sábado, 16 de setembro de 2017

BNDES nas eleições, Adriana Fernandes, OESP


O BNDES cresceu mais do que o BID e agora está diminuindo a fórceps

Adriana Fernandes*, O Estado de S.Paulo
16 Setembro 2017 | 05h00
É simbólica a coincidência da derrocada da JBS, com a prisão dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e do pedido do governo para que o BNDES devolva antecipadamente mais R$ 180 bilhões de empréstimos repassados pelo Tesouro durante os governos Lula e Dilma Rousseff.
Os dois fatos – um econômico e o outro policial – representam a falência de um modelo de estímulo a grupos empresariais escolhidos por Brasília e que serviram para alimentar apoio e caixa de propinas a políticos e partidos.
O BNDES cresceu mais do que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e agora está diminuindo a fórceps por inúmeras razões. Sem dúvida, uma delas é o impacto negativo no banco dos desdobramentos a cada dia mais surpreendentes da operação Lava Jato.
Para os aliados políticos do presidente Michel Temer seria muito melhor que o caixa do BNDES estivesse bem recheado de dinheiro para emprestar em 2018 – ano de eleições e de expectativa de retomada de investimentos.
O próprio presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, é apontado como pré-candidato, embora oficialmente negue. Rabello resiste a devolver o dinheiro e tenta alternativas que não estão sendo aceitas pelo governo. Para muitos, discursa para a sua plateia política e também do banco contrária a um BNDES mais enxuto e menos poderoso.
O problema é que no meio do caminho apareceu mais um risco fiscal que até agora não estava na mesa e que reflete os déficits crescentes nas contas do governo. O descumprimento de uma exigência orçamentária muito simples que consta na Constituição: a regra de ouro. Ela proíbe o Tesouro de se financiar (emitir dívida) para bancar despesas de custeio do governo. Só é permitido emitir dívida para o refinanciamento da própria dívida ou para despesas de investimento. Na proposta de Orçamento, o governo precisa comprovar a fonte de financiamento dessa regra.
O risco de descumprimento da regra de ouro em 2017 e também em 2018 existe e não é blefe da equipe econômica. Pode servir, numa situação extrema, de argumento para o pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O governo é obrigado a cumprir.
Para evitar sobressaltos, o governo pediu a devolução de R$ 50 bilhões em 2017 e R$ 130 bilhões no ano que vem. A outra saída é o governo “inflar” fontes de financiamento para se enquadrar na regra de ouro – uma saída também muito arriscada.
Sem a restituição do dinheiro do empréstimo do Tesouro feito ao BNDES, o governo não tem como cumprir a regra de ouro. Por isso, o mais provável é que o banco acabe sendo obrigado a ceder à pressão. A briga promete.
Descolamento. Na primeira denúncia contra Michel Temer, a maioria dos líderes da base aliada usou a estabilidade econômica como principal motivo para votar pela manutenção do presidente no cargo. Agora, na segunda denúncia, apresentada esta semana, já falam que a percepção pode ser diferente – ao contrário do que vende o Palácio do Planalto.
Líderes já avisaram que estão avaliando a intensidade com que uma eventual saída de Temer afetará a economia brasileira.
Há uma percepção entre eles de que a economia pode se descolar da política e continuar crescendo, mesmo com a saída do presidente. Lembram que, mesmo com as acusações fortes contra Temer na Lava Jato, a economia continua reagindo. Eles ressaltam que é preciso “sentir” se essa percepção se confirmará no mercado.
Se ela prevalecer, avaliam que podem votar a favor da aceitação da denúncia. Dessa forma, não sofreriam o desgaste político de votar pela permanência de Temer em meio a uma sequência de graves denúncias.
*É JORNALISTA DO BROADCAST

Alckmin reage a protesto de deputado e diz que salário de parlamentar é uma 'vergonha'





Governador de São Paulo elevou tom de voz e discutiu com deputado durante entrega de viaturas da PM em São Carlos; parlamentar cobrou reajuste de servidores










Renne Moreira e Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo
16 Setembro 2017 | 15h38
SÃO CARLOS - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez neste sábado, 16, um discurso exaltado após ser alvo de um protesto do deputado federal Major Olímpio (SD) em São Carlos, no interior de São Paulo. Durante o discurso do tucano em um evento de entrega de 197 viaturas para a Polícia Militar, Olímpio usou um microfone e uma caixa de som para puxar palavras de ordem contra o governador e reivindicar aumento para os policiais civis e militares.
Olímpio gritou durante a fala do tucano: “Cadê o salário da polícia?”. Um pequeno grupo de manifestantes, a maior formada por integrantes da Apeoesp, protestou contra o governador, que estava acompanhado do secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.



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Alckmin se exalta em discurso após protesto de deputado

Com a intervenção do parlamentar, Alckmin também reagiu aos gritos:  “Quem aqui ganha R$ 50 mil do povo de São Paulo? Você devia ter vergonha deputado. Vergonha! Ele que grita é que ganha R$ 50 mil do povo”, afirmou o governador ao microfone. Alckmin justificou sua reação: “É ele que está gritando!”. Em seu discurso, Alckmin disse que vai reajustar os salários do servidores civis e militares.
Depois da confusão, o governador tentou aparentar calma, tirou fotos com as pessoas e conversou com a imprensa, mas sem entrar no tema. Antes, já havia rebatido as críticas, alegando que tem investido na segurança pública. 


Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Segundo Olímpio, o salário inicial de um PM hoje é  de R$ 2.900. “Faz quatro anos que não dão nem o aumento da revisão constitucional”, disse o deputado ao Estado. Sobre o discurso de Alckmin, Olímpio disse ter ficado “surpreso” com o tom do tucano ao microfone. “Alckmin mostrou o desespero dele, é falta de argumento me chamar de marajá. E ainda usou meu bordão ao dizer 'vergonha'.” 
O parlamentar disse que recebe uma aposentadoria de major da PM de R$ 13mil, além do salário de deputado federal – cerca de R$ 33 mil.

Sabesp : fato relevante

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo : FATO RELEVANTE

SÃO PAULO, 15 de setembro de 2017 /PRNewswire/ — A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp (“Companhia” ou “Sabesp”), em atendimento ao disposto no artigo 157, §4º da Lei nº 6.404/76 e às disposições da Instrução CVM nº 358/02 e, em continuidade ao Fato Relevante divulgado no dia 5 de setembro de 2017 – “Aprovação do Projeto de Lei Estadual nº 659 de 2017 – Reorganização Societária da Sabesp”, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que na presente data, ocorreu a sanção pelo Governador do Estado de São Paulo do Projeto de Lei Estadual nº 659 de 2017, tornando –o  em Lei Estadual nº 16.525 de 2017.
Cumpre-se com esta sanção mais um passo necessário e importante no processo de uma possível capitalização da Sabesp.
A Lei Estatual nº 16.525 de 2017 estará disponível no site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e será publicada no DOE (Diário Oficial do Estado de São Paulo) e, posteriormente, será disponibilizada em www.sabesp.com.br/investidores.
A Companhia manterá o mercado informado a respeito dos desdobramentos do assunto objeto deste Fato Relevante.
Contatos de RI:Mario Arruda Sampaio – (55 11) 3388-8664 (maasampaio@sabesp.com.br
Angela Beatriz Airoldi – (55 11) 3388-8793 (abairoldi@sabesp.com.br)
FONTE Companhia de Saneamento Basico do Estado de Sao Paulo – SABESP