sábado, 13 de setembro de 2014

A incrível marca que fatura US$ 400 milhões encorajando os consumidores a comprarem menos




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Seja sincero (a): você já viu por aí algum anúncio de loja cuja mensagem busca desencorajar os excessos de suas compras? Não, né? Geralmente, as marcas criam estratégicas a fim de que os consumidores comprem cada vez mais, mas uma importante varejista resolveu enveredar por uma filosofia diferente.
Em meio à Black Friday (evento norte-americano onde os preços diminuem consideravelmente), enquanto varejistas faziam todas as estratégias para tentar aumentar o volume de vendas de forma exponencial, a marca Patagonia decidiu encorajar os consumidores a comprar menos.
A empresa anuncia: “nós projetamos e vendemos coisas feitas para durar e serem úteis. Mas nós pedimos a nossos clientes para não comprar de nós o que eles não precisam ou não podem realmente usar. Tudo o que fazemos – tudo o que qualquer um faz – custa mais ao planeta do que nos dá de volta”.
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A marca tem esse posicionamento e filosofia empresarial graças ao seu criador, Yvon Chouinard, ambientalista e defensor ferrenho do conceito de “slow company”, onde o processo industrial tem que ser alinhado ao ambiental.
Ambientalismo é o cerne da Patagonia, mas desencorajar especificamente vendas é uma manobra incomum já que a varejista não é uma organização sem fins lucrativos - trata-se de uma fabricante que gera US$ 400 milhões em receita a cada ano.
Negócio inspirador
A Patagonia fabrica alguns dos melhores e mais caros equipamentos para o ar livre do mundo, mas a missão da empresa é maior do que simplesmente maximizar o lucro. A missão é: “Construir o melhor produto, não causar nenhum dano desnecessário, usar o negócio para inspirar e implementar soluções para a crise ambiental”.
A marca tem esse posicionamento e filosofia empresarial graças ao seu criador, Yvon Chouinard, um surfista, alpinista, ambientalista e defensor ferrenho do conceito de “slow company”, onde o processo industrial tem que ser alinhado ao ambiental.
O algodão que a marca usa na fabricação dos produtos, por exemplo, é orgânico e, segundo o próprio Yvon, ele não conseguiria dormir durante a noite sabendo que o algodão usado no produto era um material prejudicial ao meio ambiente, com agrotóxicos e técnicas ineficazes de preservação da saúde dos trabalhadores do campo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Com Bandeirantes saturada, trem vira aposta para 2020

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CAIO DO VALLE - O ESTADO DE S. PAULO
12 Setembro 2014 | 03h 00

Edital do primeiro trecho do serviço que ligará SP a Americana, com 135 km de extensão, deve ser publicado no ano que vem

SÃO PAULO - Com o risco de saturação das rodovias entre São Paulo e Campinas nos próximos anos, o sistema de trens regionais ligando a capital paulista ao interior pode finalmente começar a sair do papel. Projeção divulgada nesta quinta-feira, 11, pelo governo do Estado indica que o edital do primeiro trecho da rede, entre São Paulo e Americana, com 135 km de extensão, deve ser publicado no ano que vem. Já a previsão de entrega dessa linha é 2020.
A viagem total levará 1h29min e a passagem custará mais do que a dos ônibus. O modelo estudado é o de parceria público-privada (PPP) integral, como o da Linha 6-Laranja do Metrô, cujo contrato chegou a ser barrado em agosto na Justiça, por suposta infração a duas leis. Batizada de Trem Inter-Cidades (TIC), a linha será toda construída em superfície, a partir da Estação Água Branca, na Lapa, na zona oeste da capital.
Sem a necessidade de túneis e obras muito complexas, o ramal, embora bem mais extenso do que uma linha de metrô subterrâneo, custará menos, cerca de R$ 5 bilhões (a Linha 6 da rede metroviária paulistana, de 15,9 km, está orçada em R$ 9,6 bilhões). O leito de circulação das composições aproveitará a velha malha da São Paulo Railway e da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, fundadas no século 19, e onde hoje operam serviços de carga das empresas de logística ALL e MRS.
No total, o TIC terá nove estações: Água Branca, Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Campinas, Sumaré, Nova Odessa e Americana.
Marcha lenta. Embora assessores próximos de Geraldo Alckmin (PSDB) costumem dizer que a implantação dos trens regionais é a “menina dos olhos” do governador, o projeto segue em “marcha lenta”. Em 2012, uma manifestação de interesse público (MIP) foi apresentada ao governo pelo consórcio formado pelas empresas Estação da Luz Participações (EDLP) e BTG Pactual. Em 2013, um grupo técnico foi formado para avaliar as melhores opções do TIC.
Colapso. Agora, dados da Secretaria Estadual de Logística e Transportes passaram a subsidiar a tese de que o governo do Estado precisa construir uma conexão ferroviária de passageiros, sob o risco de colapso das duas principais estradas entre São Paulo e Campinas. As estatísticas, apresentadas nesta quinta-feira em palestra do coordenador da PPP, Thierry Besse, na Semana de Tecnologia Metroferroviária, na região central, indicam que as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera começarão a sofrer de séria saturação a partir de 2020. Dez anos mais tarde, a situação será tão ruim que a Anhanguera atingirá o nível máximo de esgotamento viário entre os quilômetros 25 e 38 durante mais de meio dia, das 6 às 19 horas. Para se ter uma ideia, em 2012, isso só acontecia no horário de pico da manhã (das 6h às 9h) e em só um sentido no trecho dos km 49 ao 52 e às 7 horas entre os km 86 e 92.
“A tarifa tem de ser atrativa para que você coopte o motorista do carro em virtude do pedágio e do combustível e também do fretado”, disse Mário Manuel Bandeira, presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O TIC levará 68,5 mil usuários ao dia. Até Campinas a viagem durará quase 1 hora e 4 minutos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

