quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Telhas solares fotovoltaicas uma aposta no futuro. Portal Energia

No ano de 2009 apresentámos uma notícia do projeto “Solar Tiles” da Universidade do Minho e da universidade Nova de Lisboa que na altura foi considerado como um dos mais inovadores projetos na área da energia solar a nível mundial, no qual se explorava a hipótese do aproveitamento da energia solar através de telhas fotovoltaicas.
Hoje em dia as telhas solares fotovoltaicas são já uma realidade que suscitam cada vez mais o interesse dos consumidores particulares que solicitam informações sobre esta e ainda nova tecnologia.
As telhas fotovoltaicas poderão ser mesmo o futuro com a possibilidade de tornar independentes da rede elétrica os proprietários de moradias, que conseguirão produzir eletricidade através do aproveitamento da energia solar fotovoltaica de forma fácil, sendo que muitas vezes esta tecnologia de telhas fotovoltaicas poderá já vir pré instalada no momento de aquisição de uma nova casa.

O que são as Telhas Fotovoltaicas

Uma aposta interessante são as telhas sustentáveis ou telhas fotovoltaicas, parecidas com os modelos convencionais, as telhas integram mini painéis solares embutidos em seu interior, á diversas formas e modelos hoje em dia no mercado, a maioria delas é feita de cerâmica e possuí 4 células fotovoltaicas, a instalação acontece embaixo do telhado até o conversor, uma inovação do setor energético que está ganhando destaque internacional e promovendo a sustentabilidade.
Com a instalação dessas telhas solares em uma área de 45m², a geração de energia alcançaria cerca de 3kw e supriria a demanda energética de uma casa, a colocação dessas telhas fotovoltaicas é realizada como de costume, são telhas comuns, como as outras vendidas no mercado, mas com o potencial de gerar energia limpa e sustentável para todos os consumidores.

Painéis solares ultrapassados

Os painéis solares também continuam agradando os consumidores e organizações, mas como as placas são consideradas grandes, pesadas e não atendem os aspectos estéticos dos telhados, o público tem certa rejeição para com este modelo, então as vendas e o deslanche do setor energético está estagnado, não somente pelo valor da instalação dos painéis solares, mas a aparência deste sistema também não está agradando os consumidores.

Empresas fabricantes de Telhas Fotovoltaicas

Duas grandes empresas italianas se uniram para desenvolver as telhas fotovoltaicas, a Area Industrie Ceramiche e a REM, denominaram o novo produto como Tegola Solare o modelo já conquistou toda a Europa, cidades como Veneza obtém diversas telhas solares em seus telhados, a Espanha e Portugal também começaram a instalação das telhas em algumas cidades, um avanço significativo em prol da sustentabilidade.
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Telhas Solares Fotovoltaicas modelo Tegola Solare
Outra gigante do segmento de renováveis a empresa americana SRS Energy, também lançou no mercado uma telha fotovoltaica, a Solé como foi intitulada é feita de um polímero de alta performance, possui uma cor azul escuro, é inquebrável, leve e reciclável. O produto em questão foi desenvolvido para ser compatível apenas com as telhas de cerâmica da fabricante E.U.Tile, uma parceira da empresa SRS Energy.
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Telhas Solares Fotovoltaicas modelo SRS Energy – Solé
Já no Brasil para esta novidade ganhar o mercado e atingir os consumidores, o governo necessita diversificar mais a matriz energética no país, promover maiores subsídios para as energias renováveis principalmente no setor solar, atraindo então mais investidores capazes de implementar essas fabricações de telhas fotovoltaicas em território nacional.
Cada avanço no setor energético é importante para gerar mais sustentabilidade e colaborar com as energias renováveis, temos que apostar nessas inovações para contribuir com o nosso meio ambiente.

Em carta aos presidenciáveis, entidades defendem o reconhecimento do acesso a água e ao saneamento como direito humano fundamental

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Em carta aos presidenciáveis, entidades defendem o reconhecimento do acesso a água e ao saneamento como direito humano fundamental
Onze entidades representantes de trabalhadores, entre elas a Federação Nacional dos Urbanitários – FNU - e a Central Única dos Trabalhadores – CUT, publicam carta aos candidatos à Presidência da República, onde se manifestam sobre os principais aspectos do setor do saneamento no país e reafirmam posição em defesa do acesso a água e ao esgotamento sanitário como direito humano fundamental.
Na carta, as entidades defendem que a universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento básico, entendido como os de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e de resíduos sólidos, a todos os brasileiros e brasileiras, independente da sua capacidade de pagamento, só será possível com o fortalecimento do papel do Estado como indutor dessa política pública estratégica.
As entidades também repudiam qualquer proposta de alteração nas legislações que possa comprometer o gradativo avanço no acesso da população aos serviços públicos de saneamento básico e “que jogue por terra tudo que tem sido conquistado pela sociedade brasileira, provocando profundo retrocesso e desestruturação do setor”. As entidades posicionam-se contrárias a Medida Provisória 844/2018, encaminhada pelo governo Temer ao Congresso Nacional.
Leia a carta na íntegra:
CARTA AOS PRESIDENCIÁVEIS
As entidades que subscrevem este documento entendem que um dos maiores desafios da sociedade brasileira e dos governos em todos os níveis é a universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento básico, entendido como os de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e de resíduos sólidos, conforme preconizado pela Lei n o 11.445/2007 que definiu as diretrizes nacionais para o setor.
Segundo os últimos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2016, 83,3% da população total brasileira contava com serviços públicos de abastecimento de água, sendo que na região Norte esse número cai para 55,4%. Com relação ao esgotamento sanitário, a situação é mais grave, sendo apenas 51,9% do esgoto coletado e, do total do esgoto gerado, apenas 44,9% recebem algum tipo de tratamento. Novamente, a região Norte é a pior atendida, com 10,5% e 18,3%, respectivamente.
Defendemos que a referida universalização do acesso, a todos os brasileiros e brasileiras, independente da sua capacidade de pagamento, só será possível com o fortalecimento do papel do Estado como indutor dessa política pública estratégica. Essa ação é imprescindível para a garantia do desenvolvimento social e econômico e para o controle de doenças que acometem e que voltaram a acometer parcela significativa da população, bem como para assegurar melhor qualidade de vida para o povo brasileiro.
Para que se garanta o acesso aos serviços públicos de saneamento básico, é fundamental fazer valer os instrumentos legais construídos durante as últimas décadas pelos vários agentes que atuam no saneamento básico no Brasil, como a Lei n o 11.445/2007 e o seu regulamento, a Lei n o 11.107/2005-Lei de Consórcios Públicos-, o Plano Nacional de Saneamento Básico-Plansab. Faz-se necessário também fortalecer o Ministério das Cidades e eliminar a dispersão das políticas de saneamento básico hoje presente no âmbito federal, em vários ministérios e órgãos, e na relação entre União, estados e município. É urgente ainda resgatar o papel do Conselho Nacional das Cidades e retomar a realização das conferências das cidades, importantes espaços de controle social sobre as políticas urbanas, como as de saneamento básico, mobilidade, desenvolvimento urbano e habitação.
Financiamento para o saneamento básico
É fundamental que sejam assegurados recursos públicos contínuos, suficientes e estáveis à política de saneamento básico e que sejam imediatamente retomadas as linhas de financiamento, sobretudo aquelas do Orçamento Geral da União, como forma de garantir a execução dessa política por parte daqueles municípios com menor capacidade de gestão. É preciso retomar o planejamento estabelecido pelo Plansab, que previu investimentos da ordem R$ 508,45 bilhões para a universalização do acesso em 20 anos para os serviços públicos de saneamento básico.
Defesa do Acesso a Água e ao Esgotamento Sanitário como Direito Humano Fundamental
Defendemos que a legislação brasileira seja compatibilizada com a resolução da Organização das Nações Unidas-ONU, do ano de 2010, que declarou o acesso à água e ao esgotamento sanitário como direito humano fundamental. O Brasil é um dos signatários dessa resolução. Para caminhar nesse sentido, deve-se desenvolver esforço para constar na Constituição Federal o acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito social, humano e essencial–direito do Cidadão e dever do Estado, tendo por base propostas de emenda constitucional em tramitação.
Associado a isto, o Governo Brasileiro deve agir de forma a garantir que a água seja reconhecida e tratada como um direito e não mercadoria. E, dessa forma, fortalecer a soberania nacional com relação a esse bem comum, tão estratégico para o desenvolvimento do planeta e da vida.
Repudiamos qualquer proposta de alteração nas legislações que possa comprometer o gradativo avanço no acesso da população aos serviços públicos de saneamento básico e que jogue por terra tudo que tem sido conquistado pela sociedade brasileira, provocando profundo retrocesso e desestruturação do setor. Este é o risco da Medida Provisória n o 844/2018, encaminhada pelo atual governo federal ao Congresso, em um verdadeiro desserviço para o saneamento básico do País. É tudo que o Brasil não precisa!
• Pela universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento básico
• Pela retomada do investimento público em saneamento básico
• Pelo efetivo reconhecimento do acesso a água e ao esgotamento sanitário como direito humano fundamental
• Água é direito e não mercadoria
Agosto de 2018
• Associação Nacional dos Serviços Municipais de SaneamentoASSEMAE
• Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB
• Central Única dos Trabalhadores-CUT
• Confederação Nacional dos Urbanitários-CNU
• Federação Interestadual de Engenheiros-FISENGE
• Federação Interestadual dos Trabalhadores Urbanitários nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal-FURCEN
• Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente-FENATEMA
• Federação Nacional dos Urbanitários-FNU
• Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste-FRUNE
• Internacional de Serviços Públicos-ISP


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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Bilionário, Fura-Fila de SP faz 20 anos e segue isolado, subutilizado e incompleto, FSP

Fabrício Lobel
SÃO PAULO
"É um pássaro, um avião? Não, é o Fura-Fila." Em tempos de eleição à Prefeitura de São Paulo, em 1996, foi assim que o então candidato Celso Pitta (1997-2000) vendeu o revolucionário modelo de transporte público que transportaria multidões e seria mais rápido e confortável.
Em 1998, as obras começaram e, ainda em testes, foi inaugurado o primeiro trecho.
Hoje, aos 20 anos, sob o nome Expresso Tiradentes e após ter consumido mais de R$ 1,2 bilhão, o projeto Fura-Fila segue subutilizado, incompleto e ainda isolado de outros meios de transporte da cidade de São Paulo.
O antigo Fura-Fila funciona hoje como um corredor de ônibus sobre pistas e viadutos exclusivos durante 8,2 km, desde o centro até um terminal na zona leste (Vila Prudente) e outro na zona sul (Sacomã). A cobrança da passagem é feita previamente, fora do ônibus, o que agiliza o embarque dos passageiros.
A via exclusiva e o sistema de embarque permitem uma velocidade média maior do que qualquer outro corredor de ônibus na cidade. São mais de 40 km/h nos horários de pico (ainda que a velocidade tenha caído 5% de 2013 a 2017). Em outros corredores comuns da cidade, os ônibus trafegam em velocidade média de 18 km/h a 30 km/h nos horários de pico.
Tecnicamente, especialistas classificam o Fura-Fila como o único BRT(sigla em inglês para sistema rápido de ônibus) paulistano, modelo que fica entre um corredor de ônibus comum e um metrô, em sua qualidade de serviço e capacidade de passageiros.
Mas não era essa a ideia original. Em 1996, ao fim da gestão de Paulo Maluf (PP), a prefeitura estudava uma nova rede que pudesse transportar mais pessoas do que um sistema de ônibus comum.
A melhor proposta era uma espécie de ônibus elétrico, biarticulado e guiado de forma mecânica entre canaletas e com o nome técnico de Veículo Leve sobre Pneus. Mas, para Maluf, que queria fazer de Pitta seu sucessor na prefeitura (não havia reeleição), o nome era pouco chamativo.
"Quem inventou esse nome de Fura-Fila foi o marqueteiro Duda Mendonça", explica Francisco Christovam, o então presidente da SPTrans e atual presidente do sindicato que representa as empresas de ônibus de São Paulo.
Christovam diz que o projeto técnico foi apropriado por interesses eleitorais e políticos, e a ideia original, desvirtuada. Em 1999, após os primeiros atrasos na obra do então Fura-Fila, Pitta tirou Christovam do comando do projeto e da SPTrans.
Desde então, as obras chegaram a ser abandonadas, e o volume de recursos destinados ao projeto sofreu uma escalada. Marta Suplicy, então no PT e à frente de uma das quatro gestões que tocaram a obra, chegou a chamar o empreendimento de desgraceira, devido ao alto custo e à baixa efetividade para sanar o caos no transporte público.
