

“O PT tentava se impor como imperativo categórico. Eu não aceito esse processo de hegemonização da política que procura calar a divergência. Eu bati no PT pelos seus vícios, mas não disse que todo petista é petralha”

“Eu gosto mais do termo esquerdopata, que é o sujeito que a partir de qualquer coisa que acontece, vê uma distorção a partir de uma tese doentia de esquerda”

“(…) Edson Fachin, o nosso grande moralista, o nosso verdadeiro túmulo da moral”

“O Brasil já virou pária internacional. Tem que deixar de ser. Nós viramos motivo de piadas macabras”

Luciano Huck: “Precisa ter mais coragem. Há apenas duas virtudes no mundo que são intransitivas, e que eu aprecio não importa a circunstância: coragem e lealdade. Ele tem seus interesses e objetivos. Se ele quer ser presidente da República, vai ter que enfrentá-los. Acho que deixou muito a desejar nesse período da pandemia. É preciso saber apanhar e bater também”

João Doria: “Acho que o João Doria cometeu um erro fatal na campanha, que foi passar a apoiar uma linguagem de extrema-direita para ganhar a eleição. Não creio que ele vai conseguir se livrar disso”

Olavo de Carvalho: “Uma inteligência em busca de um caráter”

Diogo Mainardi: “Eu não falo mal de ex amigo. Se eu não tenho nada de bom para dizer de ex amigo, não direi nada de mal”

MBL: “Começaram muito bem, e se perderam no viés da extrema-direita. Parece que tentam se encontrar, vamos ver”

Lula: “O maior líder, realmente popular, do Brasil. Getúlio Vargas vem de uma outra extração; Lula vem de uma extração popular. Cometeu o erro de cair no culto de setores da esquerda de tentar transformar o PT no partido único. Está pagando um preço altíssimo por isso e se tornou um preso político da Lava Jato, onde foi condenado sem provas. E sim, foi uma das pessoas que eu mais critiquei como jornalista”

FHC: “Considero o maior e mais importante presidente que o Brasil já teve porque tirou o país de um atraso histórico. Representou e representa ainda um elogio à tolerância e cometeu um grave erro que eu aponto desde 1997, a emenda da reeleição”

Sérgio Moro: “Um tabaréu, alçado à condição de pensador, e pensador não é. Desde sempre teve um projeto político que agora se revela mais. Alberto Youssef fez as glórias do Sérgio Moro, fez delação premiada no caso Banestado e depois fez delação premiada no Petrolão. E nos dois casos eu não posso respeitar um juiz
que deve a sua carreira a um doleiro. Deve sim – não vai me processar né, Sérgio Moro? – porque sem Alberto Youssef ele não teria conseguido construir as narrativas”

Paulo Guedes: “(risos) É um ressentido de outros carnavais, um ressentido do real, um ressentido da era de ouro petista, e que como goleiro de fazenda na hora do pênalti, disse ‘deixa que eu chuto’, e chutou a bola para o mato. Ele é ruim, é um liberal do passado. Todas as ideias dele tiram dinheiro do pobre”

Haddad: “É uma liderança de perfil realmente social-democrata, o que lhe causa dificuldades no PT, num país em que a social-democracia se converteu à direita. Fala menos do que pensa por causa da sombra de Lula”

Ciro Gomes: “É inteligente, culto e representa uma renovação do pensamento nacionalista. Mas tem de ler o Corão para aprender a proteger-se de si mesmo”

PSOL: “É um partido pequeno e de quadros com visibilidade, mas de origens e pensamentos bastante distintos. Tem acertado ultimamente, depois de ter feito a burrada de tentar liderar as jornadas liberticidas de 2013, que pavimentaram o caminho da extrema-direita”

Reinaldo Azevedo (por ele mesmo): “Um pobre coitado que trabalha pra caralho e dorme pouco pra caralho. (…) Por que eu me considero ainda hoje conservador? Porque o conservador conserva o molde institucional e dentro do molde nós vamos quebrar o pau e vamos nos dividir em muitas tendências de centro, de direita e de esquerda. Agora, nós concordamos que essa é a ordem institucional, então eu sou um anti-disruptivo. Agora, reacionário nunca fui. Eu não mudei”