terça-feira, 7 de março de 2017

Setor cooperativista debate metas para promover o desenvolvimento sustentável em evento em São Paulo, SECOM

Seminário

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O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, se uniu a lideranças de 30 países e de 20 Estados brasileiros nesta segunda-feira, 6 de março, em seminário para debater o papel do cooperativismo no desenvolvimento sustentável. O evento intitulado “O cooperativismo e os objetivos de desenvolvimento sustentável” foi realizado pelas organizações das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Estado de São Paulo (Ocesp) e Unimed, com apoio da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), na capital paulista.
O debate entre as lideranças nacionais e internacionais do setor propõe elaborar ações alinhadas à Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), que apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas.
Para Arnaldo Jardim, incorporar conceitos de desenvolvimento sustentável ao cooperativismo é uma garantia para que o setor se mantenha jovem e atualizado. “O cooperativismo paulista é pujante, mantém o espírito de iniciativa, preserva a capacidade de empreender, mas agrega, do ponto de vista do resultado, o conceito de distribuir, partilhar e diminuir a concentração”, afirmou, citando que o Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II – Acesso ao Mercado, desenvolvido pelo governo paulista em parceria com o Banco Mundial, contribui para agregar renda a 300 cooperativas de agricultores familiares.
“Multiplicam-se os movimentos que questionam a globalização e o mundo está cada vez mais integrado, em termos de comunicação e fluidez de capital. É preciso haver um equilíbrio, para que essa integração não signifique monopólios, oligopólios excludentes da economia e da sociedade. O cooperativismo é o caminho”, afirmou o titular da Pasta Estadual.
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, é preciso engajamento para mostrar as ações sustentáveis executadas pelas entidades. “As cooperativas já praticam ações sustentáveis no dia-a-dia, está em nosso DNA, mas é preciso mostrar essas realizações ao mundo. Cada cooperativa, a seu modo, deve focar nessas metas, para sermos reconhecidos pelos governos e ter melhores condições de atingir os objetivos”, afirmou.
De acordo com o senador Aloysio Nunes, há uma nova dinâmica que faz com que as relações internacionais que antes se restringiam ao Estado tenham uma crescente participação da sociedade civil por meio de entidades, cooperativas, organizações não governamentais (ONG’s) e empresas. “Queremos a presença de outros países, mas que haja também a contrapartida, com a abertura dos mercados agrícolas, de serviços e de compras governamentais. O cooperativismo brasileiro, nesse novo contexto, é um fator importante dessa inserção mundial”, disse o parlamentar, que assume nesta terça-feira, dia 7, o Ministério das Relações Exteriores.
Na avaliação do presidente da Unimed, Eudes Aquino, o cooperativismo se impõe como ferramenta extremamente útil à sustentabilidade, um conjunto de iniciativas que precisam ser tomadas de forma coletiva para garantir a sobrevida da população. “Precisamos continuar buscando alternativas para aumentar a quantidade de pessoas mobilizadas, sensibilizadas e habilitadas para esse projeto de recuperação do meio em que vivemos”, afirmou.
Para Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp, esse processo  exige maior engajamento político do setor. “Precisamos apoiar aqueles que nos ajudam a continuar proporcionando um movimento forte e pujante, focado na melhoria da vida das pessoas”, disse.
Com a apresentação de casos de sucesso de 10 países, o seminário debateu temas como o cooperativismo como resposta às desigualdades sociais, como o setor pode proporcionar uma nova sociedade, além de estabelecer o debate para a criação de um plano de ação de uma década para a promoção do desenvolvimento sustentável. “O cooperativismo proporciona o equilíbrio entre o poder público e privado, pois é a combinação de negócios e pessoas. Buscamos prover uma perspectiva de longo prazo, não apenas no aspecto econômico-financeiro, mas também de oferecer serviços à população”, explicou a canadense Monique Leroux, presidente da ACI.
Também participaram do evento o deputado federal Lelo Coimbra, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, e o deputado estadual Itamar Borges, presidente da Comissão de Atividades Econômicas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Mulheres do MST se levantam para barrar a Reforma da Previdência, pauta



Na manhã desta terça-feira (07), cerca de 1500 trabalhadoras rurais Sem Terra, ocuparam a unidade de fertilizantes da empresa Vale em Cubatão, às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, a 40 Km da capital do estado de São Paulo.

A ação de denúncia trouxe à tona um questionamento ao déficit da Previdência, que além de ter desvinculada parte de suas receitas com a Desvinculação das Receitas da União (DRU), ainda é alvo de sonegação de companhias grandes, como a Vale.

Durante a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, as camponesas denunciam a Vale pelo calote no repasse das contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A dívida da empresa é de R$ 276 milhões.

A dirigente nacional do MST, Nívia Silva, comenta que um dos principais argumentos do governo golpista de Temer para fazer a contrarreforma da previdência é a dívida que esta acumula. Porém, ele não cobra das empresas que sonegam contribuições ao INSS.

“A dívida dessas empresas somam 426 bilhões, quatro vezes o déficit afirmado pelo governo. Somente 3% das companhias respondem por mais de 63% da dívida previdenciária. Ou seja, a morosidade da Justiça, a complexidade da legislação tributária brasileira e os programas de parcelamento do governo são um dos principais fatores que explicam a alta dívida previdenciária no país”, afirma Nívia.

Entre as maiores devedoras do INSS estão Bradesco, Caixa, Marfrig, JBS e Vale. Das 32.224 empresas que mais devem, apenas 18% são extintas. A grande maioria, ou 82%, são ativas. As camponesas denunciam que as mulheres são as primeiras a sofrerem com as consequências do programa golpista de corte de direitos, em especial na contrarreforma da Previdência.

Confira o vídeo da ação das camponesas em denúncia na unidade de fertilizantes da Vale, em Cubatão:http://www.mst.org.br/2017/03/07/mulheres-ocupam-a-vale-fertilizantes-em-cubatao-sp.html
Em entrevista, Atiliana Brunetto, dirigente nacional do setor de gênero do MST, afirma que “a contrarreforma da Previdência desconstrói toda a luta travada no campo e prejudica em especial as mulheres, porque iguala a idade de aposentadoria” daquelas que têm dupla e muitas vezes tripla jornada de trabalho.
Confira na íntegra. 

De que maneira o pacote de medidas do Temer impacta a vida das mulheres, em especial a mulher do campo?

A contrarreforma da Previdência desconstrói toda a luta travada no campo e prejudica em especial as mulheres, porque quando iguala a idade de aposentadoria entre os sexos, desvaloriza o trabalho da mulher do campo e contribui para o aumento da desigualdade.

O Governo golpista vem, a partir da necessidade do grande capital, buscando formas de manter seus lucros. Historicamente, dentro desse contexto, são as mulheres as mais afetadas. A reforma da Previdência, a relativização do trabalho feminino, a precarização da educação e da saúde, além de ideias conservadores que tomam maior proporção a cada dia, contribuem para que a violência, o controle do corpo e o machismo ganhem cada vez mais espaço em nossa sociedade.

O que a burguesia quer é que sejamos “belas, recatadas e do lar”. Esses são títulos que nunca assumiremos. O lugar de cada uma de nós é e sempre foi nas trincheiras, lutando por uma vida melhor.  Além disso, outras ações como a Medida Provisória (MP 759/2016), que trata da regulamentação da questão fundiária urbana e rural, acaba com a perspectiva de luta pela democratização da terra, privatizando os assentamentos, tirando vários direitos e, consequentemente, criminalizando os movimentos e nossas lutas.

Qual o lema e objetivo da Jornada das mulheres este ano? 

As Mulheres Sem Terra, após debate sobre os desafios impostos para a classe trabalhadora, definiram que vão enfrentar o governo golpista de Michel Temer e seu pacote de medidas, que visa a retirada de direitos sociais e trabalhistas nas ruas. Diante disso, nosso lema será: “Estamos Todas Despertas. Contra o Capital e o Agronegócio. Nenhum Direito a Menos!”.

Qual expectativa do Movimento? Serão quantos atos e em quais estados?

A expectativa é que todas as mulheres Sem Terra ou não, tomem às ruas e digam: “Nenhum Direito a Menos” para o povo brasileiro, porque nossa luta é contra todas as formas de opressão: o racismo, a lgbtfobia.

As nossas atividades vão acontecer em todos os estados onde o MST está organizado. Cada região está construindo as ações da Jornada conforme suas especificidades. 

Além do MST, quais outros movimentos camponeses articulam, apoiam e vão participar das mobilizações?

O MST tem a convicção de que devemos buscar o máximo de articulação pela e com a classe trabalhadora. Assim, estamos construindo várias alianças a partir da realidade dos estados com organizações como a Frente Brasil Popular, Via Campesina, Movimentos de Mulheres, entre outros.

O importante aqui é ressaltar que estamos juntos de todos e todas que saem às ruas pela Reforma Agrária, contra a violência e a criminalização dos movimentos sociais.

Por que o recorte de gênero em relação a reforma da Previdência é tão importante?

Ao igualar o tempo de contribuição entre homens e mulheres, a proposta desconsidera a jornada de trabalho e as diferentes condições urbanas e rurais, dificultando significativamente o acesso aos direitos previdenciários. Um dos maiores problemas está na obrigatoriedade da contribuição individual.

No contexto das relações desiguais na família, quando a família tiver que optar por um membro para contribuir, dificilmente será a mulher. Outra alteração drástica será a desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, que será 51% da média dos salários de contribuição, somados a 1% por ano de contribuição. Isto significa que, para se aposentar com um salário mínimo, um/a trabalhador/a rural necessitará ter contribuído por 49 anos e ter começado a contribuir aos 16 anos
de idade.

Lutamos por uma Previdência universal, solidária e pública, que contribua de forma justa com a distribuição de renda e a diminuição das desigualdades entre homens e mulheres, considerando nossas diferenças.

O que o governo Temer pode esperar das mulheres do MST?

“Estamos Todas Despertas”, esse é o nosso lema. Assim seguiremos contra todos os retrocessos, enquanto existirem ameaças aos nossos direitos e à soberania alimentar nacional.




Outras informações:
Rafael Soriano
Assessoria

Embraer apresenta o maior avião produzido no Brasil, OESP


Wagner Gomes ,
Broadcast
07 Março 2017 | 16h51
SÃO PAULO - A Embraer apresentou nesta terça-feira, 7, em São José dos Campos (SP), o E195-E2, a sua maior aeronave da segunda geração da família de e-jets de aviões comerciais. O voo inaugural está previsto para os próximos meses e o jato entrará em serviço no primeiro semestre de 2019.
"O E195-E2 tem potencial de mudar significativamente o perfil de frota das companhias aéreas em todo o mundo. Tendo custo por viagem 20% menor e custo por assento similar ao de aviões maiores, o E195-E2 torna-se o avião ideal tanto para crescimento de empresas regionais como complementação de frota de empresas de baixo custo e de linhas principais", diz, em nota, o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.

Foto: Assessoria de Imprensa Embraer
Embraer novo avião
Com investimento de US$ 1,7 bilhão, Embraer busca manter a liderança no segmento de aviões de 70 a 130 assentos

O E195-E2 tem três fileiras a mais de assentos quando comparado ao E195 da atual geração, podendo ser configurado com 120 lugares em duas classes de serviço, ou até 146 em classe única. Segundo a companhia, a aeronave também teve aumento significativo de alcance, de mais de 800 quilômetros (450 milhas náuticas), o que possibilitará viagens de até 4.500 quilômetros (2.450 milhas náuticas) de distância.
A aeronave possui uma asa desenvolvida especialmente para o modelo, com o maior alongamento entre jatos de corredor único, "aumentando a eficiência de consumo de combustível", segundo comunicado da companhia. Além de uma especificação mais equilibrada, a Embraer informa que usou toda a experiência de mais 17 milhões de horas voadas nos e-jets atuais, com uma frota de mais 1.300 unidades, para chegar a um projeto de otimização para o E2.

As maiores aeronaves do mundo


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"Por exemplo, sendo concebido com uma combinação inteligente de materiais, o E195-E2 consegue ter capacidade de transportar 10% mais passageiros que o concorrente direto e ainda assim ter o mesmo peso", diz a empresa.
Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Comercial, explica, em nota, que foram introduzidas na plataforma de E-Jets todas as novas tecnologias que agregam valor aos clientes. Um exemplo, de acordo com ele, é a quarta geração de fly-by-wire que permitiu a redução de 20% da área da empenagem, minimizando o arrasto e o peso.
"O avião terá uma economia de até 24% de consumo e 20% nos custos de manutenção por assento quando comparado ao atual E195. Parte dessa economia será atingida pela nova tecnologia de motores, mas o grande diferencial competitivo do E195-E2 está na otimização da estrutura e dos seus vários sistemas", comenta.
Protótipo. A Embraer vai utilizar dois aviões na campanha de certificação do E195-E2. O primeiro protótipo será usado nos ensaios de aerodinâmica e desempenho, enquanto o segundo avião, que também deve realizar o voo inaugural até o fim deste ano, será empregado na validação de tarefas de manutenção e de interior.
Desde o lançamento, os E2 alcançaram 690 pedidos, dos quais 275 firmes, sendo 90 para o E195-E2, e de 415 opções e direitos de compra, tendo entre seus clientes companhias aéreas e empresas de leasing. Atualmente, a família de e-jets opera com cerca de 70 clientes em 50 países, sendo líder global no segmento até 130 assentos, com mais de 50% de participação de mercado, de acordo com a Embraer.
Com investimento de US$ 1,7 bilhão, o programa E2 foi lançado em junho de 2013, visando a manutenção da liderança da Embraer no segmento de aviões de 70 a 130 assentos.