São Paulo terá fábrica de componentes para geradores eólicos da VCI Molde



Unidade instalada em Itupeva recebeu investimentos de R$ 6 milhões, gerando 80 empregos; projeto foi assessorado pela Investe São Paulo
 
A VCI Molde, fabricante de produtos em PRFV – Plásticos Reforçados em Fibra de Vidro – anunciou nesta quinta-feira, 11 de setembro, a instalação de uma fábrica em Itupeva, há 73 km da capital paulista. A unidade, que contará com 80 funcionários, vai produzir, a partir de outubro deste ano, nacelles em fibra de vidro, que são carenagens de geradores eólicos.
 
O objetivo da nova planta, construída a partir de uma parceria entre a brasileira Molde e a canadense VCI, é nacionalizar a produção de itens que hoje são importados, fornecendo localmente tanto para clientes já fidelizados quanto novos mercados. A própria escolha de Itupeva foi estratégica, já que a cidade está próxima de alguns dos principais compradores do produto.
 
O investimento de R$ 6 milhões recebeu apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Governo do Estado ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. “A Molde tem 29 anos de história no Estado de São Paulo produzindo diversos produtos de engenharia em fibra de vidro. O projeto de nacionalização de produtos do setor eólico é tratado de forma prioritária pela Investe SP. Apoiamos a instalação da fábrica principalmente em questões de licenciamento ambiental e consulta tributária”, explicou o presidente da agência, Luciano Almeida.
 
“Além da nova fábrica, vamos também incrementar a produção de São José dos Campos para que as duas fábricas produzam componentes complementares para a indústria de energia eólica. A de Itupeva produzirá peças maiores, enquanto a de São José produzirá as menores”, disse Luiz Tesser Antunes, diretor da planta.
 
A previsão é de que a VCI Molde produza entre 250 e 350 peças por ano em 2015, com aumentos graduais na operação: 5% a mais no primeiro ano e 10% a mais no segundo. A nova fábrica, que tem quatro mil metros quadrados, foi instalada em um terreno de 12 mil metros quadrados. Isso porque a ideia da empresa é expandir a produção no futuro. Em 2015, a previsão é que o faturamento da planta chegue a R$ 20 milhões.
 
Sobre a Molde
A Molde é uma indústria de produtos em PRFV – Plásticos Reforçados em Fibra de Vidro que atua no mercado desde 1985. Com sede em São José dos Campos em um terreno de 54 mil m², a empresa atua em projetos como indústrias, parques aquáticos, fábricas de alimentos e geradores eólicos. A empresa é uma das poucas no mundo capacitadas para desenvolver e fabricar as partes estruturais em fibra de vidro desses geradores.
 
Sobre a Investe São Paulo
A Investe São Paulo - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade é a porta de entrada das empresas que pretendem se instalar no Estado ou expandir seus empreendimentos.
 
A Agência fornece, gratuitamente, informações estratégicas que ajudam os investidores a encontrar os melhores locais para seus negócios, prestando assessoria ambiental, tributária e de infraestrutura, facilitando o relacionamento das empresas com instituições governamentais e concessionárias de serviços públicos.
 
Estão ainda entre as atribuições da Investe SP prospectar novos negócios, recepcionar delegações estrangeiras, promover a imagem de São Paulo no Brasil e no exterior como principal destino de empresas na América Latina e propor ao Governo do Estado políticas que contribuam para a melhoria da competitividade de São Paulo. Para mais informações, acesse www.investe.sp.gov.br.
 
Assessoria de imprensa
Armando Júnior
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