domingo, 6 de junho de 2021

Renan Calheiros faz apelo a jogadores da seleção para que não disputem Copa América, OESP

 Redação, O Estado de S.Paulo

06 de junho de 2021 | 13h07

O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), enviou uma carta aos jogadores da Seleção Brasileira pedindo para que não disputem a Copa América de Futebol no Brasil.

Renan Calheiros
Senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid  Foto: Dida Sampaio / Estadão

A nota propõe uma reflexão aos atletas e apresenta quatro argumentos contrários à realização do evento no País neste momento."As razões para a realização da Copa América na iminência de uma terceira onda da pandemia no Brasil não corresponde a opção sanitária mais segura para o povo brasileiro". 

De acordo com o senador, a decisão de não realizar o torneio “não é um ato político, é um gesto de respeito à vida de milhões de famílias enlutadas pela morte e por cicatrizes incuráveis".

Em seu perfil no twitter, o parlamentar disse que "a seleção é motivo de orgulho. Disputar a Copa pode até gerar troféu. Não disputar, em nome de vidas, significará sua maior conquista”. 

Neste domingo, 6,  partidos de oposição no Distrito Federal, sindicatos e movimentos sociais organizaram uma carreata contra a realização da Copa América no Brasil. Eles se concentraram na Praça do Buriti, perto da sede do governo distrital, e saíram às 10h30 em direção à Esplanada dos Ministérios.

A carreata reuniu dezenas de carros, com os manifestantes gritando palavras de ordem como "Copa não, vacina sim" e "Fora Bolsonaro". Eles percorreram a Esplanada com faixas, cartazes e o apoio de um caminhão de som.

Ontem, a Conmebol fez uma reunião por videoconferência que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. Novamente, ele manifestou apoio à realização do evento no País. No entanto, há indicativos de que o elenco da seleção brasileira pode se recusar a participar. Líderes da equipe prometeram se pronunciar após o jogo da próxima terça-feira, 8, contra o Paraguai, em Assunção, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Na pandemia, igreja pede doação do auxílio emergencial do fiel, FSP

 

BRASÍLIA

Em um vídeo publicado em março no YouTube, o bispo da Universal Renato Cardoso, genro de Edir Macedo, aparece pedindo contribuições para cobrir os custos da igreja, afetada pelo sumiço de fiéis durante restrições impostas pela pandemia da Covid.

Com a pergunta "vocês preferem o auxílio emergencial ou o auxílio providencial?", o bispo estimula a doação do benefício concedido pelo governo para aqueles que perderam renda. Terceiro na hierarquia, Cardoso comanda a Universal no Brasil.

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No vídeo, ele diz que não será possível devolver as ofertas, mas elas se multiplicarão da mesma forma como narrada no episódio bíblico em que Jesus Cristo fez proliferar pães e peixes durante uma peregrinação com milhares de seguidores no deserto.

Bispo da Universal e genro de Edir Macedo, Renato Cardoso pede entrega de contribuições em cesto no púlpito do Templo de Salamão, da Universal
Bispo da Universal e genro de Edir Macedo, Renato Cardoso pede entrega de contribuições em cesto no púlpito do Templo de Salamão, da Universal - Reprodução/Igreja Universal no YouTube

"Aqui, dentro desse cesto [colocado no centro do púlpito do Templo de Salomão, sede da Universal, em São Paulo] está a sua palavra. A sua palavra não mudou. O que o Senhor fez no passado, faz hoje, e multiplica para todos aqueles que confiarem em ti [sic]", diz.

"Eu quero ouvir testemunhos, meu Pai, nesta semana ainda, de pessoas que colocaram no cesto o seu pão e peixe, a sua oferta, o seu desafio de fé, e o Senhor multiplicou."

Cardoso afirma que, mesmo para aqueles que estão sem emprego ou renda, ocorrerá um milagre caso depositem o que têm no cesto.

Na oração, o bispo menciona a situação de fiéis que não podem trabalhar. "Meu Deus, eu não posso trabalhar, minha renda foi cortada pelo governador", diz, em crítica aos chefes de Executivo que decretaram medidas restritivas.

Um pouco antes dessa passagem, ele menciona que o governo mandou fechar os templos e cessar cultos, mas que não iria ajudá-los a pagar as contas.

Logo em seguida, pede aos fiéis que paguem o dízimo —algo que, segundo ele, tinha sido prometido na semana anterior— e se preparem para fazer doações a partir daquele culto.

O cesto, com uma Bíblia no fundo, foi uma das ideias para manter a frequência nas igrejas e, assim, abrir caminho para o recebimento de doações fora do horário de cerimônias, que, em muitos casos, foram suspensas por causa da pandemia.

