sexta-feira, 6 de junho de 2025

Lo Prete, autora da entrevista que revelou mensalão, dormiu com fitas da confissão do delator, FSP

 Fabio Victor

São Paulo

No primeiro semestre de 2005, pairava sobre Brasília um clima de conspiração e desconfiança, uma inquietação típica de vésperas de grandes crises.

Havia meses circulavam na capital rumores de que o governo Lula (PT), em seu primeiro mandato, pagava mesada a deputados aliados —sua base era bem mais robusta que a atual, numa época em que o Planalto tinha muito mais controle sobre o Orçamento.

Uma mulher com cabelo curto e óculos, vestindo um terno azul, está sentada em uma cadeira e gesticulando com as mãos enquanto fala. Ao fundo, há um painel com o texto 'web summit' e um design geométrico em tons claros.
A jornalista Renata Lo Prete, autora da entrevista com Roberto Jefferson na Folha que revelou o mensalão em 2005 e hoje âncora do Jornal da Globo, durante painel no Web Summit Rio 2024 - Mauro Pimentel - 17.abr.24/AFP

Em setembro de 2004, o Jornal do Brasil publicou uma manchete a respeito, mas a principal fonte que sustentava a reportagem, o deputado Miro Teixeira (que fora líder do governo e deixara o cargo supostamente incomodado com a prática), disse que eram falsas as referências atribuídas a ele e apenas ouvira boatos sobre o caso.

Em maio de 2005, a revista Veja revelou um vídeo em que o funcionário dos Correios Maurício Marinho recebia R$ 3.000 em propina e dizia ter aval do presidente do PTB, o deputado federal Roberto Jefferson, apontado como chefe de um esquema para cobrar comissões de empresários interessados em licitações e contratos na estatal.

Foi a senha para a oposição se mobilizar por uma CPI para investigar as suspeitas de corrupção. Travou-se uma guerra pela instalação da comissão: reunidas as assinaturas necessárias, o governo abriu o cofre em emendas para enterrá-la.

Em meio à disputa, Jefferson apanhava dos dois lados e estava acuado, a ponto de declarar apoio à CPI, mesmo que fosse um dos seus alvos e que o PTB integrasse a coalizão governista.

Foi nesse clima conflagrado que, num sábado à tarde, 4 de junho, a jornalista Renata Lo Prete, então editora da coluna Painel, da Folha, recebeu um telefonema do deputado fluminense. Sem dar detalhes, Jefferson avisou que queria falar. Percebendo a importância do chamado, ela viajou de São Paulo a Brasília para, no dia seguinte, entrevistá-lo.

"Ficou mais ou menos claro que ele ia romper com o governo e, nessa condição, revelar informações sobre a relação e as negociações dele com o Palácio do Planalto. Mas que ele ia falar sobre a mesada, disso eu não sabia", conta Lo Prete, hoje âncora do Jornal da Globo.

Pois Jefferson falou, e com riqueza de detalhes, numa entrevista que virou manchete da Folha da segunda-feira 6 de junhohá exatos 20 anos. O neologismo criado para designar tal mesada —mensalão— batizaria o esquema denunciado por ele e entraria para a história política do país.

Nas semanas seguintes, o deputado-bomba daria outras entrevistas a Lo Prete.

As revelações dele tornaram a CPI inevitável e, associadas a investigações de Polícia Federal e do Ministério Público e a outras confissões, resultaram num conjunto fático-probatório que derrubou ministros, cassou deputados e abalou os três Poderes, sobretudo o Executivo.

Pressionado, Lula admitiu indiretamente o esquema, ao dizer que tinha sido traído por aliados.

Mensalão, 20

  • A Folha publica uma série de reportagens sobre os 20 anos de uma das principais crises políticas do país, no primeiro mandato do presidente Lula. A série revisita bastidores do mensalão, desdobramentos do caso e seus efeitos na política e no Judiciário até os dias de hoje.

Jefferson não escolheu Lo Prete à toa. O deputado era fonte da colunista, que o ouvia com atenção e lhe dedicava importância desde o início da crise.

"Ele não era um cara tratado como primeira divisão em Brasília por boa parte dos jornalistas, porque tinha sido da tropa de choque do Collor, já tinha um jeito dele. Mas era um engano tratá-lo dessa maneira", afirma a jornalista.

"Porque ele tinha lugar de fala naquela história: era presidente de um partido da base, tinha cargos no governo e interlocução direta com o José Dirceu [ministro da Casa Civil], que fazia a operação do governo no Congresso e do governo como um todo."

Trabalhar no Painel, coluna de bastidores da política que Lo Prete liderava, requer, nas palavras dela, "administração intensiva das fontes, você precisa falar com as pessoas o tempo inteiro".

Ela ressalta a importância da "leitura de jogo" para esse processo, ou seja, da análise política que mire além do noticiário comezinho. "Não só minha, mas dos repórteres que trabalhavam comigo no Painel, Vera Magalhães, em Brasília, e José Alberto Bombig, em São Paulo."

"Quando surgiu o caso dos Correios, a maioria ficou muito detida no episódio da propina, e a gente começou a pensar em quem não estava aparecendo na história, outros diretores dos Correios, no que estavam fazendo. Olhamos para o caso mais amplamente, e acho que esse olhar me ajudou a manter aberto um canal com o Roberto Jefferson, num momento em que muita gente demandava essa entrevista, mas ele não estava falando."

Jefferson decidiu falar ao perceber que o Planalto tinha resolvido abandoná-lo, como ele mesmo deixou claro na entrevista.

"Eu vi que o governo agiu para isolar o PTB. Vai ter que sangrar a cabeça de alguém na guilhotina, tem que haver carne e sangue aos chacais. A ‘Veja’ falou que sou o homem-bomba. E o que você faz com a bomba? Ou desativa ou faz explodir. Estou percebendo que estão evacuando o quarteirão, e o PTB está ficando isolado para ser explodido", disse o então deputado naquela entrevista à Folha.

A conversa aconteceu no apartamento funcional de Jefferson em Brasília, acompanhada por duas assessoras do deputado. Durou cerca de uma hora e meia. Quando ele começou a abrir o jogo sobre o esquema, Lo Prete conciliou pasmo com racionalidade.

"Quando ele fala do mensalão, eu continuo prestando atenção no que ele está dizendo, mas já penso coisas como: tinham me dado uma página, tenho de avisar que preciso de duas ou três; não pode ser uma manchete de uma linha só", relembra.

Numa época em que a internet não tinha nem sombra da força atual, o horário de conclusão da edição impressa (ou fechamento, no jargão) era um desafio mais exaustivo. Lo Prete correu para a sucursal de Brasília da Folha para escrever o seu megafuro.

Antes, teve de "tirar a fita" no braço —isto é, transcrever os áudios, sem apps nem inteligência artificial como é possível hoje—, no que precisou da ajuda, conta, do então repórter da sucursal Eduardo Scolese –hoje editor de Política da Folha.

Simultaneamente, tratou da organização do que havia apurado com o editor de Brasil –como a editoria de política era então chamada–, Fernando de Barros e Silva.

O trabalho de transcrição dos áudios e redação da reportagem era a todo instante interrompido por um som estridente. "Os telefones da sucursal não paravam de tocar, mesmo sendo um domingo", relata Lo Prete.

Só aí que ela entendeu o que ocorria: "Era o governo desesperado tentando saber da entrevista. Porque o Roberto Jefferson, num momento de crueldade, pouco depois que eu saí da casa dele, avisou o Aldo Rebelo, então ministro da Coordenação Política, que tinha falado com a Folha."

O fato de estar hospedada em Brasília no mesmo hotel do tesoureiro do PT, Delúbio Soares —apontado por Jefferson como o responsável por pagar a mesada—, aumentou a tensão e a expectativa na véspera da publicação, levando Lo Prete a uma atitude inusitada.

"Fiquei com aquilo na cabeça e dormi com as fitas [da entrevista]. Na cama."

O pouco tempo disponível e a profusão de nomes envolvidos fizeram com que o jornal optasse excepcionalmente por publicar a entrevista sem checagens adicionais e sem ouvir os citados antes da publicação, opção até hoje apoiada por Lo Prete.

"Tínhamos um testemunho com aquela octanagem, de alguém com lugar de fala… Você plenamente pode decidir publicar. Num elogio à Folha, digo que nunca ninguém me falou sobre segurar uma coisa daquele tamanho e importância. Nunca. Essa possibilidade não chegou a ser discutida naquele domingo."

O desenrolar dos fatos mostrou que Jefferson não tinha blefado. "As entrevistas estão inteiras, qualquer um pode fazer o exame. O que ele fala se comprova. Quando aponta, por exemplo, o Dimas Toledo como operador anfíbio, para o PSDB e para o PT, em Furnas, o Dimas cai. As consequências eram imediatas", diz Lo Prete, que ganharia, pela série de entrevistas, o prêmio Esso de jornalismo.

Após denúncia da PGR (aceita em 2007 no STF), o julgamento dos réus do mensalão só começou em 2012.

Dos 40 denunciados, 24 foram condenados, num processo que recebeu críticas, sobretudo do PT, pelo recurso à "teoria do domínio do fato" –que permite punir alguém pela influência sobre a cadeia criminosa mesmo sem provas de que cometeu o crime em si– ou pela escolha de julgá-los no Supremo, já que quase todos os réus não tinham mais foro especial.

Lo Prete rejeita a ideia de que tenha havido lawfare (uso da Justiça para perseguição política) no mensalão. "A investigação e o julgamento do mensalão formaram um edifício que parou de pé. Não foram revistos, como tantos outros que vimos depois."

"Essas pessoas cumpriram pena, algumas voltaram à política, outras não, mas não houve um desfazimento do mensalão como houve na Lava Jato e como algumas forças estão tentando fazer agora com as investigações sobre a tentativa de golpe do 8 de Janeiro."

Outro ponto que distingue o mensalão de escândalos assemelhados, segundo Lo Prete, é ter sido um caso que nasceu na imprensa, e não a partir de investigações da polícia e ou do Ministério Público.

E como viu a conversão de Roberto Jefferson ao extremismo bolsonarista, que culminou com sua prisão após receber a polícia a granadas e tiros de fuzil?

"Acho que as pessoas são tudo junto e misturado, desde sempre, que o Roberto Jefferson do mensalão tinha dentro dele o Roberto Jefferson da tropa de choque do Collor e o que viria a ser o Roberto Jefferson do bolsonarismo e de receber a polícia a bala. Acho que você vai fazendo o seu caminho pela vida, as coisas dão errado ou certo –no caso dele muito errado– e determinados aspectos seus vão ficando mais evidentes. Então para mim é o mesmo personagem, não tem conversão."

Trump x Musk: o que acontece quando homem mais rico do mundo enfrenta o mais poderoso?, BBC. Com

 

  • Anthony Zurcher
  • Role,Correspondente na América do Norte

O que acontece quando a pessoa mais rica e o político mais poderoso do mundo se enfrentam em uma batalha acirrada?

O mundo está descobrindo — e a cena não é nada bonita. Donald Trump e Elon Musk possuem dois dos maiores megafones do planeta, que agora estão voltados um contra o outro, à medida que o desentendimento entre eles se transformou em uma guerra de palavras.

Em resposta às críticas de Musk que considerou os gastos do governo excessivos, Trump ameaçou as volumosas negociações comerciais de Musk com o governo federal, que são a força vital do seu programa SpaceX.

"A maneira mais fácil de economizar dinheiro no nosso orçamento, bilhões e bilhões de dólares, é acabar com os subsídios e contratos governamentais do Elon", publicou Trump de forma ameaçadora em sua própria plataforma de rede social.

Se Trump virar a máquina do governo contra Musk, o bilionário da área de tecnologia vai sentir o impacto. O preço das ações da Tesla despencou 14% na quinta-feira (05/06).

Mas não se trata de uma via de mão única. Após esse ataque, Musk pediu o impeachment de Trump, e o desafiou a cortar o financiamento de suas empresas.

Musk também afirmou que estava acelerando a desativação da espaçonave Dragon, da qual os EUA dependem para transportar astronautas americanos e suprimentos para a Estação Espacial Internacional.

Pule Whatsapp e continue lendo
BBC Brasil no WhatsApp
No WhatsApp

Agora você pode receber as notícias da BBC News Brasil no seu celular

Clique para se inscrever

Fim do Whatsapp

Mas horas depois, ele pareceu recuar desta ameaça, ao responder a uma publicação no X (antigo Twitter) que pedia para ele se acalmar: "Bom conselho. Ok, não vamos desativar a Dragon".

Musk tem recursos quase ilimitados para reagir, inclusive financiando adversários insurgentes dos republicanos nas eleições e primárias do ano que vem. E no fim da tarde de quinta-feira, ele disse que estava soltando uma "bomba realmente grande" — sugerindo, sem apresentar evidências, que Trump aparece em arquivos não divulgados relacionados ao falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, ofereceu apenas uma resposta morna às alegações e acusações de Musk.

"Este é um episódio infeliz de Elon, que está insatisfeito com o 'grande e belo' projeto de lei, porque ele não inclui as políticas que ele queria", ela disse.

Musk pode não vencer uma luta contra todo o governo Trump, mas a disputa pode custar um alto preço político — e pessoal — para Trump e os republicanos.

Donald Trump, talvez ciente disso, pareceu diminuir um pouco a tensão no fim do dia. Ele evitou comentar sobre Musk durante uma aparição pública em um evento na Casa Branca, e publicou uma mensagem na plataforma Truth Social dizendo que não se importava de "se voltar contra ele", mas gostaria que ele tivesse deixado o serviço público meses atrás.

Na sequência, ele passou a promover seu "grande e belo" projeto de lei de impostos e gastos.

No entanto, é difícil imaginar um desfecho tranquilo após a tensão de quinta-feira.

Troca de insultos e ameaças

A disputa teve início em fogo brando na semana passada, começou a borbulhar na quarta-feira (04/06) e entrou em ebulição na tarde de quinta-feira no Salão Oval. Enquanto o novo chanceler alemão, Friedrich Merz — o visitante do dia — permanecia sentado em um silêncio constrangedor, o presidente soava um pouco como um amante desprezado.

Ele se mostrou surpreso com as críticas de Musk à sua legislação. E rebateu a ideia de que teria perdido a eleição presidencial do ano passado sem o apoio das centenas de milhões de dólares de Musk. Ele disse ainda que Musk só estava mudando de opinião agora porque sua empresa de automóveis, a Tesla, vai ser prejudicada pela pressão republicana para acabar com os créditos fiscais para veículos elétricos.

Postagem de Trump na Truth Social

Crédito,Truth Social

Legenda da foto,'A maneira mais fácil de economizar dinheiro no nosso orçamento, bilhões e bilhões de dólares, é acabar com os subsídios e contratos governamentais do Elon. Sempre me surpreendeu o fato de Biden não ter feito isso', escreveu Trump

Musk rapidamente acessou sua plataforma de rede social, o X, com uma resposta típica da geração X para seus 220 milhões de seguidores: Whatever (que pode ser traduzido como "tanto faz" ou "não importa").

Ele disse que não se importava com os subsídios para carros, e que queria reduzir a dívida nacional, que, segundo ele, representa uma ameaça existencial para a nação. Também insistiu que os democratas teriam vencido a eleição do ano passado sem a ajuda dele. "Que ingratidão", escreveu ele a Trump.

O bilionário lançou então uma série de ataques extraordinários ao longo da tarde, e a briga começou para valer.

Duas postagens de Elon Musk no X

Crédito,X

Legenda da foto,'Sem mim, Trump teria perdido as eleições, os democratas controlariam a Câmara, e os republicanos teriam 51-49 no Senado', escreveu Musk, acrescentando: 'Que ingratidão'

Musk e Trump formaram uma aliança poderosa, mas improvável, que culminou com o bilionário da tecnologia assumindo uma posição-chave de autoridade para fazer cortes orçamentários no governo Trump. O Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), de Musk, ganhou bastante destaque no noticiário nos primeiros 100 dias neste segundo mandato de Trump, enquanto fechava agências inteiras e demitia milhares de funcionários públicos.

Não demorou muito, no entanto, para que começassem as especulações sobre quando — e como — os dois acabariam se desentendendo.

Por um tempo, parecia que essas previsões estavam erradas. Trump permaneceu ao lado de Musk mesmo quando a popularidade do bilionário caiu, quando ele teve divergências com funcionários do governo, e quando se tornou um problema em várias eleições importantes no início deste ano.

Toda vez que parecia que haveria uma ruptura, Musk aparecia no Salão Oval, na sala do Gabinete ou a bordo do Air Force One no voo do presidente para Mar-a-Lago.

Quando os 130 dias de Musk como "funcionário especial do governo" terminaram na semana passada, os dois tiveram uma despedida amistosa do Salão Oval, com chave de ouro para a Casa Branca, e insinuações de que Musk poderia retornar algum dia.

É seguro dizer que qualquer convite foi rescindido, e as fechaduras foram trocadas.

"Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento", disse Trump na quinta-feira.

Vale observar o uso do verbo no pretérito no comentário.

Houve a impressão de que o anúncio surpresa de Trump, na noite de quarta-feira, sobre a proibição da entrada de cidadãos de certos países nos EUA, sanções adicionais à Universidade de Harvard e abertura de uma investigação sobre suposta conspiração no governo do ex-presidente Joe Biden, eram esforços para desviar o foco das críticas de Musk.

A Casa Branca e seus aliados no Congresso pareciam cautelosos para não antagonizá-lo, ainda mais após seus comentários anteriores.

Então, Trump se manifestou e... isso foi por água abaixo.

'Um jogo de soma zero'

A questão agora é saber para onde vai a disputa. Os republicanos do Congresso podem achar mais difícil manter seus membros apoiando o projeto de lei de Trump, com Musk fornecendo cobertura retórica e, talvez, financeira, para aqueles que romperem com a linha partidária.

Trump já ameaçou os contratos governamentais de Musk, mas também poderia mirar em seus aliados do Doge remanescentes no governo ou reabrir as investigações da era Biden sobre os negócios de Musk.

Neste momento, tudo está em jogo.

Enquanto isso, os democratas estão à margem, pensando em como reagir. Poucos parecem dispostos a acolher Musk, um ex-doador do partido, de volta ao grupo. Mas há também o velho ditado que diz que o inimigo do meu inimigo é meu amigo.

"É um jogo de soma zero", afirmou Liam Kerr, estrategista democrata, ao Politico. "Qualquer coisa que ele faça que se aproxime mais dos democratas prejudica os republicanos."

No mínimo, os democratas parecem satisfeitos em recuar e deixar os dois se atacarem. E até que eles abandonem o ringue, o burburinho provavelmente vai abafar todo o resto da política americana.

Mas não espere que essa briga termine tão cedo.

"Trump ainda tem 3,5 anos como presidente", escreveu Musk no X.

"Mas eu estarei por aqui por mais de 40 anos."