segunda-feira, 16 de julho de 2012

O bom exemplo do Exército


O Estado de S.Paulo
No momento em que notícias sobre superfaturamento e atraso em obras públicas se tornam corriqueiras, é animador saber que algumas dessas obras estão sendo entregues antes do prazo previsto e a custos inferiores aos originalmente orçados. Não se trata de milagre. É apenas o resultado do trabalho competente e sério realizado por uma instituição cuja missão precípua não é tocar canteiros de obras, mas que nos últimos anos tem assumido maiores responsabilidades na elaboração e execução de projetos de infraestrutura em todo o País: o Exército.
O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, como mostra o jornal Valor (12/7), está tocando 34 obras em vários Estados, 25 delas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e elabora, a pedido da Infraero, projetos de engenharia destinados a acelerar a expansão dos aeroportos de Porto Alegre, Vitória e Goiânia. Nessa área, o Exército já trabalha na administração dos serviços de terraplenagem da ampliação do aeroporto de Guarulhos e na construção da pista do aeroporto de Amarante, no Rio Grande do Norte.
É principalmente o desempenho do Exército nas obras do aeroporto de Cumbica que tem animado a Infraero a ampliar a parceria com os militares numa área que se tem transformado numa das maiores dores de cabeça do governo no que diz respeito ao cumprimento dos prazos das obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. A terraplenagem do Terminal 3 de Cumbica, cuja previsão inicial de entrega era para dezembro de 2013, será concluída em setembro próximo, com antecipação de 15 meses. Além disso, o custo original da obra, orçado em R$ 417 milhões, deverá ser reduzido - e não é apenas porque a União paga os soldos militares - em cerca de R$ 130 milhões, o que equivale a 25%. É exatamente o contrário do que tem sido noticiado a respeito da verdadeira lambança que a principal empreiteira do PAC, a Delta, tem promovido nas obras bilionárias sob sua responsabilidade em todo o País.
É claro que tocar obras públicas não é a missão precípua das Forças Armadas, que existem para zelar pela defesa nacional. E o Exército, cuja "intervenção" no mercado é malvista pelas empreiteiras de obras públicas, sabe muito bem que essa não é sua verdadeira vocação. O general Joaquim Maia Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção, garante, segundo o Valor, que não há planos de ampliar a estrutura da unidade sob seu comando, apesar do aumento da demanda ocorrido nos últimos anos, inclusive no que diz respeito ao planejamento e construção de novas estradas e manutenção das existentes, responsabilidade do mal afamado Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Nessa área o Exército tem 19 contratos firmados. E cumpre outros tantos nos setores portuário e de navegação fluvial.
O Exército está hoje envolvido em 34 projetos de construção, no valor de R$ 3 bilhões em obras, dos quais R$ 2,4 bilhões são do PAC. Intervenção indevida no mercado? Desvio de funções? O general Brandão responde: "O que temos é uma missão para cumprir, que é a preparação de nossas tropas para a guerra. Se não temos guerra, temos a obrigação de manter nosso contingente em atividades que, se necessário, (a tropa) irá desempenhar em situação de emergência". Não é, portanto, a lógica do mercado, mas a necessidade de manter seu contingente ativo e preparado que motiva o Departamento de Engenharia e Construção.
A situação de emergência a que se refere o general seria, obviamente, um eventual conflito militar. Mas não resta dúvida de que o DEC está atendendo também a uma importante e extremamente lamentável emergência ao cumprir com competência, seriedade e economia de recursos públicos uma tarefa fundamental para o desenvolvimento do País que a iniciativa privada tem sido frequentemente incapaz de executar com a mesma eficiência e probidade, devido à crescente promiscuidade entre negócios públicos e privados. É de imaginar que seja difícil trabalhar com orçamentos enxutos quando a regra do jogo é pagar propinas que satisfaçam a crescente voracidade de homens públicos tão desonestos quanto quem lhes molha a mão.

O Largo da Concórdia



16 de julho de 2012 | 3h 03
Chico Alves viera a São Paulo para apresentar-se em programas da Rádio Nacional. Naquele sábado, 27 de setembro de 1952, acompanhado de Rago e seu Regional, cantou, no Largo da Concórdia, alguns de seus muitos sucessos. Era homenagem a seus fãs do bairro do Brás. A caminho da Via Dutra, no retorno ao Rio, o cantor fez ali uma parada para o show, às 14h.
O Largo da Concórdia tivera feira de mulas, no século 19, abrigara circo e parque de diversões. Era agora um lugar de concentrações populares, perto das movimentadas estações do Norte e do Brás. Mutilado pela construção do Viaduto do Gasômetro, em 1949, perderia aos poucos a nobreza dos tempos áureos do bairro. Mas ainda estava lá o Teatro Colombo, onde Pietro Mascagni regera uma de suas óperas em tempos idos. O Brás mantinha a aura da época das serestas e da composição famosa de Alberto Marino,Rapaziada do Brás. Não estavam longe os corsos de carnaval na Avenida Rangel Pestana. O bairro vivia os últimos tempos de italiano e operário, das cadeiras na calçada para conversas das famílias depois do jantar.
Já existia aí por 1850. No fim de 1865, dera-lhe a Câmara Municipal o nome de Largo da Concórdia, tributo à cidade argentina onde se concentraram e de onde partiram para a luta as tropas brasileiras na Guerra do Paraguai, meses antes. Continua da Concórdia apesar da discórdia, há alguns anos, com os camelôs que o haviam ocupado.
A apresentação de Chico Alves foi um evento de fim de época, além de ser o seu último evento: ele morreria carbonizado, horas depois, na Via Dutra, em Pindamonhangaba, quando seu carro, ao se chocar com um caminhão que vinha na contramão, pegou fogo. Significativamente, cantou o fim de épocas. Gravara anos antes Seu Julinho vem, apologia de Júlio Prestes, presidente eleito da República. Seu Julinho não veio, cassado antes da posse pela Revolução de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Um ano antes de morrer, Chico Alves gravara Bota o retrato do velho (Bota no mesmo lugar) para celebrar o retorno de Vargas ao poder, em 1950, cujo suicídio em 1954 daria início ao fim da Era Vargas.
Começou sua despedida de São Paulo no Largo da Concórdia cantando Caminhemos: "Não, eu não posso lembrar que te amei, eu preciso esquecer que sofri." Naquela época de amores impossíveis, ou ao menos difíceis, amava-se sofrendo. Nem o Carnaval escapava. Em Confete, que Chico Alves também cantou naquela tarde, a ausência estava lá, poeticamente: "Confete, pedacinho colorido de saudade".
Em seu enterro, no Rio de Janeiro, o povo cantou Adeus: "Quem fica, também fica chorando, com um lenço acenando, querendo partir também." Em São Paulo, dois dias antes, sem o saber, Chico cantara o réquiem do antigo Largo da Concórdia, o largo do povo do Brás.

domingo, 15 de julho de 2012

Sombras do mundo que se vai


Ivan Marsiglia, de O Estado de S. Paulo-  Aliás
O indiano-americano Parag Khanna é um intelectual peculiar, que alia a sólida bagagem acadêmica à mochila de viagem com que visita sociedades e culturas sobre as quais escreve. Nas "pesquisas de campo" que fez por mais de cem países, Khanna - que tem apenas 35 anos - pratica, além de seu hindi nativo, o inglês, francês, alemão e espanhol que fala com fluência, além de "um árabe básico". E coteja os conhecimentos adquiridos em seu doutorado na London School of Economics e em seu mestrado na School of Foreign Service da Universidade Georgetown com as informações sutis de um futuro ainda em gestação no mundo.
Não é difícil entender por que esse "acadêmico aventureiro", como já foi chamado pela imprensa norte-americana, define a si próprio como um geoestrategista. Pesquisador sênior e diretor da Iniciativa de Governança Global da New America Foundation e membro do European Council on Foreign Relations, Khanna foi recrutado como conselheiro pelas Forças Armadas dos EUA na tentativa de desatar o nó das campanhas militares no Iraque e no Afeganistão. E integrou, como consultor para assuntos de política externa, a equipe da campanha vitoriosa de Obama à presidência.
Com dois livros publicados no Brasil pela editora Intrínseca, O Segundo Mundo - Impérios e Influência na Nova Ordem Global (2008) e Como Governar o Mundo - Os Caminhos para o Novo Renascimento (2011), ele acaba de lançar nos EUA, em parceria com sua mulher Ayesha (economista e doutora em Sistemas de Informação pela London School), Hybrid Reality. A trilogia consolida sua visão de um mundo dominado por três grandes impérios, os EUA, a União Europeia (UE) e a China, mas cujos parâmetros de desenvolvimento foram modificados pela velocidade das trocas tecnológicas em uma era de conectividade global.
Na entrevista a seguir, o pensador, eleito uma das 75 "pessoas mais influentes do século 21" pela revista Esquire, vê o mundo convulsionado pela mais violenta crise econômica desde o pós-guerra com lentes voltadas para o que vem depois. "Esta não é uma crise global", sentencia sem medo Parag Khanna, para quem, apesar dos efeitos no até então intocado motor dos Brics, a China revela em sua resiliência que os chamados mercados emergentes vieram para ficar. E que a transformação em curso, na direção de uma "Era Híbrida" de seres humanos cada vez mais conectados entre si e com as máquinas, vai subverter consideravelmente a hierarquia de poder global.
"A tecnologia dirige a economia, não o contrário", provoca o acadêmico aventureiro, que vê no novo cenário não só um potencial de recuperação dos países ricos, como um universo de novas possibilidades para os países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. Eis a nota otimista do diagnóstico que Khanna faz da crise a que assistimos hoje, contra a qual pouco adiantam os velhos mecanismos de fomento econômico e de nada vale a emulação nostálgica do antigo sonho americano: "A imensa inovação em curso nas tecnologias da informação, na biotecnologia, nanotecnologia, robótica, nas fontes de energia alternativas, está criando possibilidades econômicas para muito mais gente no mundo que em qualquer outra época".
O PIB chinês desacelerou, a Itália segue a Espanha no pedido de ajuda à UE e a economia americana continua na lona. O que esperar do mundo neste início de século 21?
Conforme escrevi em O Segundo Mundo há alguns anos, o mundo no século 21 será sustentado por três grandes impérios - os EUA, a União Europeia e a China. Isso não significa, no entanto, que cada um desses três não seja frágil. A retomada americana é muito dependente de estímulos econômicos e do potencial de descobertas de reservas de gás de xisto baratas. A UE nem se recuperando está, embora a crise econômica esteja forçando o bloco a tomar medidas necessárias e progressivas na direção de uma união mais forte. Já a China é considerada um pesadelo estatístico, com dados econômicos nos quais não se pode confiar, mas não acredito que vá ocorrer uma "aterrissagem forçada". A desaceleração do crescimento em função do comércio externo do país será compensada pelo crescente número de chineses que entram no mercado de consumo e na classe média. Mantendo a inflação controlada e a moeda fraca, a China será capaz de manter seu crescente progresso material enquanto retoma a competitividade no comércio exterior. Continuo acreditando que os três serão as superpotências mundiais no século 21, e não ainda a Índia, por exemplo.
Quando o economista Jim O’Neill cunhou, em 2001, a expressão Brics, anunciando a transferência do poder econômico global do G7 para os países emergentes, não podia adivinhar o impacto que teria a crise financeira de 2008, seguida por essa que se abateu sobre a zona do euro. O tranco pode inviabilizar os países emergentes?
O termo Brics surgiu de uma expressão crucial: mercados emergentes. A categoria "mercados emergentes" é bem mais ampla e compreende muito do que eu chamo de "segundo mundo". Por ser tão aberta e conter trajetórias tão diferentes, é difícil resumi-la em uma frase. Mas a ideia sugeria desde o princípio que certos países tenderiam a emergir, como o Brasil e a Malásia, enquanto outros iriam fatalmente cambalear, como a Venezuela e a Líbia. E o fato é que, neste exato momento, os mercados emergentes têm feito um bom trabalho para amenizar os efeitos da crise financeira de 2008 e da crise na zona do euro. Eles continuam a crescer, embora mais modestamente. Existe neles um certo grau de descolamento, que vejo como um forte sinal da emergência desses mercados e de um outro padrão de investimentos.
No Brasil, a desaceleração da previsão do PIB para este ano causa grande preocupação. Ainda mais levando em conta os problemas da China, tida como 'motor' dos Brics...
De novo, essa não é uma crise global, embora todos os países tenham fatores de risco com que se preocupar. O fato de a economia chinesa estar desacelerando não deveria espantar ninguém, tendo em vista as taxas de crescimento que o país apresentou nas últimas três décadas. E o fato de a China ainda exibir taxas bastante distintas das americanas e europeias mostra quanto o país foi capaz de estreitar laços com outras regiões, como a África, o Oriente Médio e a América Latina, e manter em bom nível suas exportações.
A crítica às políticas de austeridade para combater a crise têm crescido na Europa, especialmente após a vitória de François Hollande na França. Em uma região onde 4,5 milhões de pessoas deverão perder seus empregos nos próximos quatro anos, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), austeridade é a solução?
Austeridade e disciplina são coisas diferentes. Eu acredito na disciplina, mas não em austeridade em contexto de desemprego tão alto. Mas essa disciplina de que estou falando requer visão estratégica para os próximos anos, o que os países periféricos da zona do euro ainda não demonstraram.
Apesar disso, a leitura de Hybrid Reality transparece otimismo. O que o sr. e sua mulher, que também assina o livro, estão vendo que ninguém mais parece estar?
Estamos olhando não para questões de crescimento econômico no curto prazo, mas para as trocas e rupturas tecnológicas de médio e longo prazo. A tecnologia dirige a economia, não o contrário. A imensa inovação que está em curso nas tecnologias da informação, na biotecnologia, nanotecnologia, robótica, nas fontes de energia alternativas e em outras áreas - e na combinação de todos esses campos - está criando novas possibilidades econômicas para muito mais gente no mundo do que em qualquer outra época. Ao contrário do que se pensa, a tecnologia tem criado de longe muito mais empregos do que destruído.
Por que o sr. diz que a civilização humana necessita hoje menos de QI (quociente de inteligência) e QE (quociente emocional) do que de QT, quociente tecnológico?
Porque a tecnologia está evoluindo e se espraiando rapidamente no mundo. O que distingue as sociedades hoje não é tanto a renda ou o sistema político, mas o grau de acesso e domínio da tecnologia. As sociedades que estiverem à frente da curva tecnológica e educarem suas populações a permanecerem empregadas em um ambiente globalmente competitivo vão permanecer estáveis e prósperas. O que requer quociente tecnológico, a capacidade de se adaptar à mudança tecnológica, não apenas a uma rotina conhecida.
Mas em um mundo economicamente tão desigual é possível acreditar nisso? Ou o que o sr. chama de 'Era Híbrida' chegará apenas para uns poucos e privilegiados países?
A Era Híbrida está chegando para todos. Aqui está o mais simples e profundo exemplo: os trabalhadores chineses, que formaram o "chão de fábrica" global, estão agora ameaçados pela automação robótica. A FoxConn (companhia chinesa responsável pela montagem de produtos de alta tecnologia, como iPhones e iPads) planeja introduzir mais de 1 milhão de robôs em suas fábricas. E também este fato: o celular é a infraestrutura mais penetrante e disseminada da história da humanidade. Em dez anos, todas as pessoas na Terra terão um aparelho celular. Em cima dessa rede, poderão ser desenvolvidas outras tecnologias, como contas bancárias via celular e telemedicina. Esses são fenômenos do que chamamos de Era Híbrida - algo que atinge tanto os mais ricos do mundo, que terão acesso a órgãos artificiais e todo o tipo de privilégios futuristas, quanto os mais pobres.
Mas para os pobres não seria apenas um modo mais sofisticado de consumir produtos produzidos em nações ricas? É difícil imaginar o cidadão de um rincão longínquo da África ou da América Latina tomando parte ativa nessa nova economia tecnológica globalizada de que o sr. fala.
Na verdade, as vendas de produtos que mais crescem na África hoje são de bens de baixo custo oriundos da China e da Índia. Então, você pode perceber como são importantes hoje os fluxos entre países em desenvolvimento - mais do que de países "ricos" para "pobres". Além disso, muita inovação tem surgido nos emergentes, como os celulares movidos a energia solar, por exemplo. Sem falar no fato de que tecnologias como o tablet estão difundindo rapidamente a literatura em países como Ruanda e Camboja. Então, a Era Híbrida também tem o potencial de reverter as dinâmicas hierárquicas de dominância econômica ocidental.
O sr. foi consultor da campanha presidencial de Barack Obama. Como avalia o desempenho dele até agora?
Esses quatro anos, evidentemente, foram uma decepção. Foi um mandato que passou rapidamente, deixando um pequeno progresso na saúde financeira do país e pouco - ou nenhum, eu diria - sucesso na política externa. Claro que as condições em que ele assumiu foram terríveis, quase as piores imagináveis.
Acha que Obama será reeleito?
Espero que seja, mas que sua performance dessa vez seja melhor, e seu governo, capaz de formular políticas de longo prazo mais criativas e eficazes. A administração Obama ainda carece de uma grande estratégia, o que é especialmente problemático em relação à política externa.
Em um livro recentemente lançado no Brasil, Éramos Nós - A Crise Americana e como Resolvê-la, o jornalista Thomas Friedman e o professor Michael Mandelbaum lamentam o fim do 'sonho americano' mas acreditam que o sistema político do país será capaz de retomar seu peso histórico. O sr. concorda?
Eu já refutava esse argumento no Segundo Mundo. Não podemos simplesmente esperar por uma renovação geracional baseada nas conquistas do pós-guerra na metade do século 20. Ela não vai ocorrer. O que precisamos é de um consenso político e de políticas de investimento doméstico sensatas. Isso não está acontecendo. Eu prefiro uma mudança substantiva ao apego a esse tipo de nostalgia.
E até que ponto potências tradicionais e emergentes, como os EUA, a Índia e a China, por exemplo, estão preparadas para essa nova era de conectividade e inovação compartilhada que o sr. antevê?
Não há uma resposta comum na preparação de nações tão diversas. Ayesha e eu chamamos essa capacidade de se adaptar às novas tecnologias de "technik". Os EUA são grandes inovadores e criadores de tecnologias, mas estão ficando para trás na difusão de penetração de internet de banda larga no país e também na educação científica dos jovens. A Índia, embora muito pobre, tem leis sofisticadas no que diz respeito ao "direito à informação" que demonstram uma impressionante technik.
E o Brasil? O que deve fazer para garantir uma boa inserção nessa nova era?
O Brasil está diversificando sua economia e investindo em energias alternativas, biotecnologia e outras áreas. Avanços já são visíveis na agricultura, em alguns setores manufatureiros, na área da construção civil e no turismo. Tudo isso é importante para impulsionar o emprego e aperfeiçoar a infraestrutura do país. Sem uma boa infraestrutura é bem mais difícil absorver as novas tecnologias sistematicamente, como será necessário. Essa é uma estratégia inteligente na escalada aos setores-chave de liderança no futuro. Sem exagero, vejo o Brasil em condições de igualdade de poder com os EUA na Era Híbrida.