Bispo da Universal e genro de Edir Macedo, Renato Cardoso estimula a doação do auxílio emergencial como contribuição para cobrir custos da igreja​
Bispo da Universal e genro de Edir Macedo, Renato Cardoso estimula a doação do auxílio emergencial como contribuição para cobrir custos da igreja​- Reprodução/Igreja Universal no YouTube

Igrejas que apoiam Jair Bolsonaro pregam o fim da política de distanciamento imposta pelos governadores para resolver o problema da crise financeira, que, segundo seus dirigentes, ameaça a sobrevivência dos templos.

Nas redes sociais, pastores da Universal, da Igreja Internacional da Graça de Deus (fundada pelo missionário RR Soares) e da Associação Vitória em Cristo (de Silas Malafaia) pregam contra o distanciamento social, pedem dízimos, defendem o tratamento precoce contra a Covid com base na cloroquina e ivermectina (ambas sem eficácia comprovada), e contestam o efeito das vacinas.

Para aqueles que se contaminaram, orações e bênçãos enviadas a distância prometem a cura da moléstia.

Apesar das críticas dos pastores, os templos não ficaram desamparados na pandemia. No decreto que instituiu o estado de calamidade pública, Bolsonaro incluiu as igrejas como atividade essencial.

Nos estados, no entanto, governadores impuseram restrições de funcionamento e até proibiram os cultos.

Diferentemente do que afirmou o pastor da Universal, o governo também encontrou uma forma de ajudar financeiramente as entidades religiosas.

Durante a votação do Orçamento, o governo concordou em conceder perdão de dívidas tributárias —como contribuições previdenciárias, PIS e Cofins— que totalizaram R$ 1 bilhão, segundo um cálculo do ano passado feito pelo Ministério da Economia ao Congresso.

Bolsonaro, no entanto, não pode assumir oficialmente a autoria do benefício. Na ocasião, afirmou que teria de vetá-lo alegando que poderia passar por um processo de impeachment, por desrespeito à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e também à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). No entanto, pediu ao Congresso que derrubasse o veto.

Na Câmara, os vetos foram derrubados em uma votação em bloco com outros dispositivos que faziam parte de um acordo, como itens do pacote anticrime, da Lei de Falências e da LDO.

A proposta que beneficiou as entidades religiosas foi de autoria do deputado David Soares (DEM-SP) e inserida em um projeto de lei sobre a resolução de litígios com a União. Ele é filho do pastor RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, uma das devedoras.

Esse dinheiro poderia ajudar a reforçar o caixa da União, que, até o momento, já viu sair cerca de R$ 600 bilhões para tentar amenizar os impactos da pandemia na economia e na saúde.

Resultado do arrocho orçamentário, o governo resistiu em liberar uma nova rodada do auxílio emergencial e, quando soltou, reduziu o valor de R$ 600 para parcelas que variam de R$ 150 a R$ 375, dependendo da situação familiar de cada beneficiário.

Em um dos programas da igreja de RR Soares, o pastor Rogerio Postirgo aparece lançando uma bênção pela TV para aqueles que sofrem com doenças. Na sequência, passa a palavra a assistentes que recebem telefonemas e mensagens por email relatando milagres de cura.

A Covid ganhou espaço nobre no programa, o SOS da Fé. Segundo o pastor, até o fim de março, quase 35 mil fiéis contaminados tinham sido curados pelas bênçãos dos pastores.

Já Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, se posiciona nas redes sociais contra o distanciamento social, prática que se repete nos cultos da igreja desde o fim do ano passado.

No culto da virada do ano, em dezembro passado, o pastor Geziel Lima usou uma passagem do profeta bíblico Eliseu para conclamar os fiéis a não serem frouxos ou covardes.

No vídeo, ele afirmou que as notícias catastróficas sobre a segunda onda do coronavírus eram inventadas. Disse ainda que uma das intenções das narrativas exageradas sobre a pandemia era criar hospitais de campanha "para roubar dinheiro". Pediu para os obreiros —ajudantes do culto— hastearem uma bandeira do Brasil.

Terminou orando, repreendeu o "espírito da enfermidade" e citou uma passagem bíblica em que, para "quem pedir humildemente, Deus irá sanar a terra".

Além de ser contrário a políticas de lockdown, Malafaia defende o tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada no combate da Covid-19.

Em postagens e vídeos, ele também atacou as vacinas, especialmente as que são fabricadas pela China.

Apesar das orientações sanitárias nas postagens de divulgação dos cultos, é possível verificar nos vídeos de sua igreja aglomerações, principalmente nos momentos de avivamento —de reforço ou renovação da fé.

Desde o início, Malafaia tem sido um dos principais defensores da política do governo na pandemia. Para o pastor, Bolsonaro representa uma autoridade ungida por Deus, o que, segundo pesquisadores, explica o apoio da igreja ao presidente.

O levantamento dos vídeos e postagens em redes sociais das principais igrejas faz parte de uma pesquisa ainda não concluída do Intervozes, organização que monitora meios de comunicação e está presente em 15 estados e no Distrito Federal.

Coordenada por Olívia Bandeira, conta com outros especialistas que, desde o ano passado, se debruçaram sobre o material publicado na internet para avaliar o papel das instituições religiosas —especialmente aliadas de Bolsonaro— na pandemia.

"O pastor Malafaia, desde o início, foi partidário da imunidade de rebanho. Deixou isso bem claro em seus vídeos", diz Réia Sílvia Pereira, uma das pesquisadoras do projeto.

"Em suas igrejas, [Malafaia] estimula um ethos heróico, no qual os cristãos devem ser fortes e não temer a pandemia e devem rejeitar as medidas de restrição. Os argumentos que ele usa nos vídeos são replicados por Bolsonaro”, afirma.

"A Universal trabalha com a prática teológica da igreja de que o sacrifício doado na forma de dinheiro será recompensado por Deus. É uma comunicação com o divino, prática comum da igreja. Doe à igreja e será multiplicado."

À Folha Malafaia disse que exerce sua liberdade de expressão e apontou o que chama de contradições entre o discurso da OMS (Organização Mundial da Saúde) e a realidade praticada nos estados.

"Mesmo sem precisar ter isolamento, nos meus templos há distanciamento. Uma cadeira de distância", diz.

"Agora, por que precisa ter distanciamento em igreja e não tem em ônibus, avião ou metrô? Nos meus templos ninguém entra sem máscara, tem álcool em gel, medidor de temperatura, todas as medidas de segurança são tomadas."

O pastor afirma que as igrejas só ficaram três meses fechadas e os fiéis usaram os canais digitais de pagamento para fazer doações.

"Não tivemos perdas", diz. "E ainda deixamos as igrejas com cestas básicas para aqueles que necessitavam. Era só passar lá para retirar porque, como igreja, não podemos distribuir dinheiro. Ninguém passou fome."

Por meio da assessoria de imprensa, a Universal diz que "a fala do bispo [Cardoso] não visa estimular a 'doação do auxílio' emergencial, e sim levar as pessoas a não depender do mesmo".

A igreja explica que o estímulo é para que as pessoas acreditem em si mesmas, para não dependerem de benefícios.

A Universal diz ainda que "paga rigorosamente todos os tributos que são devidos e, assim, não se beneficiará da chamada anistia, porque não deve qualquer valor de CSLL, contribuição previdenciária nem de qualquer outro encargo legal".

​Procurada, a Igreja Internacional da Graça de Deus não havia respondido até a publicação desta reportagem.​

sábado, 5 de junho de 2021

Danilo Bifone criou o Muda Mooca para quebrar calçadas e plantar árvores, OESP

João Prata, O Estado de S.Paulo

05 de junho de 2021 | 14h00

Deu cupim? Se deu mal. O fundador do Muda Mooca, Danilo Bifone, ouviu essa resposta quando tentou cuidar de uma árvore pela primeira vez. Ele ainda era adolescente, final da década de 80. Mesmo antes do Google, ele descobriu que havia uma maneira de combater o inseto e, não só recuperou sua árvore, como decidiu dedicar sua vida a deixar a capital paulista mais verde. 

Danilo Bifone
Danilo Bifone quebra calçada para plantar uma árvore. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Há mais de 30 anos ele quebra calçadas, planta mudas, revitaliza áreas degradadas e ajuda os paulistanos a respirar melhor. A iniciativa atrai cada vez mais gente e já inspirou moradores de outras regiões a criar, por exemplo, o Muda Vila Leopoldina, Muda Ipiranga, Muda São Caetano, Muda Santo André e por aí vai. 

O projeto de arborizar São Paulo é só um hobby. Danilo é formado em Direito e trabalha como servidor público. Nos finais de semana é que tira o banco do passageiro do seu fusca 1983 e preenche com pá, britadeira, terra, adubo e outros instrumentos necessários para sua missão ambiental.

Passeia todo orgulhoso pela zona leste de São Paulo apontando para as espécies que plantou e enumera todos os benefícios que vai trazer para a região. "A árvore altera o microclima local. Na cidade de São Paulo há diferença de até dez graus entre regiões mais e menos arborizadas. É possível notar essa diferença comparando as temperaturas da Avenida Paulista e do Tremembé, por exemplo", conta.

