Em conversa com empresários do grupo Personalidades em Foco ontem, 27, Sérgio Moro (Podemos) disse que, se eleito presidente, não será “um anjo vingador” contra políticos, mas falou em “movimento de anulação de condenações que gera descrédito, ruim para as instituições”. Nesse último ponto, o ex-juiz respondia a questionamentos sobre o STF. “Compartilho dessa crítica, com a ressalva de que sou institucional. O remédio para isso são mudanças e reformas que melhorem nossas instituições. O mero ataque e o desrespeito não é algo que constrói. É preciso pensar em reformas institucionais no STF. Transformá-lo num tribunal constitucional e pensar em mandato para os ministros.”
CHEGA. “Há hoje uma excessiva verticalização, tudo pode chegar ao Supremo. Precisa resolver as coisas em primeira e segunda instâncias”, disse.
É OSSO. Moro disse apostar na articulação política feita ainda na pré-campanha como caminho para aprovar reformas e medidas imediatas: fim da reeleição e do foro privilegiado logo no início de um eventual mandato. “A dificuldade é fazer a demanda por reformas essenciais vencer os interesses setoriais e corporativos.”
ANJO MAU? O pré-candidato foi questionado sobre como conquistar apoio prévio da classe política equilibrando seu discurso anticorrupção, tido como “ameaçador” à categoria. “Não vou ser um anjo vingador. O que queremos é fortalecer nossas instituições. Quando fui ministro, conversei muito, mas fui sabotado. Há espaço para discussões.”
AI, AI. Moro tomou um “puxão de orelha” durante a conversa por não estar falando “na língua do povo” durante a pré-campanha, como Lula (PT), na avaliação de Paulo Zottolo. Moro concordou e afirmou que o caminho será aplicar temas burocráticos à realidade prática. “A reforma administrativa tem sido focada na redução de custos. Mas se for pensar o que queremos de um governo: escolas de menor custo ou de qualidade?”
MODELO. Moro citou mais de uma vez o presidente francês Emmanuel Macron e seu movimento “En Marche”, sinalizando inspiração de como tem construído sua candidatura: “Na França, o movimento perguntava à sociedade qual França o povo queria É preciso dialogar. Macron rompeu a polarização histórica no País.”
É HORA DE… Direita e esquerda aplaudiram o gesto do ministro da Cidadania e pré-candidato ao governo baiano, João Roma (Republicanos), e do governador Rui Costa (PT), de terem unido forças para lidar com a tragédia das chuvas que atingem o Estado. Os dois estiveram juntos em Ilhéus.
…DIÁLOGO. Em Brasília, cerca de 15 parlamentares da bancada baiana se reúnem com Arthur Lira (PP-AL) nesta terça-feira, 28, para pedir ajuda. Eles apostam na força política do presidente da Câmara para a liberação de recursos. Lira conversou pelo telefone com o coordenador da bancada, deputado Marcelo Nilo (PSB).
TÔ FORA. Para o deputado federal Bacelar Batista (Podemos-BA), a ausência de Jair Bolsonaro no local da tragédia é uma “irresponsabilidade”. “Mais uma demonstração de preconceito com o Nordeste.”
CLICK. Fernando Collor, senador (PROS-AL)
Ex-presidente da República esteve em show da Banda Eva em Barra de São Miguel, próximo a Maceió, com amigos e parentes no último domingo.
CHEGOU… Assim que recebeu o convite para se filiar ao Novo, Felipe d’Avila passou a ser visto como solução para as disputas internas do partido, basicamente dividido entre integrar a oposição ao governo de Jair Bolsonaro e manter posição de independência.
…CHEGANDO. A confirmação da pré-candidatura ao Planalto ocorreu em novembro, em Brasília, quando o cientista político condenou “populismos de esquerda e direita”.
SINAIS PARTICULARES (por Kleber Sales). Felipe d’Avila, presidenciável do Novo
PRONTO, FALEI! Felipe Salto, diretor executivo da IFI
“A que ponto chegamos: consultar a sociedade sobre se crianças devem ou não tomar vacina. O Zé Gotinha deu lugar a uma espécie de Zé do Caixão da vida real.”