quarta-feira, 23 de maio de 2018

Brasil passa a ser considerado livre de febre aftosa, OESP

Lu Aiko Otta, O Estado de S.Paulo
21 Maio 2018 | 05h00
BRASÍLIA - Enquanto trava dura batalha com os europeus, que restringiram as importações de frango e pescados, o Brasil recebe quinta-feira certificado de país livre da febre aftosa, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris. A aftosa é uma doença que ataca bovinos e outros animais de casco bipartido. Seu controle facilita a abertura de mercados para exportação.
“O novo status sanitário concedido por esta renomada organização representa o reconhecimento da vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em discurso ontem na cerimônia de abertura da 86ª assembleia da OIE. 
O certificado atestará que a febre aftosa está controlada em todo o território brasileiro, por meio da aplicação de vacinas. “Nosso novo grande desafio será enfrentar a etapa final do processo de erradicação da doença em nosso País e na América do Sul, ampliar nossas zonas livres sem vacinação e, em especial no Brasil, alcançar a condição de país livre da febre aftosa sem vacinação”, afirmou o ministro.
Para chegar a essa condição, reconheceu Maggi, é preciso avançar na prevenção, vigilância e resposta a emergências que venham a ocorrer. “Serão necessários muito mais investimentos no serviço veterinário”.
Maggi esteve na semana passada na China e iniciou conversas para vender outros produtos de origem bovina, como carne termicamente processada, cuja venda só será possível por causa do certificado a ser emitido pela OIE. Em reunião com a área da aduana que trata de controle sanitário, foi tratada a exportação de miúdos e carne com osso, além de outros itens como arroz, frutas e lácteos.
Uma missão técnica chinesa virá ao Brasil no fim de maio ou início de junho para vistoriar frigoríficos. A expectativa é que até 84 plantas sejam autorizadas e exportar para aquele país. Além disso, na semana passada o governo da Coreia do Sul anunciou que começará a importar carne suína do Brasil, um mercado potencial de US$ 1,5 bilhão.
Segundo Maggi, a pecuária representou Valor Bruto da Produção de R$ 175 bilhões em 2017. As exportações do complexo carne aumentaram 8,9%, somando US$ 15,5 bilhões. 
Restrições. Por outro lado, o controle brasileiro sobre a produção de proteína animal têm sido duramente questionado pela Europa. Na semana passada, a União Europeia bloqueou a compra de frango de 20 frigoríficos locais por suspeita de uso de laudos sanitários falsos. Também informou que vai descredenciar as plantas exportadoras de peixe. Nesse caso, porque as embarcações não atendem padrões exigidos pelo bloco.
“Isso não é implicância da UE”, disse o consultor Pedro de Camargo Neto, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira. “O problema é a lentidão do Brasil em mostrar sua sanidade.”
Ele observou que a operação Carne Fraca já tem mais de um ano, mas o País segue com fragilidades no controle sanitário. Por causa disso, os EUA fecharam seu mercado à carne bovina in natura e até hoje não retomaram suas importações.

Após política das ‘campeãs nacionais’, BNDES quer impulsionar as pequenas, OESP

Criticado pela estratégia de colocar muito dinheiro em poucas companhias para criar líderes setoriais, banco decidiu ampliar investimento em empresas em estágio inicial, por meio de fundos; mudança, no entanto, é complexa e deve levar anos

Renata Agostini e Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
07 Janeiro 2018 | 23h00
Disposto a deixar para trás a política das “campeãs nacionais”, por meio da qual colocou muito dinheiro em poucas empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer acelerar em 2018 investimentos em companhias em estágio inicial. Depois de casos considerados malsucedidos, como o da operadora Oi, criada para ser uma “supertele nacional” e que hoje está em recuperação judicial, a ideia do banco é dar mais espaço em sua carteira às “campeãs invisíveis”, como o BNDES vem chamando o grupo de pequenas empresas e de projetos de inovação financiados pela instituição.
O exemplo a ser seguido, segundo a diretoria do banco de fomento, é dos fundos Criatec, iniciados há dez anos para ajudar empresas de pequeno porte e startups a se viabilizarem no mercado. Os três fundos já lançados injetaram R$ 221,3 milhões em 67 empresas brasileiras. A cifra pode superar R$ 700 milhões nos próximos anos, considerando o orçamento já aprovado para os primeiros e o lançamento de um quarto fundo este ano – o edital será publicado em breve, diz o banco.
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Financiamentos do BNDES a pequenas empresas pode chegar a R$ 700 milhões nos próximos anos Foto: Fabio Motta/Estadão
Os aportes vêm crescendo ao longo do tempo. O fundo mais recente, de 2016, tem capital de R$ 217 milhões, mais que o dobro do primeiro, de 2007. E o plano é que o Criatec 4 tenha orçamento maior, diz o banco. Mas os valores são muito baixos se comparados aos bilhões colocados em grandes empresas via BNDESPar, o braço de participações do BNDES. Só a JBS, dos irmãos Batista, por exemplo, recebeu mais de R$ 8 bilhões. 
Por essa razão, mudar o perfil da carteira de investimentos será um processo complexo e que levará anos para ocorrer, segundo integrantes da cúpula do banco. O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, diz que pretende incrementar neste primeiro semestre a venda de participações acionárias detidas pela BNDESPar e usar os recursos para fomentar fundos aos moldes dos Criatecs.
Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, o foco do BNDES em empresas em estágio inicial é exatamente o que se espera de um banco de fomento. Forte crítico da política das campeãs nacionais, Lazzarini lembra que o BNDES injetou nos últimos anos, por meio de seu braço de participações, quase R$ 16 bilhões em somente quatro companhias. “Essas empresas precisariam do BNDES? Temos a Ambev, que é referência internacional e se financiou no mercado.”
Os números do banco mostram essa concentração em grandes empresas. Dos R$ 66,3 bilhões em investimentos em renda variável feitos pelo BNDES de 2007 para cá – sendo R$ 45 bilhões via participação acionária e R$ 18 bilhões via debêntures –, só R$ 3,3 bilhões foram feitos por meio de fundos como Criatec e outros com foco em educação e meio ambiente.
Como envolvem volumes altos e dependem das condições do mercado e do momento das empresas, as vendas de participações não podem ser feitas de forma apressada para que não haja prejuízo ao BNDES, afirmam técnicos do banco. Potenciais compradores podem tentar descontos agressivos caso sintam que há pressa. Ou as ações na Bolsa podem estar em momento de baixa.

Outro empecilho para a transformação do portfólio é encontrar com rapidez um número expressivo de projetos inovadores para receber o dinheiro que hoje está nessas grandes companhias. Para aplicar os mesmos R$ 2,2 bilhões investidos na Fibria ou o R$ 1 bilhão que recebeu a Odebrecht Transport, por exemplo, será preciso achar dezenas de companhias. 
Parceiros. Para apressar a mudança, o BNDES pretende contar com ajuda do setor privado. Nos Criatecs, instituições são selecionadas para fazer a gestão e há investidores privados atuando em conjunto com o banco na capitalização dos fundos. Nos investimentos feitos diretamente em grandes empresas, é o banco que analisa, aprova e injeta os recursos.
O edital dos Criatecs exige a montagem de equipes em seis regiões do País, o que leva os fundos a buscarem oportunidades fora do eixo Rio-São Paulo. De acordo com Felipe Borsato da Silva, do departamento de investimento em fundos do BNDES, já foram analisadas mais de 1,8 mil propostas.
Além de mudar a forma de investir e diluir o risco – os aportes deixariam de ficar concentrados em poucas apostas –, o BNDES tenta dar musculatura a um setor ainda incipiente no País, o dos fundos de capital semente e de venture capital. A lógica é oferecer dinheiro a companhias em estágio inicial – que não possuem garantias para conseguir financiamentos bancários – em troca de ações, apostando que elas valerão muito mais anos à frente.
Como regra geral, um terço das empresas selecionadas dá errado, outro terço se desenvolve, mas traz retorno muito baixo, e o terço restante dá tão certo que o resultado compensa a frustração com as demais, explica Gustavo Junqueira, diretor da Inseed, cogestora do Criatec 1 e responsável pelo Criatec 3. 
“A grande sacada do BNDES foi identificar que havia esse espaço vazio e era preciso criar um caso de sucesso porque aí o mercado viria atrás. Isso começa a acontecer”, diz Junqueira.
O primeiro Criatec teve capital de R$ 100 milhões, sendo 80% do banco estatal – o outro parceiro foi o Banco do Nordeste. Nove anos depois, no Criatec 3, o BNDES pôde entrar com 59%, já que outros 11 investidores aderiram – entre eles, um privado e três pessoas físicas.
Ações na Bolsa. Para chegar ao retorno esperado no fundo, os gestores dos Criatecs podem escolher diferentes formas de sair das companhias investidas. A mais comum é a venda para uma empresa rival no mercado em que as investidas atuam ou para outro investidor. Mas há o caminho da Bolsa.
O plano da Bozano Investimentos, responsável pela gestão do Criatec 2, é viabilizar a abertura de capital de empresas do portfólio ou estruturar o lançamento de ações do próprio fundo na B3 (a Bolsa de São Paulo). “Tomaremos a decisão ainda neste ano. Se nada de anormal ocorrer nas eleições, projetamos fazer o IPO (abertura de capital) em 2019 ou 2020”, afirma Fernando Wagner da Silva, sócio da Bozano e gestor do fundo.
Criado em 2013, o Criatec 2 está ainda na fase de investimento. A meta é chegar a 36 empresas, mas hoje já há 34 aprovadas. Por essa razão, a Bozano acredita que reunirá até 42 companhias em seu portfólio ao final deste ano.
O prazo mandatório para a saída do capital das companhias escolhidas só expirará em 2023. Até lá, o trabalho é ajudar na gestão das empresas para que elas cresçam e possam ser vendidas na Bolsa ou a terceiros pelo melhor preço possível, diz Silva.

terça-feira, 22 de maio de 2018

A falta e o excesso de remédios, Unicamp

Parece corriqueiro falar em automedicação, falta de adesão a tratamento medicamentoso, mas esta conversa ainda tão atual e necessária, principalmente na era da internet, levou o Ministério da Saúde a instituir 5 de maio como o Dia do Uso Racional de Medicamentos. Na Unicamp, a Campanha para Uso Racional de Medicamentos tornou-se projeto de extensão da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), dentro do projeto PET GraduaSUS do Ministério da Saúde, com o objetivo de orientar pessoalmente a comunidade interna e externa à Universidade sobre a forma correta de lidar com remédios a exemplo do que ocorreu no dia 4 de maio, na rampa do Hospital de Clínicas (HC).

Foto: Scarpa
A professora da FCF e coordenadora da campanha, Taís Galvão

Além de reduzir os riscos relacionados ao mau uso, a campanha tem como objetivo aproximar alunos de graduação de pacientes da rede pública de saúde, de acordo com a professora da FCF e coordenadora associada do projeto na Unicamp, Karina Müller. “Se o paciente não tomar remédios de forma adequada, nos horários corretos, não tomar a dose correta ou ingerir medicamentos que tenham interação, pode prejudicar um tratamento. Então, como farmacêuticos, temos este papel de orientação que é papel da atenção farmacêutica.”
Em lugar estratégico, a rampa por onde circulam a população externa e também da própria Unicamp, alunos e professores transmitiram orientações após aferição de pressão arterial e exame de glicemia. Alguns pacientes levaram receitas e medicamentos para que os farmacêuticos e estudantes ajudassem na compreensão da terapia. Apesar da eficiência de campanhas visuais, a ação presencial promove resultados mais eficazes tanto para a sociedade quanto para os pesquisadores e alunos, segundo a professora da FCF e coordenadora da campanha, Taís Galvão. “Nosso objetivo é trazer a campanha do PET Gradua SUS para a comunidade atendida no Hospital de Clínicas da Unicamp, que é composta não somente por pacientes, mas por acompanhantes, e também focar a comunidade nossa interna da Unicamp, funcionários, profissionais que muitas vezes também deixam seu cuidado de lado.”

Foto: Scarpa
A coordenadora associada do projeto na Unicamp, Karina Müller

O projeto de extensão é importante para a formação profissional, na opinião da aluna do quinto ano de farmácia Luisa von Zuben. “É o segundo ano que participo da campanha de uso racional aqui no HC. É muito legal porque a gente consegue pegá-los na rotina da vinda ao hospital, e eles se interessam muito em fazer os exames e conversar sobre sua medicação. Isso também é muito legal para a gente ver que nosso trabalho tem valor para eles também. É o ‘empoderamento’ como aluno mesmo. Oportunidade que recomendo a todos os meus colegas, calouros.” 

Foto: Scarpa
A aluna Luisa von Zuben: importância na formação profissional

A campanha não é momentânea, pois diariamente a FCF desenvolve pesquisas relacionadas ao tema, além da formação de profissionais. “Considero que esta ação de hoje está trazendo uma experiência extremamente rica a nossos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, trabalhando em conjunto com as unidades de assistência básica. Isso vai permitir uma  formação para, no futuro, conseguir diminuir a demanda de pacientes no SUS justamente porque eles terão uma orientação correta de como utilizar seus medicamentos”, avalia a coordenadora de extensão da FCF, professora Mary Ann Fóglio.
Hábito comum, o compartilhamento de remédios sem receita em vez de curar um mal-estar pode ter consequências sérias para a saúde. Os riscos de um tratamento malsucedido podem estar associados à falta de atenção às prescrições e à falta de adesão à terapia proposta pelo médico. Depois de passar por transtornos com tratamento contínuo, a camareira do HC Ana Maria Anhuci está mais atenta às recomendações, interações medicamentosas e a não seguir a prescrição do vizinho. “Muitas vezes, a gente ouve falar: ‘tô com probleminha’. E a gente fala para tomar um medicamento. Isso não é correto. O correto é sempre ter uma orientação médica específica. Bom, às vezes a gente dá uma furadinha, mas nessa furadinha, a gente pode se complicar.”

Foto: Scarpa
A coordenadora de extensão da FCF, professora Mary Ann Fóglio

A coordenadora de graduação da FCF, Priscila Gava Mazzola, dá orientações práticas sobre como evitar riscos. “Recebendo a prescrição, os cuidados são: observar os horários de uso, não esquecer de tomar os medicamentos. Em caso de esquecimento, consultar a bula do medicamento para ver o que fazer. Na hora de comprar o medicamento, comprar um medicamento que esteja dentro da validade. Mas o principal é sempre ter atenção à maneira como vai consumir este medicamento. Se vai tomar junto com as refeições, separado das refeições, se tem que tomar e ficar em jejum por um período... ou se tem de tomar imediatamente após o consumo de algum alimento.”
E em caso de reação, a professora da FCF Patrícia Moriel reforça que a principal orientação é procurar ajuda profissional. “Primeiro, temos que saber se realmente é uma reação adversa a este medicamento. Reação adversa é quando você tem algum sintoma, mas se você tomou certinho o medicamento, agora quando você toma uma dose a mais, pode ser uma intoxicação, então sempre procurar o farmacêutico ou o médico. Normalmente, recomendamos ir ao médico; ver se necessita de troca de medicação, para ter uma avaliação mais aprofundada deste sintoma.”
O fato de as campanhas direcionarem o foco ao paciente, a responsabilidade de uso incorreto de medicamentos nem sempre deve ser atribuída a ele, na opinião de Taís. “Muitas vezes, damos um excesso de responsabilidade para este paciente, mas tem coisas que deveriam estar funcionando melhor para que este uso de medicamentos fosse mais racional possível. Desde uma regulação com medicamentos, com registro de medicamentos seguros, medicamentos que tiveram comprovação de que funcionam baseados em pesquisas científicas, e também na regulação do preço, porque muitas vezes vemos preços abusivos.”
Segundo a cardiologista Patrícia Leme, coordenadora do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) da Unicamp, a probabilidade de o paciente abandonar o tratamento é menor se a receita for bem explicada, bem como a função e a importância de cada medicamento. Em caso de pacientes com dificuldade de compreensão, Patrícia chega a desenhar nas caixas de remédio, principalmente se a receita contém muitos medicamentos, como acontece em tratamentos de doenças cardiológicas. “Quando o tratamento não apresenta resultados positivos, peço para o paciente trazer os remédios e me mostrar como está tomando. É importante que pacientes idosos ou com dificuldade de compreensão sejam acompanhados pela família.”
Mary Ann, enfatiza que projetos como esta campanha trazem benefícios tanto para a sociedade quanto aos alunos. “Ações como a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) está fazendo de divulgar esse tipo de ação junto à assistência básica é extremamente importante para alertar a sociedade da importância de utilizar corretamente os medicamentos, de não fazer mau uso e não abusar, porque altas doses podem, ao invés de tratar, intoxicar. Então esta parceria da Universidade para divulgar estes trabalhos de extensão é extremamente importante.”


Campanha tem aprovação de pacientes, acompanhantes e funcionários

A ação realizada em 4 de maio foi aprovada por pacientes como o estudante Pedro, de 12 anos, que faz tratamento contínuo para controle de ansiedade no HC. Em plena adolescência, ele defende a responsabilidade com as determinações feitas pelo médico ao emitir uma receita. “Se está em dúvida, pergunte ao seu farmacêutico ou médico e pergunte a dúvida que você tem sobre este remédio que o médico passou”, respondeu ao ser entrevistado sobre o que aprendeu na campanha. Depois de ter passado mal por ingerir medicamento vencido, Pedro afirma ter responsabilidade com os medicamentos diários, seguindo à risca os horários recomendados.
Ana Maria Anhuci explica que, em seu caso, a receita era seguida à risca, e a medicação foi substituída depois de ter complicações no sistema hepático. Em vez de abandonar o tratamento, ela procurou imediatamente o médico, mas não é bem o que acontece em grande parte dos pacientes. “Deu alteração, febre, calafrios e com isso eu tive que passar pelo médico, teve um transtorno de mudar medicamentos, fazer novos exames.”
Cleia Moreira Garcia acompanha diariamente um paciente com câncer e aproveitou a espera para fazer aferição de pressão arterial, exame de glicemia e apenas se certificar de que age de forma consciente. “Eu particularmente não tomo muita medicação sem orientação médica. Normalmente, eu consulto um médico e procuro tomar o que ele recomenda. Porque já houve casos graves de outros problemas na família por causa de automedicação. Então, consulto anualmente um médico e procuro seguir à risca.”
Cleia também se surpreendeu com informações sobre o descarte consciente. “Hoje observei algo interessante aqui: que existem vários pontos de coletas. As pessoas não sabem desses pontos de coleta. Eles me orientaram a levar sempre nos postos de saúde ou nas farmácias onde existe este descarte. Porque eu não tinha pensado no meio ambiente. Eu pensava sempre no descarte por causa de outras pessoas consumirem”.

Veja o vídeo sobre a campanha