segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Novo piso salarial paulista- sugestões

Bom dia,
Nessa segunda-feira, o presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, participa, junto com o governador de São Paulo e Centrais Sindicais,  de assinatura do projeto de lei que estabelece os novos valores do Piso Regional no Estado. Para mais informações, Motta está disponível.

Novo piso salarial beneficiará comerciários
Presidente da Fecomerciários participa de cerimônia de assinatura do projeto de lei  com governador

O presidente da Fecomerciários (Federação dos Empregados do Comércio do Estado de São Paulo) Luiz Carlos Motta, participa hoje, 1º de dezembro, às 11 horas, de audiência com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.  Motta e demais dirigentes das Centrais Sindicais (UGT, Força, GTB, NCST, CUT e CTB), vão acompanhar a assinatura do projeto de lei que estabelece os novos valores do Piso Regional no Estado.
Em vez de três faixas salariais (hoje estabelecidas em R$ 810,00, R$ 820,00 e R$ 835,00), o governador, conforme sugestão das Centrais, formulou projeto que institui o Piso Regional com duas faixas de reajuste. Pelo projeto, a primeira subiria de R$ 810,00 para R$ 905,00 e a segunda de R$ 820,00 para R$ 920,00.
Foram duas rodadas de negociações, na mesma semana. Dia 24 de novembro as Centrais apresentaram a primeira proposta. Por solicitação do governador esta fora reavaliada pelos dirigentes e reapresentada dois dias depois (26); quando Alckmin anunciou que a transformaria num projeto de lei. “Será apresentado na Assembleia Legislativa em caráter de urgência para, se aprovado, entrar em vigor dia 1º de janeiro de 2015”, explica Alckmin.
Motta aponta as vantagens dos dois novos Pisos:
- Permite a normatização para as remunerações contempladas nas duas faixas agora existes. Ou seja, o Piso Salarial Regional, que vale somente para a iniciativa privada, protege trabalhadores que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.
- A valorização do Piso Regional é muito importante, porque baliza para cima os pisos de outras categorias de trabalhadores.
- Contribui para que os trabalhadores paulistas recebam remunerações acima do salário mínimo nacional que ficará em torno de R$ 788,00, em 2015. Hoje é de R$ 724,00.

- Eleva, desse modo, o poder de compra no maior mercado econômico do Brasil; o Estado de São Paulo beneficiando cerca de 7,2 milhões de trabalhadores divididos em 105 ocupações. 

Crescimento dos Católicos


Aumentam os discípulos de Cristo, apesar das perseguições
O Anuário Estatístico da Santa Sé revela que no período 2005-2012 houve um crescimento de católicos no mundo de 10,2%
Por Federico Cenci
ROMA, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org) - O sangue dos mártires, dizia Tertuliano, é a semente de novos cristãos. Intuição muito certeira, a do célebre apologista que viveu entre o II e o III século. A história dos últimos dois mil anos, além do mais, é uma constante repetição das ferozes perseguições contra os discípulos de Cristo, os quais, no entanto, em vez de desaparecerem, aumentam.
O triste fenômeno na contemporaneidade é ainda mais grave. Em muitas partes do mundo existem perseguições sistemáticas, de forte intensidade e repletas de ideologia. De acordo com a Comissão episcopal da União europeia, os cristãos oprimidos no mundo são cerca de 200 milhões. No Ocidente, onde, aparentemente, os cristãos são livres para professar livremente a própria fé, muitas vezes, há formas diversas de perseguições, nas quais os valores próprios do cristianismo são constantemente julgados em nome de um, não melhor, laicismo.
História magistra vitae, afirmavam os contemporâneos de Tertuliano. E então, aos perseguidores de hoje seria suficiente dar uma olhada ao passado para compreender a inutilidade das suas ações. Significativo que, mesmo nesta época marcada por uma escalada de violência anti-cristã, o número de batizados continua a aumentar. De 2005 a 2012, os fiéis católicos aumentaram passando de 1.115 a 1.229 bilhões, um aumento de 10,2 por cento.
O dado foi publicado pelo Anuário Estatístico da Santa Sé nestes dias. A área com o maior número de católicos continua a ser a Europa (23% do total), enquanto o crescimento tem sido menos dinâmico do que em outras áreas do planeta. É precisamente na África – martirizada por atentados que atingem com muita crueldade as comunidades na Nigéria , República Centro Africano, no Quênia, Somália – onde se confirma o maior crescimento: aqui os fieis passaram de 13,8% em 2005 ao 16,2% em 2012.
Com 11% de católicos, a outra área que registra uma crescimento constante de batizados é a Ásia, depois do “continente negro” a segunda em perseguições. Apesar da difusão capilar das seitas evangélicas, se consolida depois a posição da América com o 49% dos católicos batizados no mundo. Estável também a incidência na Oceania.
Fala-se muito das vocações em declínio. Não se especifica, porém, que esta tendência negativa refere-se somente ao mundo ocidental. De 2005 a 2012, na verdade, o número total de sacerdotes aumentou em dois pontos percentuais. Passou-se dos 406.411 sacerdotes divididos em 269.762 diocesanos e 136.649 religiosos, aos 414.313, dos quais 279.561 membros do clero diocesano e 134.752 membros do clero religioso.
O crescimento é maior entre os seminaristas. Se em 2005 havia 114.439, em 2012 haviam 120.051, registrando um aumento de 4,9%. Liderando a classificação, neste caso, é a Ásia, com um crescimento de 18%, seguida da África, com o 17,6%, e da Oceania com 14,2%. Ligeira a diminuição na América (-2,8%), enquanto é consistente o declínio na Europa, onde de 2005 ao 2012 o número de jovens que entram no seminário sofreu um declínio de 13,2%. Uma análise detalhada dos dados relativos às vocações sacerdotais no mundo foi realizado por Vittorio Formenti e Enrico Nenna, do Departamento central de estatísticas da Santa Sé. (Trad.TS)

USP, estupros e metrô

FERNANDA MENA


Os episódios de violência sexual dentro da Faculdade de Medicina da USP assustam tanto quanto o comportamento institucional que se seguiu.
As denúncias de assédio, abuso e estupros foram recebidas pela direção da instituição com indiferença. Tudo indicava que os casos seriam varridos para baixo do tapete.
Essa arbitrariedade não é rara na gestão do principal centro de ensino e pesquisa do país, a começar pela escolha de seu reitor: nomeado pelo governador ainda que não seja o mais votado da universidade. É o clichê do encastelamento acadêmico: olha-se o mundo de cima sem muito apreço pelos contratos que regem a sociedade a sua volta. E tudo se resolve ali dentro.
Um dos casos mais graves dessa conduta não veio a público. Há cerca de dez anos, a USP foi procurada pelo metrô para discutir o projeto da linha que liga a região central à zona oeste, local de seu principal campus na capital.
Parecia natural que uma das estações estivesse dentro da Cidade Universitária, por onde passam, diariamente, cerca de 100 mil pessoas e cujo acesso não é dos mais fáceis.
A USP rejeitou o projeto. O sindicato de funcionários diz que o argumento seria a atração de "gente diferenciada", termo cunhado por moradores do bairro de Higienópolis para explicar por que não queriam metrô em seu território.
A ideia de que a parada atrairia forasteiros ao campus foi avaliada como complicador da já precária segurança local. E se sobrepôs às vantagens de criar um meio de transporte a alunos, professores, funcionários e outros.
Se o argumento da pureza surpreende quando aplicado pela elite de Higienópolis, o que dizer quando evocado por cabeças da principal universidade pública do país? Hoje, USP e metrô evitam o assunto.
A estação mais próxima, a Butantã, fica a um quilômetro do portão principal. De noite, após as 22h40, quando se encerram as aulas noturnas, é preciso coragem para percorrê-lo, a não ser em grupos. Nesse horário, o próprio campus é muito mal iluminado --condição, aliás, que favoreceu outros estupros e crimes ali.
O ônibus circular da universidade ganhou dos alunos um apelido digno de sua frequência e praticidade: secular.
O prejuízo é imenso.
A exemplo da sindicância aberta para apurar a gestão do ex-reitor João Grandino Rodas (2010-2013), que autorizou aumento de gastos com funcionários sem consultar ninguém e mergulhou a USP em sua pior crise financeira, é urgente tirá-la do isolamento.
Dar mais transparência ao que ocorre ali, seja nas festas da Medicina, seja nas reuniões da reitoria, é integrar a universidade ao mundo a sua volta. E, para isso, nada melhor, na prática e no imaginário, do que uma estação de metrô.