O projeto trocou de nome duas vezes e foi inaugurado da forma como está agora em 2007, na gestão Gilberto Kassab (então do DEM), como Expresso Tiradentes.
O empreendimento bilionário demorou uma década para ser construído e atualmente transporta um número bem menor do que o estimado por gestões anteriores.
Em 2001, prometeu-se o transporte de 300 mil passageiros por dia. Em 2007, 350 mil. Mas, até hoje, o número é de 73 mil passageiros por dia (ou 87 mil na média em dias úteis). O valor contabiliza passageiros que embarcaram ao longo do BRT e também os que utilizaram os ônibus que passam por esse trecho.
Na comparação com as linhas que passam pelos outros 11 corredores de ônibus de São Paulo, o antigo Fura-Fila também fica para trás.
O conjunto de linhas do Fura-Fila é o terceiro que menos transporta passageiros na cidade. As linhas que passam pelo corredor da Santo Amaro/Nove de Julho, por exemplo, são as que transportam mais pessoas: 467 mil por dia. Isso representa mais de seis vezes o público que utiliza as linhas do BRT.
Parte da explicação dessa baixa adesão é que ele ainda está incompleto. Em 2006, a gestão Kassab prometeu que o Fura-Fila chegaria a Cidade Tiradentes. O prolongamento da via até o extremo leste motivou a renomeação do projeto para Expresso Tiradentes, nome que tem hoje. Nesse desenho, o BRT chegaria a ter 31,8 km de extensão. 
Mas, em 2009, a ideia foi cancelada, já que o Metrô anunciou o monotrilho da linha 15-prata, que percorreria o mesmo trajeto.
A estimativa era entregar o ramal por trilhos até 2012. Mas a obra ainda não está pronta. A previsão atual é que o Metrô consiga entregar o monotrilho até o bairro de São Mateus, na metade do caminho, no fim deste ano. Não há prazo para que os moradores de Cidade Tiradentes sejam beneficiados por este trecho.
Além disso, falta sinalização sobre o Fura-Fila nos principais mapas de mobilidade de São Paulo, o que dificulta o planejamento de viagens.
Se o paulistano quiser sair da estação Pedro 2º do metrô e ir à estação Sacomã, por exemplo, o caminho mais rápido indicado é de 24 minutos. Nesse deslocamento, o usuário teria que embarcar em duas linhas de metrô e uma de trem da CPTM. Usando apenas linhas do metrô, o percurso é de 30 minutos. Pelo Fura-Fila o trajeto é de cerca de 15 minutos e sem baldeações. 
Francisco Christovam, que esteve à frente do projeto Fura-Fila, argumenta que apesar das falhas, o Expresso Tiradentes é bem cotado pela população pela segurança, confiabilidade e previsibilidade do serviço. "Ainda assim, é o sistema mais bem avaliado de São Paulo pela população."

comentários

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LORENZO FRIGERIO

Há 16 horas
Uma verdadeira catástrofe urbana, exemplo para o monotrilho do PSDB na av. Roberto Marinho, que não fica pronto nunca... além de péssimo exemplo de engenharia, com pilares invadindo as pistas centrais.