Fonte: Procel Info - 29.06.2016
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Por Luiz Carlos Lopes Júnior *
São Paulo - A chegada do inverno nem sempre significa uma redução na fatura de energia. Na busca por comodidade e conforto é preciso ficar atento para que o chuveiro e o aquecedor elétrico não tenham o mesmo impacto, ou até maior, no orçamento doméstico que o ar-condicionado no verão. Para se ter uma ideia, o chuveiro representa 30% do consumo de energia de uma residência no frio, enquanto o ar-condicionado equivale a 18% no verão. Seja ligando aquecedores, tomando banhos mais quentes e longos, acionando máquinas de secar roupas, a surpresa pode acabar sendo desagradável na conta de energia. O uso de eletrodomésticos sem o devido cuidado contribui para que haja um aumento perceptível no consumo de energia. Então, para que a conta não fique “amarga”, é preciso estar disposto a mudar pequenos hábitos sem perder o conforto e a qualidade de vida. Assim como o ar condicionado no calor, o chuveiro elétrico é o principal responsável pelos gastos no frio, tanto de energia quanto de água. Ao utilizá-lo no modo “inverno”, o acréscimo no consumo é de até 75% em relação ao modo “verão”. Segundo estima a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), um banho quente com 30 minutos de duração consome de 2 a 3 kWh (quilowatts-hora), o que equivale a aproximadamente 79 kWh no mês. Como o valor médio da tarifa residencial (tarifa B1) em São Paulo é de R$ 0,46 por quilowatts-hora, esse banho significa um custo mensal de R$ 36,34. No caso do chuveiro, a economia passa pela mudança dos hábitos e pela procura por equipamentos mais eficientes. Mudança de habito significa tomar banhos mais curtos ou em horários do dia em que a temperatura esteja mais quente, como durante a tarde, por exemplo. Outra formar é usar o chuveiro em conjunto com equipamentos que usem energia alternativa para pré-aquecer a água, como aquecedores solares ou trocadores de calor - que aquece a água usando o calor gerado pela mesma. O uso de modelos de duchas eletrônicas, que permitem uma regulagem mais apurada da temperatura, também determinam gastos menores no consumo de energia. Na hora de comprar um aparelho, procure informações e instale chuveiros com resistências de menor potência, uma vez que isso reduz o consumo e sem que haja perda sensível na qualidade do banho. Mas a forma mais prática de economizar é mesmo reduzir ao máximo o tempo de uso do chuveiro elétrico. Dessa forma, é possível alcançar uma despesa menor com a energia e diminuir o consumo de água. Ao tomar um banho de 15 minutos, utiliza-se aproximadamente 135 litros de água. O simples ato de fechar o registro para se ensaboar diminuição o uso de água para 45 litros, o que significativa menos 33% na conta de água. Por funcionar 24 horas por dia todos os dias, as geladeiras são responsáveis por uma parcela importante do consumo de energia em uma residência, embora haja uma redução significativa no inverno. Nesse caso, o conselho é evitar abrir e fechar a porta do eletrodoméstico desnecessariamente e não deixar o aparelho próximo a equipamentos que produzam calor, como fogão. Outra dica importante é reduzir o termostato para a potência mínima, aproveitando-se da menor temperatura do ambiente para manter o interior da geladeira refrigerado. Outros conselhos úteis são não acumular gelo e só ligar o freezer em ocasiões especiais, como festas ou churrascos. Outra forma de gastar menos energia é comprar aparelhos elétricos identificados com o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Produtos classificados como "A" pela Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), do Inmetro, possuem uma maior eficiência energética, ou seja, consomem menos energia que as que indicam notas D ou E. Outro equipamento dispendioso é o aquecedor elétrico. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou aparelhos (irradiador, gabinete, a óleo e splint) de nove marcas, sendo 21 modelos no total, e concluiu que utilizam muita energia. Um aquecedor ligado por oito horas ao dia durante duas semanas pode gerar um impacto de mais de R$ 95 na conta. Embora pequenas, as lâmpadas dispendem uma quantidade razoável de energia e representam em torno de 17% do consumo de energia no inverno. Opte pelos modelos LED, que possuem potência 90% menor que as incandescentes e produzem a mesma luminosidade, e evite deixar as luzes acesas, aproveitando a luz do sol. As secadoras de roupa podem acrescer entre 120 a 150 kWh por mês, na conta de energia, quando utilizadas uma vez por dia. O frio também contribui para que a máquina de lavar roupa seja mais acionada. Ela emprega mensalmente de 3,15 a 6,30 kWh, quando ligada duas vezes por semana. E cuidado com o uso do ferro elétrico, que utiliza tanta energia quanto uma TV, um micro-ondas ou um computador. Por usar água quente, a lavadora de louças gasta muito mais do que uma máquina de lavar roupa convencional. A dica aqui é procurar acumular roupa para lavar, secar e passar e usar a lavadora de louças com moderação. A CPFL Energia, por meio de seu Programa de Eficiência Energética, tem contribuído para reduzir o valor da conta de luz da população carente e do poder público. O programa desenvolve projetos junto às comunidades e órgãos públicos voltados para o uso racional de energia e de equipamentos eficientes, contribuindo para a preservação dos recursos naturais. Entre outras ações o programa promove: a instalação de aquecedores solares e chuveiros eficientes, a troca de geladeiras e a doação de lâmpadas, além de regularização de ligações clandestinas com doações de padrões internos de energia (“postinho”) para clientes residenciais de baixo poder aquisitivo, com Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). * Luiz Carlos Lopes Júnior é Gerente de Eficiência Energética da CPFL Energia |
quinta-feira, 30 de junho de 2016
29.06.16 | Artigo: Conforto no frio sem aumentar o consumo de energia
terça-feira, 28 de junho de 2016
Chá verde reduz drasticamente a perda de albumina em diabéticos
22 de junho de 2016
José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Estudo realizado em humanos demonstrou o efeito positivo do chá verde na melhora da nefropatia causada por diabetes. Artigo a respeito acaba de ser publicado na revista on-line Scientific Reports, do grupo Nature: “The use of green tea polyphenols for treating residual albuminuria in diabetic nephropathy: A double-blind randomised clinical trial”.A pesquisa foi realizada pela doutoranda Cynthia Borges e liderada pelo médico José Butori Lopes de Faria, professor titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do projeto temático “Efeitos do chá verde (Camellia sinensis), do cacau e de um doador de óxido nítrico na nefropatia e retinopatia diabética: papel da redução do estresse oxidativo e da inflamação e do aumento do óxido nítrico”, apoiado pela FAPESP.
Reportagem sobre esse projeto, enfocando pesquisas com modelos animais (camundongos e ratos) e culturas de células (de camundongos e humanas), havia sido publicada na Agência FAPESP em novembro de 2015. O novo estudo, realizado in vivo em indivíduos com diabetes, corroborou amplamente os resultados.
“Realizamos um ensaio clínico com 42 pacientes diabéticos, portadores de doença renal secundária ao diabetes, todos eles recebendo o melhor tratamento disponível, incluindo dose máxima de bloqueador do sistema renina-angiotensina [este último é considerado o padrão ouro para o tratamento da doença renal associada ao diabetes]. Metade dos integrantes do grupo recebeu extrato de chá verde e metade recebeu placebo. O grupo que recebeu o extrato de chá verde teve uma redução de 41% na albuminúria [perda da proteína albumina por meio da urina], ao passo que o grupo que recebeu placebo teve um aumento de 3%”, relatou Faria à Agência FAPESP.
O ensaio foi do tipo randomizado [isto é, a seleção para integrar um ou outro subgrupo se deu ao acaso] e duplo-cego [isto é, nem os pacientes nem os pesquisadores sabiam quem estavam recebendo chá verde e quem estava recebendo placebo]. “Mantida a medicação para todos os pacientes, os que receberam chá verde consumiram, diariamente, durante 12 semanas, uma quantidade de extrato que continha 800 miligramas de epigalocatequina-galato, um polifenol que constitui o principal princípio ativo do produto. Essa dose, que equivale a três xícaras de chá, já havia sido utilizada em um estudo com pacientes com câncer e se mostrado segura”, informou o pesquisador.
É normal eliminar albumina na urina. Mas isso ocorre em quantidades muito pequenas, de até 30 miligramas por dia. Os pacientes selecionados para o ensaio, porém, eliminavam quantidades muito superiores, apesar do tratamento medicamentoso. Este foi, aliás, um critério adotado para sua seleção. “Essa albumina provém do sangue do indivíduo. O sangue passa pelos rins originando o que chamamos de ‘ultrafiltrado’, e é esse ‘ultrafiltrado’ que, depois de sofrer algumas transformações, dá origem à urina. No ‘ultrafiltrado’ de uma pessoa normal, a quantidade de albumina é muito baixa. Porém no paciente com doença renal em decorrência do diabetes ela se torna bem maior”, disse Faria.
“Nós já havíamos demonstrado, nos estudos em modelos animais e em culturas de células, que essa perda acentuada de albumina se deve à destruição de podócitos, as células que formam a barreira que restringe a passagem de proteínas do sangue para a urina. É a perda da função dos podócitos que faz aumentar a quantidade de albumina na urina. No presente estudo, demonstramos também que o plasma de pacientes diabéticos e com doença renal era capaz de induzir a morte de podócitos humanos in vitro. E que, nessa condição, a epigalocatequina-galato conseguia prevenir a morte de tais células. Essas observações sugerem que o efeito benéfico do chá verde nos pacientes diabéticos tenha ocorrido por redução na morte dos podócitos”, explicou o pesquisador.
“Nosso estudo foi realizado com um grupo pequeno de indivíduos. É preciso reproduzi-lo em um grupo maior, com mais tempo de acompanhamento. De qualquer forma, o resultado obtido é bastante expressivo e promissor. Finalmente, vale ainda ressaltar que os efeitos colaterais do extrato de chá verde foram mínimos e não diferiram dos efeitos colaterais observados no grupo placebo”, finalizou o pesquisador.
Boca livre que nós pagamos, diz ministro da Justiça sobre casamento custeado com Lei Rouanet
Operação Boca Livre
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
28/06/2016, 11h02
10
Casamento do filho do empresário Antonio
Carlos Bellini Amorim, do Grupo Bellini, em Jurerê Internacional em 25
de maio deste ano, seria um dos eventos bancados com verbas da
legislação
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta
terça-feira, 28, que o problema não é a Lei Rouanet, mas sim na
‘ausência de mecanismos preventivos’. A Polícia Federal e a
Controladoria-Geral da União deflagraram nesta manhã a Operação Boca
Livre contra fraudes de R$ 180 milhões na Lei Rouanet.Segundo as investigações, os recursos públicos oriundos da legislação pagaram festas de empresas e até festas de casamentos.
“Nós vimos a gravação de um vídeo do casamento, uma festa boca livre que nós pagamos. No meu casamento, eu paguei. Por sinal, fiquei pagando 1 ano ainda. No casamento desse senhor que pagou com a Lei Rouanet foi um hotel 5 estrelas em Florianópolis com direito a vídeo gravado. Nós achamos que tivesse sido contratados modelos para fazer o vídeo. Eram os convidados mesmo, champanhe sendo aberto e isso com a Lei Rouanet”, declarou.
A investigação cita o Ministério da Cultura, as empresas Bellini Eventos Culturais, Scania, KPMG e o escritório de advocacia Demarest, Roldão, Intermedica Notre Dame, Laboratório Cristalia, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil.
O casamento do filho do empresário Antonio Carlos Bellini Amorim, do Grupo Bellini, em Jurerê Internacional em 25 de maio deste ano, seria um dos eventos bancados com verbas da Lei Rouanet. Em dois vídeos sobre o evento, divulgados em redes sociais, um no dia anterior ao casamento e outro na cerimônia, é possível ver os convidados com taças de bebidas, taças de bebidas caras e muita comemoração.
Lei Rouanet foi criada no governo Fernando Collor (PTC/AL), em 1991. A legislação permite a captação de recursos para projetos culturais ppr meio de incentivos fiscais para empresas e pessoas físicas. Na prática, por exemplo, a Lei Rouanet permite que uma empresa privada direcione parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura para receber recursos.
Para Alexandre de Moraes, o problema não é a legislação.
“O problema é a ausência de mecanismos preventivos de eficácia para verificar a liberação do dinheiro, a fiscalização, a efetiva utilização desse dinheiro. O que não é possível é que empresas fizessem não só casamentos, mas também festas de final de ano contratando artistas com dinheiro da Lei Rouanet”, afirmou.
COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA CULTURA:
“As investigações para apuração de utilização fraudulenta da Lei Rouanet têm o apoio integral do Ministério da Cultura (MinC), que se coloca à disposição para contribuir com todas as iniciativas no sentido de assegurar que a legislação seja efetivamente utilizada para o objetivo a que se presta, qual seja, fomentar a produção cultural do País.”
COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO DEMAREST
NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO
O escritório Demarest Advogados vem a público prestar esclarecimento sobre a “Operação Boca Livre” da Polícia Federal, que nesta manhã esteve em seu escritório em São Paulo.
O objetivo da visita foi a solicitação de documentos e informações relacionados a empresas de marketing de eventos que prestaram serviços ao escritório no âmbito da Lei Rouanet. Tais empresas são alvo da operação. O escritório enfatiza que não cometeu qualquer irregularidade, e informa que colaborou e continuará a colaborar com a investigação.
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