quinta-feira, 22 de março de 2018

21.03.18 | China vai sediar pela primeira vez congresso internacional da Passivhaus, procel


Fonte: Procel Info - 21.03.2018

Alemanha - Pela primeira vez, a conferência internacional da Passivhaus vai ser realizada fora da Europa. Durante o encerramento da 22ª conferência Passivhaus, que foi realizada no início deste mês, em Munique, na Alemanha, foi divulgado que em 2019 o encontro será realizado na cidade de Gaobeidian, na China.

Wolfgang Feist, professor da Universidade de Innsbruck, e fundador do Passive House Institute, reconheceu que a escolha do país asiático “poderá surpreender algumas pessoas. No entanto, é na China que, neste momento, acontecem as maiores construções, e isso vai continuar nas próximas décadas. Cada novo edifício traz uma exigência adicional de energia para aquecimento e arrefecimento. Dessa forma, é extremamente gratificante que a China esteja fazendo sérios esforços para melhorar a eficiência energética dos edifícios”.

Para Shou Qiang Ni, presidente da empresa Windoor City, este é o maior evento em matéria de eficiência energética. “Novos produtos, tecnologias e ideias são apresentadas aqui. Estamos certos de que a 23ª Conferência Passivhaus, na China, terá um impacto positivo no desenvolvimento futuro da eficiência energética na construção e na proteção ambiental do nosso país”, disse o empresário.

A 23ª edição da Conferência Passivhaus será realizada entre os dias 22 e 23 de setembro de 2019, na cidade chinesa de Gaobeidian, situada a 100 quilômetros da capital, Pequim.

* Com informações do Edifícios e Energia
  

quarta-feira, 21 de março de 2018

Escancarados os desafios do novo marketing político, OESP (pauta Cauduro TRESP)


Acostumada a regular a propaganda eleitoral na TV, rádio e ruas, a Justiça Eleitoral do Brasil tem um enorme desafio: impedir que as eleições mais “digitais” da história se convertam em guerras desleais
21/03/2018 | 05h00
 Por Dennys Antonialli, Francisco Brito Cruz e Mariana Valente - O Estado de S. Paulo

Ceará vai usar água do mar

BRASÍLIA  - A seca histórica que há seis anos não dá trégua à Região Nordeste levou o governo do Ceará a adotar uma medida extrema para garantir o abastecimento humano de água. O governo cearense decidiu instalar, no litoral de Fortaleza, uma unidade de dessalinização da água do mar, para complementar o atendimento à população. O plano é que, até 2020, parte dos habitantes da cidade passe a matar a sede bebendo água do mar.

Ceará vai usar água do mar para consumo
Pessoas aproveitam a praia Meireles, em Fortaleza, em 23 de abril de 2017. O governo cearense decidiu instalar uma unidade de dessalinização da água do mar, para complementar o atendimento à população na capital cearense. O objetivo é garantir 12% do consumo da cidade com a água dessanilizada. Foto: Paulo Whitaker/Reuters
Até maio, o Estado vai receber dois estudos técnicos sobre o projeto, que tem orçamento estimado em cerca de R$ 500 milhões. Uma empresa sul-coreana e outra espanhola foram escolhidas no fim de 2017 para apresentar propostas de engenharia, com indicação do melhor modelo tecnológico para retirar o sal da água e o melhor local para sua instalação. 
A meta do governo é de que a água retirada do Oceano Atlântico atenda pelo menos 720 mil habitantes de Fortaleza. A capital consome hoje cerca 8 m³ de água por segundo. A planta de dessalinização tem projeção de entregar 1 m³ de água tratada por segundo, o equivalente a 12% do consumo na cidade.
Ao Estado, o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, disse que o empreendimento vai a leilão no segundo semestre, com previsão de entrar em operação em dois anos. “Vivemos em uma cidade do tamanho de Fortaleza, que tem 9 milhões de habitantes, em um Estado do Semiárido, olhando para o mar. A alternativa de futuro que temos é complementar o abastecimento humano com a dessalinização da água do mar. Não temos mais dúvidas disso”, disse ele, ex-ministro da Integração Nacional. 
O plano do governo é contratar uma empresa para construir e ficar responsável pela operação. A contrapartida estadual será a de comprar toda água tratada por essa empresa, que se ligará a um ponto de distribuição da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). 

O governo vai estabelecer uma tarifa máxima que pretende pagar para cada litro de água dessalinizada. Vencerá a licitação a companhia que apresentar a menor tarifa, que será paga pelo consumidor final.
Experiências internacionais apontam que cada metro cúbico de água dessalinizada teria um custo médio de U$ 1 (cerca de R$ 3,31). Hoje, o valor médio praticado pela Cagece para tratar cada metro cúbico de água doce é de cerca de R$ 3, segundo Francisco Teixeira. 
“Veja que, portanto, não devemos ter aumento muito grande nos preços da água”, declarou. “Plantas de dessalinização de maior porte, como as de Israel, por exemplo, conseguem chegar a US$ 0,60 para cada metro cúbico de água tratada”, disse.
Numa segunda etapa, a ideia é fazer uma segunda unidade de tratamento, dobrando a capacidade de dessalinização.
Escassez. O objetivo é reduzir a dependência de Fortaleza das águas do Açude do Castanhão, que fica a 280 quilômetros da capital. Principal caixa d’água que abastece a cidade, o reservatório vive sua pior situação desde 2002, quando entrou em operação, com apenas 3% do que teria capacidade de armazenar. 
Em 2017, o governo do Ceará entrou em conflito com usinas térmicas de energia instaladas no Porto de Pecém, que vinham utilizando muita água do Castanhão para resfriar suas turbinas. O governo acusou ainda as empresas de terem abandonados planos de dessalinizar a água do mar para usar em suas operações. Hoje, porém, a ideia é que essas termoelétricas passem a utilizar águas de reúso em suas atividades. Para a população, a fonte será o oceano.
Para entender: 150 países usam o método
Pelo menos 150 países utilizam processos de dessalinização para produzir água potável, segundo estimativa mais recente da Associação Internacional de Dessalinização. Entre as nações que mais exploram a técnica estão países desérticos ou com dificuldades em oferecer abastecimento regular para a sua população, como os do Oriente Médio e os do norte da África.
Países desenvolvidos, como Austrália, também têm centros de dessalinização. Um dos líderes nessa tecnologia é Israel, onde cerca de 80% da água potável consumida pela população é proveniente do mar.
Atualmente, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo dependem de água dessalinizada para algumas ou todas as suas necessidades. Ainda de acordo com a associação, já são mais de 18 mil usinas em todo o mundo capazes de dessalinizar a água do mar. Juntas, elas geram 86,8 milhões de metros cúbicos de água por dia.
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