Os três principais pré-candidatos de oposição à Prefeitura de São Paulo no ano que vem têm adotado a judicialização de ações da gestão municipal como estratégia para desgastar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que buscará a reeleição.
Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União Brasil) já apresentaram no total 18 representações contra Nunes desde o começo do ano, média de 1 a cada 15 dias.
Quem lidera o ranking é Tabata, com 7 ações em órgãos como Ministério Público, Justiça Estadual e Tribunal de Contas do Município.
Ela tem se preocupado especialmente com os gastos de publicidade de Nunes. Uma das ações conseguiu barrar um edital que previa contrato de R$ 20 milhões na área. Também fez duas representações contra problemas no serviço da Sabesp. A empresa, embora estadual, tem contrato com a prefeitura.
Boulos aparece em segundo, com 6 representações, todas no Ministério Público. Elas tratam de temas como licitação para fiscalização de ônibus, obras emergenciais sem concorrência pública e omissão no combate às enchentes. Uma delas trata de retiradas de pertences de moradores de rua, um dos temas a que o psolista mais se dedica.
Kim, por sua vez, já entrou com cinco representações contra Nunes. Ele questionou pontos como remanejamento de recursos de secretarias para aumentar obras de recapeamento asfáltico, ausência de informações no site Dados Abertos, da prefeitura, e assinatura de contratos sem licitação pelo Executivo municipal.
Com a aproximação da eleição e do início oficial da campanha, em meados do ano que vem, a tendência dos três rivais de Nunes é intensificar a judicialização. Já o atual prefeito afirma que grande parte das ações é politicamente motivada.
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