domingo, 19 de junho de 2016

Sei lá, Mangueira - Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho

Vista assim do alto,
Mais parece o céu no chão.
Sei lá,
Em Mangueira a poesia
feito o mar se alastrou,
E a beleza do lugar...
Pra se entender, tem que se achar,
que a vida não é só isso que se vê,
é um pouco mais.
Que os olhos não conseguem perceber,
E as mãos, não ousam tocar,
E os pés, recusam pisar.

Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá...
Só sei que toda a beleza de que lhes falo,
Sai tão somente do meu coração.

Em Mangueira a poesia,
Num sobe e desce constante,
Anda descalço ensinando,
Um modo novo da gente viver,
De cantar, de chorar, de sofrer.

Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá,
A Mangueira é tão grande 
Que nem cabe explicação.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Rodrigo Trindade: Aproveitamento de calor do sistema de ar condicionado é aplicado ao aquecimento de água

onte: Web ArCondicionado
Brasil - Com a diminuição dos recursos presentes no nosso dia a dia, torna-se vigente a necessidade de se buscar novas ideias que propiciem economia dos mesmos, promovendo, desta forma, a sustentabilidade da vida no planeta. Cientes dessa situação, muitas empresas de engenharia elaboram projetos de reaproveitamento de energia de fontes diversas, que normalmente seriam desperdiçadas. Os sistemas de ar condicionado, por exemplo, removem e dissipam o calor para o ar. Este calor residual poderia ser recuperado e utilizado para aquecer a água.

O sistema de aquecimento aproveita o calor liberado nos condensadores dos equipamentos de refrigeração de uso comum e aquece a água para atender as demandas de água quente da edificação. Em lugares onde aparelhos de ar condicionado e refrigeração são responsáveis por uma grande proporção do uso de energia elétrica, a criação de uma alternativa que utiliza do calor para aquecer a água melhora a eficiência energética e reduz as emissões de gases de efeito estufa, permitindo uma boa economia.

A adaptação do sistema para que o calor seja recuperado e utilizado no aquecimento da água é bem simples. É recomendável, no entanto, que aconteça durante a fase de concepção do sistema. Nessa fase o projetista do sistema de aquecimento pode conceber da melhor forma e especificar os componentes que vão viabilizar o aproveitamento do calor. Já existem produtos no mercado que fazem isso, mas ainda são pouco utilizados e conhecidos. A técnica promove uma melhora na eficiência do sistema de ar condicionado, prolongando a vida útil do compressor e tornando o efeito da refrigeração mais rápido e os custos adicionais para aquecimento de água menores.

A solução de aproveitamento do calor do ar condicionado não é adotada com mais frequência devido à falta informação e pelo custo adicional do dessuperaquecedor. Mesmo requerendo um investimento um pouco maior, a solução é atrativa economicamente, pois a economia de energia que seria aplicada para aquecimento de água paga rapidamente o investimento realizado na recuperação do calor. Para que a solução promova a economia esperada e opere de forma desejável, é necessária a contratação de um projetista de sistema de aquecimento de água com experiência para promover de forma inteligente a interface do sistema de aquecimento com o ar condicionado.

Normalmente, a quantidade de calor rejeitado pelos grandes sistemas de ar condicionado supera em muito a demanda de calor requerida pelo sistema de aquecimento de água. Ainda assim, é bem comum que o rejeito de calor recuperado do ar condicionado seja aproveitado em baixa temperatura (em torno de 35°C), requerendo assim a complementação da temperatura, que gira em torno de 45°C. Um dos arranjos ideais adotados os últimos anos será a intensificação de projetos com aquecedores solares. Esse arranjo estabelece a prioridade das fontes de energia, de forma a racionalizar ao máximo a operação, sem faltar conforto.

O projeto do sistema de aquecimento permite que a água seja inicialmente pré-aquecida pelo rejeito de calor do ar condicionado e depois tem sua temperatura elevada pelo sol. O sistema tem, ainda, uma fonte firme, como a energia elétrica ou gás, que podem entrar em funcionamento quando as duas fontes não conseguem aquecer a água em temperatura ideal para o consumo. Como isso acontece esporadicamente, o resultado é o baixo custo operacional para obter água aquecida, confiabilidade, conforto e preservação do ambiente.

Sabidamente, a proporção de energia demandada pelo sistema de aquecimento é muito menor que a carga de energia para resfriamento, ou seja, a água quente é resultado do uso do ar condicionado. A tecnologia já está disponível, basta as pessoas terem conhecimento das boas práticas e cuidados para projetar e implementar sistemas confiáveis. Com o aumento expressivo dos energéticos (energia elétrica e gás) e o retorno rápido dos investimentos em soluções inteligentes, acredito que teremos mais sistemas racionais nos próximos anos. Economizar é a palavra certa em tempos de crise.

Lâmpadas incandescentes sairão do mercado a partir do dia 30


13.06.16
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Fonte: O Estado do Maranhão - 13.06.2016

Maranhão - A partir do dia 30 deste mês, as lâmpadas incandescentes deixam de ser comercializadas no Brasil. A regulamentação visa elevar a participação de modelos com índices mínimos de eficiência energética no mercado. A regra vale para importação e comercialização das lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro.

A partir desse prazo, fabricantes, atacadistas e varejistas serão fiscalizados pelos órgãos delegados do Instituto de Metrologia (Inmetro) nos estados. Os estabelecimentos, importadores e fabricantes que não atenderem à legislação estarão sujeitos às penalidades previstas em lei.

A proibição da venda das lâmpadas incandescentes no país ajuda a estimular a adoção de opções mais econômicas e duráveis, como o LED, já adotado amplamente em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Austrália, Argentina, Venezuela, na União Europeia.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a substituição das lâmpadas incandescentes no mercado é capaz de economizar anualmente cerca de 5% de toda a energia elétrica utilizada no mundo. Uma lâmpada fluorescente compacta, comparada a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente, economiza 75%. E se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para até 85%.

Cronograma

A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil foi feita de forma gradativa e de acordo com a potência das unidades. As primeiras mudanças começaram em 30 de junho de 2012, com as lâmpadas de potência igual ou superior a 150W. O segundo processo de substituição ocorreu no dia 30 de junho de 2013, com a exclusão das lâmpadas de potência acima de 60W até 100W. Em dezembro de 2014 foi a vez das lâmpadas de 40W até 60W. O processo de substituição encerrará dia 30 deste mês com a participação de unidades com potência inferior a 40W.

A mudança atende a cronograma estabelecido em dezembro de 2010, pela Portaria Interministerial 1007 dos Ministérios de Minas e Energia; e da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, que fixou índices mínimos de eficiência luminosa para fabricação, importação e comercialização das lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro.