Vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador João Jorge decidiu deixar o PSDB, ao qual está filiado há 32 anos. Ele afirma ao Painel que pesaram na sua decisão as brigas internas no partido, a desorganização e a indefinição em relação à estratégia eleitoral para este ano.
Jorge afirma que já informou o partido de sua saída, que será oficializada em março, na janela eleitoral. O vereador diz que deixa a legenda se lamentando pelo futuro do PSDB, mas que deseja se engajar em "um projeto com norte", o que ele não encontra mais na sigla.
A decisão de Jorge deve desencadear um movimento de saída de vereadores tucanos do PSDB. O partido tem oito membros em sua bancada, que empata com o PT como a maior da Casa.
Jorge tem defendido que o partido apoie a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). No entanto, a indefinição em relação ao tema, com figuras importantes da cúpula do PSDB propondo uma candidatura própria, aborreceu o vereador.
Além disso, ele afirma que não há ninguém no PSDB que hoje esteja trabalhando em uma estratégia de montagem da chapa de vereadores para o pleito municipal, que acontecerá em outubro.
O partido tem sido atravessado por desentendimentos entre suas diferentes alas nos diretórios municipal e estadual, o que também contribuiu para que Jorge decidisse deixar o PSDB.
Como revelou a coluna, Orlando Faria, presidente do diretório municipal do PSDB, decidiu entregar o cargo. O partido terá que encontrar um substituto por meio de uma convenção na capital.
No diretório estadual, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, marcou convenção para 18 de fevereiro para definir quem comandará o partido no estado em meio a disputa entre alas ligadas a Eduardo Leite (RS) e João Doria.
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