segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Petrobras tem reservas de petróleo e gás para mais 12 anos, EPBR

 A Petrobras tem reservas de petróleo suficientes para mais 12,2 anos, mantendo o atual patamar de produção, informou a estatal.


– A petroleira fechou 2023 com 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), dos quais 84% são óleo e condensado e 16%, gás natural.

  • As reservas seguem o critério SEC e são certificadas pela DeGolyer and MacNaughton (D&M).
     
  • Pelo critério da ANP/SPE, que considera a extração além dos contratos atuais de concessão, são 11,1 bilhões de boe.

Aumento das reservas. A companhia acrescentou 1,5 bilhão de boe às reservas ao longo de 2023.

– Descontada a produção de 900 milhões de boe, mais o desinvestimento de 200 milhões de boe, houve um aumento líquido de 400 milhões de boe nas reservas.
  • O crescimento veio principalmente de novos volumes encontrados nos campos de Búzios, Tupi e Atapu, na Bacia de Santos;
     
  • E da declaração de comercialidade dos campos de gás de Raia Manta e Raia Pintada, operados pela Equinor, na Bacia de Campos.


Declínio à vista. O desafio da Petrobras agora é continuar ampliando as reservas, já que o pré-sal deve entrar em declínio na próxima década, sem novas descobertas.

  • "Considerando a produção esperada para os próximos anos, é essencial seguir investindo em maximização do fator de recuperação e principalmente em exploração de novas fronteiras, para repor as reservas de petróleo e gás", afirmou a empresa em comunicado.
     
  • Tupi, o maior campo de óleo e gás do país, por exemplo, já entrou em fase de declínio da produção e precisará receber mais investimentos de revitalização nos próximos anos.
     
  • A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que, se não forem feitas novas descobertas, a produção de petróleo no pré-sal atingirá o seu pico entre 2029 e 2030, de 4,3 milhões de barris/dia — e entrará, em seguida, numa curva descendente.


Aposta na Margem Equatorial. A grande aposta exploratória da Petrobras está na Margem Equatorial – litoral que vai do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) e reúne as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

– A companhia vem enfrentando oposição do Ibama, especialmente na Foz do Amazonas, e ainda não há previsão para que supere os entraves ambientais.


Perfuração na Bacia Potiguar. A Petrobras, no entanto, começou a avançar na exploração da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial.  

– Na sexta-feira, a estatal concluiu a perfuração do primeiro poço exploratório em Pitu Oeste e identificou presença de hidrocarboneto, "porém ainda inconclusivo quanto à viabilidade econômica".

  • O poço integra a concessão BM-POT-17 e está localizado em águas profundas a 52 km da costa do Rio Grande do Norte.
     
  • A petroleira planeja para fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar, no poço Anhangá, na concessão POT-M-762, a 79km da costa do estado do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.

Meio

A Petrobras encontrou indícios de petróleo na costa do Rio Grande do Norte, na chamada Margem Equatorial. A empresa, no entanto, ainda não sabe se a produção é viável. O poço do projeto Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, foi o primeiro a ser perfurado em águas profundas na região desde o embate com o Ibama, que negou permissão de exploração da bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, também na Margem Equatorial. Segundo comunicado, a estatal “dará continuidade à pesquisa exploratória na região e planeja para fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar”. (Globo)

Empresa com maior valor de mercado do Ibovespa, a Petrobras alcançou valor recorde de R$ 527,9 bilhões na quinta-feira, renovando a marca na sexta-feira, ao atingir R$ 536,1 bilhões. A ação preferencial da Petrobras subiu 95,1% em 12 meses encerrados na última sexta, segundo o Valor Data. A valorização é explicada pela expectativa de forte geração de caixa, com reduções de custos de extração no pré-sal e previsão de aumento da produção. (Valor)

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