terça-feira, 8 de maio de 2012

Metrô pode desapropriar 58 'Pacaembus' para construir Linha 6


Caio do Valle - Jornal da Tarde - texto atualizado às 17h17
SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) publicou nesta terça-feira, 8, um decreto que autoriza o Metrô de São Paulo a desapropriar, "por via amigável ou judicial", diversos imóveis para a construção da Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim). Serão afetados pontos de bairros como Freguesia do Ó, na zona norte, Lapa, Barra Funda e Perdizes, na zona oeste, e Consolação, Bela Vista e Liberdade, no centro.
 - Felipe Rau/AE
Felipe Rau/AE
Pelo decreto no Diário Oficial do Estado, estão declarados de utilidade pública 407 mil metros quadrados de terrenos, o que equivale a 58 campos de futebol com as medidas do Estádio do Pacaembu, na zona oeste.
O Metrô deverá desapropriar casas e pontos comerciais em vias como as avenidas Brigadeiro Luís Antônio, Pompeia, Sumaré, Santa Marina e João Paulo I. Ruas como Venâncio Aires, João Ramalho, Sergipe, Consolação e Rui Barbosa também serão afetadas.
Dos 406 imóveis afetados, 214 são residenciais, 140 comerciais e 52 terrenos vagos. Segundo o Metrô, o ajuizamento das ações de desapropriação deve acontecer no segundo semestre deste ano.
A Linha 6-Laranja, prevista para ter 15 estações e 15,9 km de comprimento, será toda subterrânea. Seu primeiro trecho, entre Brasilândia, na zona norte, e Água Branca, na zona oeste, deve ser entregue em 2016. A gestão Alckmin quer elaborar uma Parceria Público Privada (PPP) para construir e operar a linha. Até agora, seis consórcios apresentaram interesse no projeto.

Meta do lixo é 'miragem', diz confederação de municípios


Levantamento aponta necessidade de R$ 40 bi
DE SÃO PAULO
O plano nacional de resíduos sólidos, que quer acabar com os lixões no país até agosto de 2014, "é uma miragem", afirma Paulo Ziulkoski, presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios).
Para ele, "esqueceram de olhar para a lei de responsabilidade fiscal", por exemplo.
"Toda vez que se aprova uma nova legislação é preciso também criar a fonte de recursos para que ela seja cumprida", afirma Ziulkoski.
Levantamento feito pela CNM mostra que seriam necessários cerca de R$ 40 bilhões em investimentos para que os lixões sejam extintos completamente no país.
O governo federal, grande defensor da lei aprovada em 2010, durante o governo Lula, acaba de lançar um manual de orientação para que municípios e Estados possam fazer seus planos, que visem atingir as metas de 2014.
Uma das saídas, mostra o documento organizado pela ONG Iclei, é um conjunto de cidades vizinhas se unirem ao redor de uma solução única para que elas possam resolver a questão do lixo.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a união das várias esferas de governo é essencial. "Todos têm a responsabilidade de lidar com o fim dos lixões, de fazer mais a reciclagem", disse em reuniões preparatórias para a Rio+20, evento sobre sustentabilidade que vai ocorrer em junho no Rio.

Venda de imóveis novos sobe 27% em São Paulo


Gabriela Forlin, da Agência Estado
SÃO PAULO - As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre de 2012 alta de 27% em termos reais no valor movimentado em relação a igual período do ano passado. Foram comercializados R$ 2,73 bilhões ante R$ 2,15 bilhões registrados de janeiro a março de 2011, segundo a pesquisa sobre mercado imobiliário na cidade, feita pelo departamento de economia e estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Em quantidade de unidades o crescimento é de 26,6% no período, para 5,4 mil imóveis comercializados, contra 4,265 mil no primeiro trimestre do ano passado.
Conforme dados apurados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), os lançamentos residenciais na cidade de São Paulo totalizaram 3,635 mil unidades até março, o que representa uma queda de 29,2% na comparação com igual período do ano passado, quando era de 5,133 mil unidades.
Os resultados indicam que o mercado pode estar em processo de ajuste em relação ao desequilíbrio entre volume de lançamentos e de vendas ocorrido no ano passado.