E o discurso segue como um Fidel Castro do meio ambiente. "A árvore asperge ao seu redor cerca de 400 litros de água por dia. É água que sai do lençol freático e vai para o meio ambiente. É o mesmo princípio daqueles ventiladores em ambiente de grande circulação. As árvores convidam as pessoas a praticar atividade física. É muito agradável sair para caminhar sob a copa das árvores. Elas ajudam na saúde mental de uma cidade", acrescenta. 

Danilo Bifone Muda Mooca
Danilo segue manual técnico da prefeitura de SP para plantar. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Estadão acompanhou Danilo em um dia solitário de quebrar calçadas. Até o início da pandemia, ele promovia ações com mais gente, mobilizava os moradores da rua, oferecia diploma de plantador de árvore para as crianças. Mas o coronavírus atrapalhou a colaboração coletiva.

A lei é clara

Danilo segue os protocolos de saúde e também o manual técnico de arborização urbana, criado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Nele há especificações diversas, como deixar uma largura mínima de 1,20 metros de calçada para a passagem de pedestre. Também há critérios para cavar o "berço" onde será colocada a muda e ainda as espécies permitidas para arborizar São Paulo.

Danilo Bifone Muda Mooca
Danilo é o fundador do grupo de plantio Muda Mooca. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Em frente a uma clínica geriátrica, Danilo optou por um Ipê Amarelo, espécie de médio porte e crescimento lento. No manual da prefeitura não há impedimento para quem quer quebrar uma calçada para plantar uma árvore. Teoricamente, não seria necessário nem a autorização do morador da residência em frente. Por respeito, Danilo pede sempre a autorização dos vizinhos.

"É uma questão moral. Porque a gente aproveita e fala sobre todos os benefícios que uma árvore vai trazer para eles. A gente ensina como cuidar e tenta inspirar para que mais pessoas tenham atitude como essa. Porque se a pessoa não quiser e eu plantar escondido, quando virar as costas, essa pessoa vai lá e destrói a árvore."

Quando recebeu aquela resposta irônica, Danilo ainda nem pensava em estudar Direito e nada conhecia sobre a legislação do meio ambiente. Sem muita noção, tentou buscar ajuda para socorrer sua árvore em um Centro Acadêmico da Faculdade de Biologia da USP. "Achei na minha ingenuidade que centro acadêmico era o lugar que estariam os grandes cérebros da universidade. Mas só tinha um pessoal tomando cerveja e jogando truco."

Danilo Bifone Muda Mooca
Danilo ao lado dos moradores da clínica geriátrica, que autorizou o plantio. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Deixou a sala dos estudantes e encontrou pelos corredores com um professor. Este sim um especialista, que contou o que seria necessário para fazer a recuperação da árvore. Ainda convidou Danilo a participar de uma ação de plantio dentro da USP. 

Foi quando tudo começou. Ele saiu de lá, plantou no mesmo dia mais duas árvores na rua de sua casa e seguiu a missão. Fazia tudo à noite, com medo de ser reprimido. Ainda não existia internet e a ação envolvia um pequeno grupos de amigos. Um grupo que deu origem também a sua banda de rock chamada Os Ervas Daninhas. 

Danilo Bifone Muda Mooca
Danilo passeia com seu fusca em rua que ajudou a plantar todas as árvores. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

A música, como é possível acompanhar em alguns vídeos no Youtube, não é o forte de Danilo. Mas ele não liga para as críticas. Enquanto esmiralha o concreto, canta uma de suas letras: "O cimento rudimentar é a brecha pra germinar/ ela é a praga urbana / ressuscita de forma bacana."    

Além de procurar espaço para plantio nas calçadas, o bandlíder se preocupa também com a revitalização de espaços públicos. No início do ano passado, ele e mais uma centena de colaboradores conseguiram transformar um terreno baldio na Praça Daniel Bifone. O nome é uma homenagem ao pai de Danilo, que morreu quando ele tinha cinco anos. 

Praça Daniel Bifone Muda Mooca
Terreno com nascente de água possibilitou a construção de um lago. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Os ativistas descobriram que no terreno havia diversas nascentes de água e conseguiram autorização da Prefeitura para revitalizar. O projeto contou com investimento privado e ainda não terminou. Mas, diferentemente das calçadas, para revitalizar praças e parques é necessária autorização da Prefeitura. O local fica no Parque da Mooca. "Tiramos 12 caminhões de entulho. Já plantamos 200 árvores. O projeto é retomar os plantios e continuar as obras. A ideia é ter mais de mil árvores por aqui." 

"O Muda vem não só das mudas que a gente planta, mas de uma mudança de paradigma, uma mudança de pensamento em ter uma cidade sustentável saudável, saudável, com um ar que todos possam respirar. Uma cidade que todos vão poder se orgulhar em chamar de nossa."