Walter Schalka
Sejamos justos: no 100º aniversário da Suzano, celebrado este mês, cabe um agradecimento sonoro à família Feffer. Nessa carta aberta, quero reverberar a voz de muita gente. Colaboradores, clientes, investidores, fornecedores e, também, os 2 bilhões de pessoas que usam nossos produtos em todo o planeta, optando por soluções inovadoras e sustentáveis em prol de um mundo melhor. Posso imaginar que falo aqui, portanto, por quase um quarto da população mundial, que, mesmo sem saber, estão se beneficiando diariamente da longevidade da Suzano.
Há muito o que agradecer aos Feffer. A Leon Feffer, o imigrante pioneiro que, por convicção e coragem, vendeu o que tinha para abrir sua primeira fábrica em 1939. A Max Feffer, o visionário que introduziu o eucalipto no Brasil, ganhando, à época, fama de maluco. E, claro, às novas gerações da família, acionistas de referência que cuidam zelosamente de manter a Suzano sempre à frente de seu tempo, levando-a, após a vultosa fusão com a Fibria, em 2019, ao posto de maior produtora de celulose do mundo.
Cumpre agradecer à família por ter feito da Suzano um ponto fora da curva em seu mercado, ao reinvestir 90% da geração operacional de caixa na expansão do negócio. Diante de guerras, revoluções, planos econômicos, inflação, governos de matizes diversos, momentos de crescimento e de recessão, eles jamais deixaram de acreditar no país.
Somos gratos aos Feffer por sua resiliência e, também, por sua visão de longo prazo. Por estarem entre os maiores investidores privados do Brasil, sem perder a humildade de saber que o negócio precisa evoluir sempre. Por terem feito da Suzano uma gigante que atua de maneira forte e gentil, buscando resultados contínuos, mas mantendo a perspectiva de construir futuros e de fazer convergirem ações e ideias.
Foi esse ambiente transformacional que gerou conceitos como a "inovabilidade" —inovação com sustentabilidade. Norteador, ele garante que nunca se realize a falsa profecia que escutei quando entrei na empresa: de que o papel estaria com os dias contados. Jornais, revistas, livros e cadernos certamente ainda continuarão um bom tempo entre nós, acolhendo e transportando ideias. Mas, graças à busca por inovação, seguimos ampliando nossa participação em múltiplos mercados, do papel higiênico aos tecidos sustentáveis extraídos da fibra de celulose.
É admirável o compromisso da Suzano de contribuir para o enfrentamento de questões como a crise climática global, investindo em produtos renováveis, recicláveis e biodegradáveis, assim como na implantação de corredores de biodiversidade e em ações de proteção da Amazônia. Pensando além do tempo presente, a empresa planta diariamente mais de 1,2 milhão de novas mudas de árvores, que serão utilizadas nas operações em sete anos.
A responsabilidade social da empresa de enfrentar as desigualdades brasileiras se afirma no compromisso de tirar 200 mil pessoas da linha da pobreza até 2030. Na busca pelo impacto positivo na sociedade, destaca-se a cultura de criar e distribuir valor para todos os "stakeholders", incluindo seus mais de 42 mil colaboradores diretos e indiretos.
Nesses 100 anos, centenas de milhares de colaboradores passaram pela Suzano. Agradecemos à empresa por transformar a vida dessas pessoas, seja garantindo a oportunidade de construir uma família, uma casa, seja oferecendo apoio em forma de projetos sociais e de escolas.
A jornada da família Feffer nos enche de orgulho. Podemos dizer que a Suzano é uma startup de 100 anos, comprometida a empreender, a desafiar o status quo e a proteger o ambiente —e, por isso mesmo, com um papel que nunca termina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário